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NOTA INFORMATIVA - OPS/OMS

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“Incentivo todos os países a eliminarem<br />

leis, políticas e procedimentos punitivos<br />

que impedem a intervenção a favor<br />

da AIDS… As intervenções a favor da<br />

AIDS não castigam as pessoas, mas<br />

protegem-nas… Devemos garantir<br />

que tais intervenções sejam baseadas<br />

em provas, não em ideologias, e que<br />

sejam acessíveis aos indivíduos mais<br />

necessitados e afetados.”<br />

1<br />

Ban Ki-moon<br />

Secretário-Geral<br />

das Nações Unidas<br />

Dia Mundial da AIDS, 2009<br />

Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

<strong>NOTA</strong> <strong>INFORMATIVA</strong><br />

O lançamento da Comissão Mundial para o HIV e o Direito, em junho de 2010, teve a nalidade de elaborar<br />

recomendações puníveis, baseadas em provas e nos direitos humanos, visando obter intervenções ecazes<br />

ao HIV que fomentem e protejam os direitos humanos dos indivíduos vulneráveis e soropositivos. Com essa<br />

nalidade, a Comissão visa concentrar-se em algumas questões jurídicas e de direitos humanos mais desaantes<br />

no contexto do HIV, as quais poderão englobar: (1) leis e procedimentos que criminalizam efetivamente<br />

os indivíduos vulneráveis e que vivem com o HIV; (2) leis e procedimentos que atenuam ou permitem a violência<br />

e a discriminação sofridas pelas mulheres; e (3) leis e procedimentos que facilitam ou impedem o acesso<br />

ao tratamento relacionado ao HIV.<br />

A Comissão é formada por indivíduos notáveis da vida pública que irão providenciar liderança mundial sobre<br />

questões jurídicas e direitos humanos relacionados ao HIV: (1) analisando o que é conhecido acerca das interações<br />

entre o ambiente jurídico e o HIV; (2) fomentando o diálogo público baseado em provas, bem como<br />

a criação de legislação e políticas baseadas em direitos, no contexto do HIV; e (3) denindo recomendações<br />

claras e puníveis com um plano concreto de acompanhamento.<br />

Fundamentando-se no Quadro de Resultados do UNAIDS para 2009-2011, o trabalho da Comissão é formado<br />

por três eixos sólidos: conclusões e recomendações; um Grupo Consultivo Técnico (que ajuda a produzir e a<br />

criar consenso sobre a base de provas); e os Diálogos Regionais (para garantir a participação e a inclusão das<br />

comunidades afetadas e dos legisladores e responsáveis pela formulação de políticas). O trabalho da Comissão<br />

Mundial para o HIV e o Direito irá complementar a Comissão de Alto Nível do UNAIDS para a Prevenção do<br />

HIV, garantindo que a legislação, os direitos humanos e a prevenção do HIV sejam alvo da interrogação e da<br />

exposição necessárias para facilitar a concretização do acesso universal à prevenção, tratamento, assistência e<br />

apoio em relação ao HIV, bem como dos Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio (ODM).


Contexto<br />

“Diariamente, todas as formas de estigma e discriminação abatem-se<br />

sobre as mulheres e os homens soropositivos, incluindo prossionais do<br />

sexo, indivíduos que consomem droga, homens que mantêm relações<br />

sexuais com homens e indivíduos transgêneros. Muitos indivíduos que<br />

enfrentam mais riscos de contraírem a infeção pelo HIV são marginalizados<br />

e isolados, em lugar de estarem envolvidos abertamente e utilmente ....<br />

para fazer cessar e inverter o contágio [do HIV], precisamos de intervenções<br />

nacionais que eliminem o jugo do preconceito e do estigma. Precisamos de<br />

intervenções baseadas em alicerces sólidos de igualdade e dignidade para<br />

todos e que protejam e promovam os direitos de quem é portador do HIV e<br />

dos que são geralmente marginalizados.”<br />

2<br />

Helen Clark<br />

Administradora<br />

Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas<br />

Lançamento da Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

Genebra, 2010<br />

A legislação pode ter um impacto profundo na vida das pessoas –<br />

principalmente nos indivíduos vulneráveis e marginalizados. O verdadeiro<br />

teste de uma sociedade humanitária está representado no seu compromisso<br />

para proteger os direitos das minorias. Nos últimos anos, a legislação<br />

tem exercido uma força positiva ao avançar com respostas ecazes ao<br />

HIV. Por exemplo, a ação judicial e legislativa tem melhorado o acesso ao<br />

tratamento para salvar vidas e tem protegido da discriminação os indivíduos<br />

soropositivos. Nos casos em que a lei garante a herança e a posse iguais para<br />

mulheres e meninas, tem ajudado a aliviar a pressão social e econômica<br />

causada pelo HIV e a AIDS.<br />

Embora tenham sido usadas estruturas jurídicas de apoio para aliviar as<br />

causas e as consequências do HIV, a sua adoção tem sido limitada. Por<br />

exemplo, embora tenha aumentado desde 2003 o número de países<br />

que têm leis para proteger da discriminação os indivíduos soropositivos,<br />

um terço dos países ainda não tem proteção jurídica em relação ao<br />

HIV. Em muitos países, persistem estruturas jurídicas que defendem<br />

as desigualdades estruturais. Além disso, não está denido até que<br />

ponto são cumpridas as leis anti-discriminação existentes e, em alguns<br />

países, as estruturas jurídicas favoráveis estão cando enfraquecidas<br />

pela criminalização da transmissão e exposição ao HIV, trabalho sexual,<br />

relações sexuais consensuais entre indivíduos adultos do mesmo gênero<br />

e pelo consumo de drogas.<br />

O Secretário-Geral das Nações Unidas alertou o mundo para as grandes<br />

perdas causadas pela epidemia do HIV nas últimas três décadas,<br />

principalmente entre os indivíduos impopulares e estigmatizados. Esta<br />

articulação realça novamente o que já se conhece há vários anos – o<br />

elo necessário e de reforço mútuo entre os direitos humanos e a saúde<br />

pública. Para controlar ecazmente o contágio do HIV e atenuar seu<br />

impacto, é crucial promover e proteger os direitos humanos dos indivíduos<br />

mais vulneráveis ou atingidos pelo HIV. Reconhecendo a importância do<br />

aumento gradual das abordagens baseadas nos direitos, a m de obter<br />

acesso universal à prevenção, tratamento, assistência e apoio em relação<br />

ao HIV, bem como o cumprimento dos ODM, o programa UNAIDS, sob a<br />

liderança do sr. Michel Sidibé, está empenhado na remoção da legislação,<br />

políticas e práticas punitivas, bem como do estigma e da discriminação<br />

que bloqueiam as intervenções ecazes para combater o HIV como<br />

prioridade fundamental.<br />

Infelizmente, esta situação não tem reetido a realidade em muitas partes<br />

do mundo, apesar dos Estados-Membros terem assinado a Declaração de<br />

Compromisso sobre o HIV/AIDS em 2001 e a Declaração Política em 2006.<br />

Além disso, a prioridade do direito à saúde tem sido esclarecida em outros<br />

acordos internacionais. Neste contexto, embora o acesso ao tratamento<br />

tenha melhorado muitíssimo, com a concorrência dos produtos genéricos<br />

que possibilita baixar o custo dos medicamentos, continua havendo<br />

obstáculos jurídicos signicantes que impedem o acesso ao tratamento<br />

e que aumentam gradualmente. Se os benefícios da prevenção completa<br />

do tratamento anti-retroviral se concretizarem, os sistemas comunitários<br />

e de saúde deverão estar habilitados a envolverem signicativamente<br />

os indivíduos que são normalmente marginalizados pelas leis, políticas<br />

e procedimentos punitivos, bem como pelo estigma e discriminação.<br />

Os prossionais do sexo, os homens que mantêm relações sexuais com<br />

outros homens, os indivíduos transgêneros e os consumidores de droga<br />

representam segmentos estigmatizados e altamente condenados ao<br />

ostracismo em todas as sociedades. Além de tais indivíduos serem<br />

rejeitados socialmente, também são marginalizados através de estruturas<br />

jurídicas que os expelem como criminosos. À parte da criminalização de<br />

indivíduos que manifestam tais comportamentos e práticas, os tempos<br />

recentes também têm testemunhado uma tendência crescente para<br />

criminalizar inadequadamente a transmissão do HIV e a sua exposição<br />

através de leis punitivas especícas ou de leis penais mais gerais. Alguns<br />

países têm tido durante muitos anos essas leis especícas em relação<br />

ao HIV. Nos últimos três anos, pelo menos quinze nações seguiram o<br />

exemplo. Todavia, não existem provas convincentes que indiquem que<br />

tais leis reduzem a transmissão do HIV, havendo grande preocupação de<br />

que reforçam o estigma associado ao HIV e desencorajam as pessoas de se<br />

informarem ou de divulgarem a sua situação em relação ao HIV. Sabe-se<br />

que tais leis têm um impacto particularmente severo para as mulheres<br />

soropositivas. Além disso, em muitos casos, as estruturas jurídicas<br />

defendem o tratamento desigual para as mulheres, tornando-as mais<br />

suscetíveis à violência e à insegurança econômica, exacerbando assim sua<br />

vulnerabilidade. Alguns dados indicam a relação negativa direta entre as<br />

leis punitivas e a prevenção ecaz para o HIV (por exemplo, entre homens<br />

que mantêm relações sexuais com outros homens na região do Caribe).<br />

Embora haja algumas provas e um aumento constante do corpo da<br />

documentação sobre as violações dos direitos humanos provenientes de<br />

leis, políticas e procedimentos punitivos, é crucial haver provas plausíveis<br />

sobre o impacto de tais leis, políticas e procedimentos em relação ao HIV<br />

e os efeitos para a saúde, os quais poderão ser traduzidos em vontade<br />

política visando o avanço de intervenções ecazes ao HIV que englobem<br />

os direitos dos indivíduos soropositivos e dos mais vulneráveis.


Quando as provas sobre o impacto das leis, políticas e procedimentos<br />

punitivos em relação ao HIV e os efeitos para a saúde são recolhidas e<br />

usadas para inuenciar os legisladores e os responsáveis pela criação<br />

de políticas, têm contribuído para a aprovação de leis e políticas<br />

baseadas nos direitos. Por exemplo, a Comissão para a Droga e<br />

Democracia na América Latina criou recomendações sólidas baseadas<br />

Abordagem<br />

A Comissão irá liderar um processo participativo:<br />

3<br />

em provas e direitos sobre leis e políticas relacionadas ao consumo<br />

de droga na América Latina. Subsequentemente, diversos países<br />

da América Latina optaram por alguma forma de não criminalizar o<br />

consumo da droga. Outras iniciativas idênticas englobam a Comissão<br />

para a AIDS na Ásia e a Comissão para a AIDS no Pacíco, apoiadas<br />

pelo UNAIDS.<br />

n Envolvendo: indivíduos soropositivos e outros indivíduos que foram alvo do impacto resultante de leis e procedimentos discriminatórios;<br />

representantes governamentais do setor executivo (incluindo os Conselhos Nacionais para a AIDS, os Ministérios da Justiça e do Interior);<br />

parlamentos e poder judiciário; doadores e importantes organizações internacionais, incluindo o Secretariado e os co-patrocinadores do UNAIDS.<br />

n Garantindo que as opiniões e as perspectivas das mulheres, dos homens e dos indivíduos transgêneros são atendidas e representadas nos<br />

trabalhos da Comissão.<br />

n Usando os mecanismos de diálogo interativo existentes através de websites que registrem as experiências diárias dos indivíduos soropositivos<br />

e dos mais vulneráveis ao vírus, bem como o impacto das estruturas e instituições jurídicas face a face com sua cidadania, saúde e segurança.<br />

n Estimulando a liderança de alto nível e a iniciativa local, nacional, regional e mundial para incentivar os Estados-Membros a adotarem e a<br />

implementarem as recomendações.<br />

A COMISSÃO é formada por 14 membros, alguns dos quais<br />

com especialização no HIV e em direito, bem como por outros<br />

indivíduos que são líderes notáveis nos seus setores e na<br />

vida pública e que podem oferecer liderança mundial em<br />

questões relacionadas ao HIV e ao direito. A Comissão reunese<br />

três vezes durante um período de 18 meses. Os membros<br />

da Comissão visitam também as regiões a m de participarem<br />

nos Diálogos Regionais.<br />

Os DIÁLOGOS REGIONAIS efetuam-se entre os legisladores e os responsáveis<br />

pela criação de políticas e as comunidades afetadas (dois comissários serão<br />

convidados a participarem em cada um dos diálogos). Os diálogos, que se<br />

realizam em 4 regiões, informarão as deliberações da Comissão e serão apoiados<br />

por Documentos sobre Questões Regionais, redes sociais e nova tecnologia da<br />

mídia. Propõe-se que os diálogos se realizem em África, Ásia, Caribe e Europa<br />

de Leste.<br />

O GRUPO CONSULTIVO TÉCNICO, copresidido<br />

por um comissário especializado<br />

em legislação e HIV, é formado por 22<br />

membros, incluindo peritos em legislação<br />

e direitos humanos, HIV, saúde pública,<br />

sociedade civil, comunidades marginalizadas,<br />

indivíduos soropositivos e o Secretariado do<br />

UNAIDS.


Parceiros<br />

A iniciativa é conduzida pelo UNDP 1 , em nome do UNAIDS, havendo um<br />

trabalho de estreita colaboração com diversos parceiros. Os parceiros<br />

e os patrocinadores englobam governos, fundações, universitários,<br />

agências da ONU e sociedade civil, incluindo as principais redes e grupos<br />

populacionais.<br />

O UNDP é um dos co-patrocinadores do UNAIDS. Fundamentando-se<br />

no seu mandato de base na área dos direitos humanos e do acesso à<br />

justiça, o qual tem englobado o seu trabalho de apoio à Comissão para<br />

a Capacitação Jurídica da População Pobre, o UNDP funciona como<br />

Secretariado da Comissão.<br />

4<br />

Comissários<br />

n Juiz Edwin Cameron (África do Sul, juiz do Tribunal<br />

Constitucional)<br />

n Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (Brasil,<br />

ex-presidente)<br />

n Sra. Ana Helena Chacón-Echeverría (Costa Rica,<br />

ex-congressista)<br />

n Sr. Charles Chauvel (Nova Zelândia, deputado)<br />

n Dra. Shereen El Feki (Egito, universitária e escritora,<br />

ex-jornalista do “Al Jazeera” e do “The Economist”)<br />

n Sra. Bience Gawanas (Namíbia, Comissária para os<br />

Assuntos Sociais da União Africana)<br />

n Sra. Carol Kidu (Papua Nova Guiné, Ministra do<br />

Desenvolvimento Comunitário)<br />

n Sr. Michael Kirby (Austrália, juiz aposentado do Tribunal<br />

Superior da Austrália)<br />

n Sra. Barbara Lee (Estados Unidos, congressista)<br />

n Sr. Stephen Lewis (Canadá, co-diretor da organização<br />

AIDS-Free World)<br />

n Sua Excelência sr. Festus Mogae (Botsuana,<br />

ex-presidente)<br />

n Sr. JVR Prasada Rao (Índia, ex-secretário do setor da<br />

saúde) – Secretário membro da Comissão<br />

n Professora Sylvia Tamale (Uganda, ex-decana da<br />

Faculdade de Direito da Universidade de Makarere)<br />

n Sr. Jon Ungphakorn (Tailândia, ex-senador)<br />

n Professora Miriam K. Were (Quênia, ex-chefe do<br />

Conselho Nacional do Quênia para Combater a AIDS)<br />

O Secretariado do UNAIDS 2 , dentro dos limites da sua função de<br />

coordenação, desempenha um papel essencial no envolvimento<br />

dos co-patrocinadores e na ligação da Comissão com as consultas<br />

nacionais para acesso universal.<br />

No desempenho da sua função como Secretariado da Comissão,<br />

o UNDP irá envolver-se com parceiros da sociedade civil, como<br />

a Campanha Mundial de Luta Contra a AIDS, a m de garantir<br />

a participação ecaz de populações-chave e da sociedade civil<br />

nos Diálogos Regionais. Será feita a conexão da Comissão com a<br />

Campanha Light for Rights da UNAIDS.<br />

n Sr. Michael Kirby (co-presidente)<br />

n Sr. Allehone Mulugeta Abebe (co-presidente)<br />

n Sr. JVR Prasada Rao (secretário membro da Comissão)<br />

n Sra. Aziza Ahmed<br />

n Sr. Jonathan Berger<br />

n Sr. Chris Beyrer<br />

n Sr. Scott Burris<br />

n Sra. Joanne Csete<br />

n Sra. Mandeep Dhaliwal<br />

n Sra. Sophie Dilmitis<br />

n Sr. Vivek Divan<br />

n Sr. Richard Elliot<br />

n Sra. Soa Gruskin<br />

n Sra. Adila Hassim<br />

n Sra. Wendy Isaack<br />

n Sr. Rick Lines<br />

n Sr. Kevin Moody<br />

n Sr. Vitit Muntarbhorn<br />

n Sra. Cheryl Overs<br />

n Sra. Purna Sen<br />

Grupo Consultivo Técnico<br />

n Sra. Susan Timberlake<br />

n Sr. Matthew Weait<br />

1 UNDP: O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é o maior organismo do mundo para o desenvolvimento, funcionando em 166 países. O programa centra-se na dimensão de desenvolvimento para o HIV e da saúde,<br />

reconhecendo que é fundamental atender a questão do HIV para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio. Como co-patrocinador do UNAIDS e fundamentando-se no seu mandato de base sobre os direitos humanos,<br />

o trabalho do UNDP centra-se na capacitação de ambientes jurídicos, na redução do estigma, na abordagem à criminalização imprópria, no acesso à justiça e no gênero – incluindo as minorias sexuais e o desenvolvimento humano.<br />

2 UNAIDS: O UNAIDS é um projeto comum e inovador das Nações Unidas que reune as iniciativas e os recursos do Secretariado do UNAIDS e de dez organizações da ONU para atender a questão da AIDS. A sede do Secretariado está<br />

situada em Genebra, na Suíça, com pessoal destacado em mais de 80 países. A iniciativa coerente para a AIDS pelo sistema da ONU é coordenada em países através dos grupos temáticos da ONU, e dos programas conjuntos de apoio<br />

à AIDS. Os co-patrocinadores englobam: UNHCR, UNICEF, WFP, UNDP, UNFPA, UNODC, ILO, UNESCO, WHO e o Banco Mundial.


Acontecimentos marcantes no processo da Comissão<br />

A Comissão Mundial para o HIV e o Direito constitui uma<br />

oportunidade para realçar a continuação dos trabalhos sobre<br />

os direitos humanos dos indivíduos mais vulneráveis ao HIV e<br />

iniciar um compromisso da parte dos Estados-Membros para<br />

ABRIL-JULHO<br />

2010<br />

Criação da Comissão<br />

Mundial para o HIV<br />

e o Direito & Grupo<br />

Consultivo Técnico<br />

(TAG, sigla em inglês)<br />

1ª reunião do<br />

TAG: revisão das<br />

provas existentes,<br />

identicadas as<br />

principais áreas de<br />

investigação<br />

Lançamento da<br />

Comissão: Genebra,<br />

junho de 2010,<br />

pelo UNDP e pelo<br />

Secretariado do<br />

UNAIDS<br />

5<br />

OUTUBRO<br />

2010<br />

1ª reunião<br />

da Comissão:<br />

reconhecidas as<br />

questões principais;<br />

incumbência<br />

dos trabalhos de<br />

pesquisa, incluindo<br />

os Documentos sobre<br />

Questões Regionais<br />

JANEIRO<br />

2011<br />

2ª reunião do<br />

TAG: revisão e<br />

conclusão dos<br />

Documentos<br />

sobre Questões<br />

Regionais<br />

FEVEREIRO-JUNHO<br />

2011<br />

4 Diálogos Regionais<br />

realizados na Ásia, África,<br />

Caribe e Europa de Leste:<br />

interface com a sociedade<br />

civil, legisladores, responsáveis<br />

pela criação de políticas<br />

e comissários – datas a<br />

conrmar em consulta com o<br />

Secretariado do UNAIDS<br />

As informações sobre a Comissão Mundial para o HIV e o Direito poderão ser consultadas em:<br />

www.hivlawcommission.org e http://www.undp.org/hiv/comissiononhivandthelaw/<br />

implementar medidas baseadas em direitos que criem uma<br />

cidadania signicativa e contribuam para uma intervenção ecaz<br />

ao HIV. Os acontecimentos mais importantes estão assinalados a<br />

seguir:<br />

JUNHO-JULHO<br />

2011<br />

3ª reunião do<br />

TAG: conclusão dos<br />

documentos de<br />

pesquisa; resumo<br />

da pesquisa e dos<br />

resultados a apresentar<br />

à Comissão<br />

2ª reunião da<br />

Comissão: exame da<br />

pesquisa e deliberações<br />

dos Diálogos Regionais;<br />

elaboração preliminar<br />

das recomendações<br />

Para obter mais informações, contate: info@hivlawcommission.org<br />

ou visite: www.hivlawcommission.org e http://www.undp.org/hiv/comissionhivandthelaw/<br />

Secretariado, Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

UNDP, HIV/AIDS Practice, Bureau for Development Policy, 304 East 45th Street, New York, NY 10017<br />

Tel: (212) 906 5132 Fax: (212) 906 5023<br />

OUTUBRO-DEZEMBRO<br />

2011<br />

3ª reunião da Comissão –<br />

Divulgação do relatório da<br />

Comissão Mundial para o HIV e<br />

o Direito<br />

Tradução e difusão do relatório<br />

da Comissão<br />

Acompanhamento a m de<br />

garantir a reforma das políticas<br />

e da legislação baseada nos<br />

direitos, de acordo com as<br />

recomendações da Comissão<br />

(em progresso)


“Em países sem legislação que proteja os<br />

prossionais do sexo, os consumidores<br />

de droga e os homens que têm relações<br />

sexuais com homens, apenas uma<br />

pequena parte da população tem<br />

acesso à prevenção. De modo inverso, os<br />

países que dispõem de proteção jurídica<br />

e que defendem os direitos humanos<br />

de tais indivíduos, muitos mais terão<br />

acesso aos serviços. Consequentemente,<br />

há menos infeções, menos necessidade<br />

de tratamento anti-retroviral e menos<br />

óbitos. Além de ser antiético não<br />

proteger tais grupos, não tem sentido<br />

na perspectiva da saúde. Somos todos<br />

afetados.”<br />

Ban Ki-moon<br />

Secretário-Geral<br />

Nações Unidas<br />

XVII Conferência Internacional da<br />

AIDS<br />

Cidade do México, 2008<br />

6<br />

Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

OS COMISSÁRIOS<br />

Antecedentes<br />

O lançamento da Comissão Mundial para o HIV e o Direito, em junho de 2010, teve a nalidade de elaborar<br />

recomendações puníveis, baseadas em provas e nos direitos humanos, visando obter intervenções ecazes<br />

ao HIV que fomentem e protejam os direitos humanos dos indivíduos vulneráveis e soropositivos. Com essa<br />

nalidade, a Comissão visa concentrar-se em algumas questões jurídicas e de direitos humanos mais desaantes<br />

no contexto do HIV, as quais poderão englobar: (1) leis e procedimentos que criminalizam efetivamente os<br />

indivíduos vulneráveis e que vivem com o HIV; (2) leis e procedimentos que atenuam ou permitem a violência<br />

e a discriminação sofridas pelas mulheres; e (3) leis e procedimentos que facilitam ou impedem o acesso ao<br />

tratamento relacionado ao HIV.<br />

A Comissão irá trabalhar mediante a introdução de uma iniciativa global que envolve pesquisa, análise e consulta<br />

extensiva aos principais intervenientes. A Comissão será apoiada por dois processos interligados – os Diálogos<br />

Regionais (que funcionam como uma interface entre a Comissão e os intervenientes) e um Grupo Consultivo<br />

Técnico (que aconselha a Comissão em importantes trabalhos de pesquisa e transmite quais as conclusões e<br />

recomendações provenientes da Comissão).<br />

Os Comissários<br />

A Comissão é formada por indivíduos notáveis da vida pública que irão providenciar liderança mundial sobre questões<br />

jurídicas e direitos humanos relacionados ao HIV: (1) analisando o que é conhecido acerca das interações entre o<br />

ambiente jurídico, os direitos humanos e o HIV; (2) fomentando o diálogo público baseado em provas, bem como<br />

a criação de legislação e políticas baseadas em direitos, no contexto do HIV; e (3) denindo recomendações claras e<br />

puníveis com um plano concreto de acompanhamento. A Comissão reune-se três vezes durante um período de 18<br />

meses entre junho de 2010 e dezembro de 2011. Os membros da Comissão também serão convidados a participar nos<br />

Diálogos Regionais.


Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (Brasil)<br />

7<br />

O sr. Fernando Henrique Cardoso foi presidente do Brasil desde 1995 até 2002. Atualmente, é presidente do Instituto Fernando Henrique<br />

Cardoso (São Paulo, Brasil). Foi presidente do Clube de Madrid (Madrid), membro fundador dos Elders, convocador e co-presidente da Comissão<br />

Latino-Americana para a Droga e a Democracia. Também é membro do Conselho para o Diálogo Interamericano, do Instituto de Recursos<br />

Mundiais e do Instituto de Estudos Internacionais Thomas J. Watson Jr., da Universidade Brown (em Providence, RI). Sociólogo com formação<br />

adquirida na Universidade de São Paulo, surgiu na última década de 60 como uma das guras mais inuentes na análise da mudança social<br />

de grande escala, desenvolvimento internacional, dependência e democracia. O sr. Cardoso esteve profundamente envolvido no esforço do<br />

Brasil para restaurar a democracia (1964-1985). Eleito senador em 1982, foi membro fundador do Partido Social Democrático. Em 1992-<br />

1993 foi Ministro das Relações Exteriores e, em 1993-1994, foi Ministro da Fazenda. Ex-professor titular de Ciência Política, atualmente com<br />

a designação de professor emérito, da Universidade de São Paulo, foi também professor nas Universidades de Santiago de Chile, Americana<br />

da Califórnia (em Stanford e em Berkeley), de Cambridge (Reino Unido), de Paris-Nanterre, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e<br />

do Colégio de França. Foi também presidente da Associação Internacional de Sociologia (1982-1986). Os seus principais trabalhos em inglês<br />

englobam The Accidental President of Brazil (2006, com B. Winter), Charting a New Course: The Politics of Globalisation and Social Tansformation<br />

(2001; editor M. Font) e Dependency and Development in Latin America (com Enzo Faletto, 1979).<br />

Sua Excelência sr. Festus Gontebanye Mogae (Botsuana)<br />

Juiz Edwin Cameron (África do Sul)<br />

O sr. Festus Gontebanye Mogae foi Presidente da República do Botsuana e do grupo “Champions for an HIV-Free Generation”. Em abril de 1998 tornouse<br />

primeiro presidente como líder do Partido Democrático de Botsuana e ganhou o segundo mandato em 2004. Mediante a cuidadosa administração da<br />

economia e dos recursos minerais, Botsuana usufruiu de um crescimento econômico estável que tem caracterizado sua história pós-independência. O<br />

sr. Mogae também foi louvado internacionalmente por suas iniciativas para combater a epidemia do HIV no país, um dos mais duramente afetados pela<br />

doença. Seu mérito é reconhecido como um dos primeiros chefes de estado no mundo a revelar publicamente o teste para deteção do HIV. Foi um dos<br />

primeiros líderes africanos a presidir ao Conselho Nacional da AIDS do seu país, continuando ainda hoje exercendo essa função. Sob a sua administração,<br />

Botsuana foi o primeiro país africano a dispor de tratamento grátis anti-retroviral para os cidadãos mais necessitados. Em 2004, introduziu a modalidade<br />

“optar por não participar” nos testes de rotina para deteção do HIV, o que desde então tem aumentado extraordinariamente o número de pessoas que<br />

conhecem sua situação em relação ao HIV. Em agosto de 2008, durante a 17ª Conferência Internacional da AIDS, na Cidade do México, o sr. Mogae<br />

lançou o grupo “Champions for an HIV-Free Generation”, formado por ex-presidentes africanos e outras personalidades inuentes, com o propósito de<br />

mobilizar a liderança de alto nível com novas e estimulantes intervenções em relação ao HIV e à AIDS na África Subsaariana. Até agora, o grupo tem<br />

concluído missões em quatro nações africanas, incluindo Moçambique, Namíbia, África do Sul e Suazilândia, onde defendeu iniciativas aceleradas de<br />

prevenção do HIV diante dos principais líderes de tais países. O sr. Mogae recebeu diversos prêmios, incluindo o Prêmio Mo Ibrahim de Desempenho na<br />

Liderança Africana, em 2008, e a Grande Cruz da Legião de Honra, atribuída pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy. Em setembro de 2008, foi nomeado<br />

pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, sr. Ban Ki-moon, como um dos quatro enviados especiais para a mudança climática. É também presidente do<br />

Conselho Consultivo da Aliança de Diálogo para África.<br />

O sr. Edwin Cameron tem desempenhado o cargo de juiz do Tribunal Constitucional da África do Sul, tribunal superior sul-africano, desde 1 de<br />

janeiro de 2009. É portador do HIV, sendo tal fato do conhecimento público. Antes disso, foi juiz do Supremo Tribunal de Recursos durante oito<br />

anos e de um tribunal superior durante seis anos. Em 1983, o sr. Cameron integrou a Ordem dos Advogados de Joanesburgo e, a partir de 1986,<br />

foi advogado de direitos humanos do Centro de Estudos Jurídicos Aplicados da Universidade de Witwatersrand. Em 1994, o Presidente Mandela<br />

nomeou-o juiz interino e, depois, foi juiz permanente do Tribunal Superior em 1995. O juiz Cameron recebeu muitas distinções, entre as quais:<br />

uma bolsa de membro honorário, atribuída pelo Colégio Keble, pela Universidade de Oxford e pela Sociedade de Estudos Jurídicos Superiores,<br />

em Londres; o Prêmio Nelson Mandela de Saúde e Direitos Humanos (2000); o Prêmio de Antigos Alunos da Universidade Stellenbosch (2000);<br />

o Prêmio Campeões HIV/AIDS, da Transnet; e o Prêmio de Excelência em Liderança, da Fundação de San Francisco para a AIDS (2003). Em<br />

2002, a Ordem de Advogados da Inglaterra e do País de Gales atribuiu-lhe uma distinção especial por sua contribuição para a jurisprudência<br />

internacional e proteção dos direitos humanos. Em 2006, a sua autobiograa, Witness to AIDS, obteve em conjunto o Prêmio Sunday Times/<br />

Alan Paton, considerado o prêmio literário de não cção com mais prestígio na África do Sul. Em 2009, foi empossado como decano honorário<br />

do Middle Temple. O sr. Cameron possui doutorados honorários em Direito do King’s College, de Londres, e da Universidade de Witwatersrand.


Sra. Ana Helena Chacón-Echeverría (Costa Rica)<br />

Sr. Charles Chauvel (Nova Zelândia)<br />

Dra. Shereen El Feki (Egito)<br />

8<br />

A sra. Ana Helena Chacón-Echeverría nasceu na Costa Rica em 1961. Atualmente, é membro da Associação Demográca Costarriquense e<br />

diretora-geral consultora para a Deloitte, na Costa Rica. Neste país, tem sido congressista, membro do Comitê Executivo do Comitê de Cooperação da<br />

UNESCO, vice-presidente do Grupo Parlamentar Interamericano e coordenadora do Grupo Parlamentar da Costa Rica, cargos que visam inspecionar<br />

a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio. Foi também Ministra Adjunta da Segurança Pública, diretora-geral do Programa<br />

Triângulo de Solidariedade (contra a pobreza e a favor da descentralização e da participação dos cidadãos), membro e presidente do Conselho<br />

Nacional para a Reabilitação e Educação Especial, diretora executiva da Campanha para Melhoramento da Imagem dos Indivíduos com Deciência<br />

Física e diretora da Organização Mundial dos Indivíduos com Deciência Física para as regiões da América Central e Caribe. Seu circuito de palestras<br />

engloba a América Central, a República Dominicana, o México, o Peru, o Equador, a Argentina, a Colômbia, o Uruguai, a Etiópia, a Tailândia, a Tunísia,<br />

a Espanha e a Suíça, em matérias relativas à população e desenvolvimento, igualdade de gêneros, violência contra a mulher, incapacidades físicas,<br />

turismo, segurança nacional e pública e saúde sexual e reprodutiva. Já publicou mais de 45 documentos sobre legislação e desenvolvimento social<br />

e econômico. A sra. Chacón-Echeverría tem um grau universitário em Relações Internacionais, bem como diplomas em Técnicas de Administração<br />

e Negociação, Gerência do Desenvolvimento Social, Governo Local e Descentralização Pública. Na Europa, Ásia, África e América do Norte e do Sul<br />

dedicou-se aos estudos escolares e extra escolares sobre a igualdade de gêneros, participação do cidadão, segurança nacional e pública, saúde<br />

sexual e reprodutiva, políticas nacionais e internacionais, pobreza, exclusão social e exploração sexual.<br />

Sr. Charles Chauvel está desempenhando o segundo mandato como membro da Câmara de Representantes da Nova Zelândia, a qual representa<br />

o Partido Trabalhista da oposição. É porta-voz trabalhista para a mudança climática e energia e porta-voz adjunto para o comércio e justiça. É<br />

presidente dos Comitês de Revisão dos Privilégios e Regulamentos do Parlamento e, durante o primeiro mandato, desempenhou o cargo de<br />

secretário parlamentar do Procurador-Geral. O sr. Chauvel obteve em 1989 o grau acadêmico de bacharel com distinção, na Universidade Victoria,<br />

de Wellington e, em 1994, obteve um mestrado com honra em Jurisprudência, na Universidade de Auckland. Foi assistente estagiário do Juiz-<br />

Presidente da Nova Zelândia e conselheiro jurídico do Sindicato de Funcionários Públicos. Durante quatro anos trabalhou como advogado da<br />

Coroa no Gabinete Jurídico da Coroa, antes da parceria com o Grupo Jurídico Minter Ellison, em Wellington e Sydney. Começou a exercer Direito<br />

na Nova Gales do Sul e na Nova Zelândia, tendo participado no Comitê Judicial do Conselho Privado e do Supremo Tribunal da Nova Zelândia.<br />

Em 1994, o sr. Chauvel foi membro da Comissão de Saúde Pública da Nova Zelândia, em 1995 foi presidente da Fundação Neozelandesa para a<br />

AIDS, entre 2000 e 2004 foi vice-presidente da audiência da Comissão de Lotarias da Nova Zelândia, entre 2002 e 2004 foi membro do conselho<br />

de Minter Ellison e, entre 2002 e 2005 foi diretor da Meridian Energy. Foi responsável pelo título “Segurança Pública” na publicação “Leis da<br />

Nova Zelândia”, é editor consultor do título “Gambling and Betting”, foi colaborador da publicação “Employment Mediation in New Zeland”, da<br />

Brooker, e foi um dos editores das publicações “Direito do Trabalho na Nova Zelândia”, da Butterworth, de “Direito do Trabalho”, da Mazengarb,<br />

e do “Boletim sobre o Direito do Trabalho na Nova Zelândia”. O sr. Chauvel é membro do conselho da organização Amigos do Pacíco do Fundo<br />

Internacional Contra a AIDS, Tuberculose e Malária. Tem descendência taitiana, escocesa e francesa.<br />

A dra. Shereen El Feki é universitária, escritora e radiodifusora, cuja pesquisa atual está centrada na vida sexual e reprodutiva na região árabe.<br />

A sra. El Feki foi apresentadora/repórter da rede Al Jazeera (em inglês), sendo depois membro da Universidade Americana no Cairo. Desde 1998<br />

até 2005, a sra. El Feki foi correspondente para o setor da saúde do jornal The Economist, tendo escrito sobre a pesquisa biomédica, as indústrias<br />

farmacêutica e biotecnológica, a saúde pública internacional, a ética biomédica, os direitos da propriedade intelectual e o desenvolvimento. A<br />

dra. El Feki possui um grau acadêmico (B.Sc.) obtido na Universidade de Toronto, bem como outro grau (M.Phil) em Bioquímica e um doutorado<br />

(Ph.D) em Imunologia Molecular, na Universidade de Cambridge.


Sra. Bience Gawanas (Namíbia)<br />

Sra. Carol Kidu (Papua Nova Guiné)<br />

Ilustríssimo Sr. Michael Kirby (Austrália)<br />

9<br />

A sra. Bience Gawanas nasceu e cresceu na Namíbia. Após a independência do país, ela foi advogada de uma organização não governamental de<br />

direitos humanos, do Centro de Assistência Jurídica e, desde 1991 até 1996, tornou-se membro a tempo integral da Comissão da Função Pública. Em<br />

1996, foi nomeada Defensora Pública (Ombudswoman) da Namíbia, cargo que desempenhou até 2003. Durante esse tempo, recebia e investigava<br />

reclamações relacionadas às violações dos direitos humanos, incompetência na administração, corrupção e degradação do meio ambiente. A sua<br />

função de Defensora Pública possibilitou-lhe defender a questão dos direitos humanos atacando a pobreza ou respondendo ao desenvolvimento<br />

socioeconômico. Em setembro de 2003, foi eleita comissária de Assuntos Sociais da União Africana, cargo que desempenha até agora. O seu trabalho<br />

envolve a defesa, a harmonização e a coordenação de políticas e programas regionais e continentais relacionados ao desenvolvimento social, incluindo<br />

a saúde, o HIV/AIDS, a malária, a tuberculose e outras doenças infecciosas relacionadas, a migração, a população, a cultura e os esportes, o controle da<br />

droga, o bem-estar social dos grupos vulneráveis, o trabalho e o emprego. Foi nomeada patrocinadora do Projeto de Transformação Institucional da<br />

Comissão da União Africana. A sra. Gawanas foi também membro do Grupo de Trabalho Mundial para Melhoramento da Coordenação entre Instituições<br />

Multilaterais e Doadores, bem como do Comitê Diretor Mundial sobre o Acesso Universal à Prevenção, Assistência e Tratamento para o HIV. É membro<br />

do Conselho Internacional de Administradores do Fórum sobre Políticas da Criança Africana, uma organização não governamental africana sediada na<br />

Etiópia. A sra. Gawanas possui um grau acadêmico com distinção (LLB), obtido na Universidade de Warwick, no Reino Unido, bem como o grau de Direito<br />

atribuído pela Escola de Direito Inns of Court. A sra. Gawanas faz parte das Ordens de Advogados Inglesa e Irlandesa e do Tribunal Superior da Namíbia.<br />

Possui o grau acadêmico de mestrado (MBA) executivo obtido na Universidade da Cidade do Cabo.<br />

A sra. Carol Kidu é atualmente a única mulher no Parlamento de Papua Nova Guiné formado por 109 membros. Foi primeiro eleita para o Parlamento de<br />

Papua Nova Guiné em 1997, sendo reeleita em 2002 e 2007. Desde 2002, tem sido Ministra do Desenvolvimento Comunitário, sendo descrita como uma<br />

“reformista visionária” devido ao seu compromisso para transformar o quadro legislativo e de políticas de desenvolvimento social nas sociedades papuas<br />

no seu ponto de contato com a sociedade ocidental. A sra. Kidu facilitou a preparação de grandes reformas legislativas ao código penal sobre a violação<br />

e a agressão sexuais, bem como nova legislação sobre o abuso sexual infantil e a exploração sexual de crianças. Ela efetuou também a revisão da Lei<br />

Colonial sobre o Bem-Estar Infantil, com a aprovação da nova Lei Lukautim Pikinini, de 2009 (Lei sobre a Proteção Infantil). A sra. Kidu foi pioneira de uma<br />

grande mudança na política pública para reorientação do desenvolvimento social visando uma abordagem integrada ao desenvolvimento comunitário.<br />

Em 2003, ela formou o Comitê Parlamentar para o HIV e a AIDS e tem assumido liderança política em iniciativas que visam a reforma da legislação que<br />

criminaliza a prostituição e as relações entre indivíduos do mesmo gênero. Foi membro da Comissão para a AIDS na região do Pacíco, que produziu<br />

o Relatório da ONU sobre a AIDS na região do Pacíco, sendo também membro do Comitê Regional da ONU para o HIV e a AIDS. Em janeiro de 2005,<br />

a sra. Kidu recebeu a Distinção Imperial de Dama do Império Britânico e, em março de 2007, o Secretário de Estado dos E.U.A. atribuiu-lhe o Prêmio<br />

Internacional Mulheres de Coragem. Em dezembro de 2007, foi nomeada Indivíduo do Ano para a Região do Pacíco e, em 2008, foi vencedora do Prêmio<br />

de Direitos Humanos atribuído pelo Grupo de Recursos pelos Direitos na Região do Pacíco, pela sua contribuição para fomentar os direitos dos habitantes<br />

das ilhas do Pacíco. Em fevereiro de 2009, recebeu a mais alta distinção atribuída a um não cidadão pelo governo francês – a Cruz de Cavaleiro da Ordem<br />

da Legião de Honra. A sra. Kidu representa a Oceania no Comitê da FIFA para o Espírito Esportivo e Responsabilidade Social. É também representante do<br />

Conselho da Commonwealth of Learning na região do Pacíco, sendo conselheira internacional no conselho do Instituto Cairns.<br />

O sr. Michael Kirby foi nomeado presidente adjunto da Comissão Australiana de Conciliação e Arbitragem em dezembro de 1974. Em 1975, foi<br />

destacado para presidente inaugural da Comissão Australiana para a Reforma do Direito, cargo que desempenhou até 1984. Entre 1983 e 1984 foi<br />

juiz do Tribunal Federal da Austrália, sendo posteriormente nomeado para a presidência do Tribunal de Recursos da Nova Gales do Sul. Em fevereiro<br />

de 1996 foi destacado para o Tribunal Superior da Austrália e, em 4 de fevereiro de 2009, aposentou-se desse tribunal, seis semanas mais cedo em<br />

relação à idade legal para aposentadoria, estipulada no Artigo 72 da Constituição. O sr. Kirby tem participado em muitos organismos nacionais e<br />

internacionais, inclusivamente como presidente da Comissão Internacional de Juristas e como representante especial do Secretário-Geral da ONU<br />

para os Direitos Humanos no Camboja. Desempenhou cargos em muitas agências da ONU, mais recentemente a UNAIDS, UNODC, ILO, <strong>OMS</strong>, UNDP<br />

e UNESCO. Em 2007, a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos nomeou-o membro do Grupo de Referência Judicial Internacional para<br />

o seu gabinete. O sr. Kirby também é membro do Painel Mundial de Referência da UNAIDS para os Direitos Humanos. Ao aposentar-se do Tribunal<br />

Superior, o sr. Kirby foi eleito membro honorário vitalício da Associação Australiana e Neozelandesa de Advogados. É membro honorário do Inner<br />

Temple e membro da Sociedade de Juristas, ambas situadas em Londres, assim como do Instituto Americano do Direito e da Sociedade Americana de<br />

Direito Internacional, nos Estados Unidos. O sr. Kirby possui quinze graus honorários de universidades australianas e de outros países. Em março de<br />

2009, foi eleito membro do Instituto Australiano de Arbitradores e Mediadores, sendo também membro do conselho dessa organização. Em 2010,<br />

foi também nomeado para membro do Grupo de Indivíduos Ilustres, os quais visam aconselhar sobre o futuro da Comunidade de Nações.


Ilustríssima sra. Barbara Lee (Estados Unidos)<br />

Sr. Stephen Lewis (Canadá)<br />

Professora Sylvia Tamale (Uganda)<br />

10<br />

A congressista Barbara Lee tem antecedentes notáveis como campeã do HIV, trabalhando incansavelmente para cessar a propagação do HIV nos<br />

Estados Unidos e em todo o mundo. Desde que foi eleita para o Congresso há mais de uma década, a democrata californiana tem desempenhado um<br />

papel crucial no desenvolvimento dos principais projetos de lei relativos ao HIV/AIDS, visando criar apoio bipartidário em iniciativas para combater uma<br />

doença sem fronteiras políticas ou geográcas. A sra. Lee tem viajado à Índia, África e Caribe a m de examinar tais questões. Ela tem-se esforçado para<br />

eliminar a cláusula de abstinência como um requisito para os países receberem dinheiro para combater a AIDS. A congressista foi co-autora da legislação<br />

histórica que criou em 2003 o Plano de Assistência de Emergência à AIDS (PEPFAR, sigla em inglês), uma iniciativa do Presidente. A lei estabeleceu uma<br />

iniciativa mundial de $15 bilhões para combater a AIDS, sendo na ocasião o maior compromisso nanceiro da história de qualquer nação para combater<br />

uma única doença. Na sua autobiograa de 2008 ela escreveu acerca do seu trabalho sobre o HIV/AIDS. Em 2008, a congressista foi também co-autora da<br />

legislação PEPFAR que renovou o programa mundial para a AIDS e envolveu nações do Caribe, tendo lutado com sucesso para aumentar o compromisso<br />

nanceiro dos E.U.A. para $48 bilhões até 2013 na luta contra o HIV/AIDS, tuberculose e malária. A sra. Lee foi co-autora da Lei sobre a Proteção contra<br />

a Transmissão do HIV às Mulheres e aos Jovens (PATHWAY), de 2006, a m de reduzir a vulnerabilidade das mulheres e meninas à infeção pelo HIV. A<br />

congressista tem desempenhado um papel fundamental no aumento do nanciamento nacional para programas de prevenção, educação, assistência e<br />

tratamento para o HIV, incluindo a iniciativa “Minority AIDS”. A sra. Lee tem defendido fortemente a criação de uma estratégia nacional para a AIDS com<br />

objetivos e calendários bem denidos pela responsabilidade e que seja apoiada pela criação de uma vacina contra o HIV. Defendeu também a aprovação<br />

da Câmara de uma resolução que apoie os objetivos e os ideais do Dia Nacional de Conscientização da População Negra para o HIV/AIDS. A sra. Lee<br />

liderou uma iniciativa para declarar o estado de emergência no condado de Alameda onde o número de afro-americanos com o HIV continuava a subir.<br />

A congressista tem apoiado iniciativas que visam reduzir a propagação de infeções transmitidas por via sexual nas instituições correcionais federais e<br />

estaduais, tendo promovido programas para ensinar educação sexual e reduzir o índice de gravidezes não planejadas, bem como a propagação do HIV e<br />

das infeções sexualmente transmissíveis entre adolescentes. A sra. Lee tem trabalhado para que seja retirada a proibição que impede os indivíduos com<br />

o HIV de viajarem aos Estados Unidos.<br />

O sr. Stephen Lewis é co-diretor e co-fundador da organização internacional de defesa chamada AIDS-Free World, a qual fomenta intervenções mundiais<br />

mais urgentes e ecazes em relação ao HIV/AIDS. O seu trabalho com as Nações Unidas abrange mais de duas décadas. Desde junho de 2001 até ao m de<br />

2006 foi enviado especial do Secretário-Geral da ONU para o HIV/AIDS em África. Desde 1995 até 1999, o sr. Lewis foi diretor executivo adjunto da UNICEF na<br />

sede mundial da organização em Nova York. Em 1997, para além do seu trabalho na UNICEF, o sr. Lewis foi nomeado pela Organização de Unidade Africana<br />

para fazer parte de um Painel de Indivíduos Distintas para Investigação do Genocídio em Ruanda. O ‘Relatório sobre Ruanda’ foi publicado em junho de 2000.<br />

Em 1993, o sr. Lewis tornou-se coordenador do estudo internacional – conhecido pelo nome de “Estudo Graça Machel” – sobre as “Consequências do Conito<br />

Armado nas Crianças”. O relatório foi apresentado nas Nações Unidas em 1996. Desde 1984 até 1988, o sr. Lewis foi embaixador canadense das Nações Unidas.<br />

Na qualidade de embaixador, o sr. Lewis presidiu ao comitê que preparou o Programa Quinquenal das Nações Unidas para a Recuperação Econômica Africana.<br />

Presidiu também à primeira Conferência Internacional sobre a Mudança Climática, em 1988, a qual formulou a primeira política geral sobre o aquecimento<br />

global. Nas últimas décadas de 60 e 70, o sr. Lewis foi representante eleito da Assembleia Legislativa do Ontário. Durante esse tempo, foi líder do Partido Neo-<br />

Democrata do Ontário e da Oposição Ocial. Além do seu trabalho com a organização AIDS-Free World, o sr. Lewis é professor distinto da Universidade Ryerson,<br />

em Toronto. É membro do Conselho de Administradores da Iniciativa Clinton de Acesso à Saúde e da Iniciativa Internacional para a Vacina Contra a AIDS. O sr.<br />

Lewis também é presidente do conselho da Fundação Stephen Lewis no Canadá. O sr. Lewis possui 32 graus honorários de universidades canadenses e, em<br />

junho de 2010, obteve outro grau honorário do Dartmouth College, nos Estados Unidos. O sr. Lewis é Companheiro da Ordem do Canadá, a distinção mais alta<br />

atribuída pelas suas realizações. Em 2007, o Reino do Lesoto atribuiu-lhe o título de Cavaleiro Comandante da Ordem mais Distinta de Moshoeshoe a qual, que<br />

tem o nome do fundador do Lesoto, é a distinção mais elevada do país.<br />

A professora Sylvia Tamale é uma importante advogada feminista africana e universitária sediada em Kampala, no Uganda. Decana da Faculdade de<br />

Direito da Universidade de Makerere, tem sido professora convidada em diversas instituições acadêmicas de todo o mundo. A professora Tamale tem<br />

participado em conselhos e comitês de diversas organizações nacionais e internacionais, inclusivamente a Aliança do Uganda para o HIV/AIDS, o Conselho<br />

Internacional para a Política sobre Direitos Humanos, o Fundo para os Direitos Iguais e a Iniciativa Sociedade Aberta para a África Oriental. Ao combinar<br />

o mundo universitário com o ativismo, a professora Tamale adota uma abordagem crucial à legislação que visa melhorar a ação e o desenvolvimento<br />

individual e transformador dos estudantes. Em 2006, fundou o Projeto de Pesquisa Direito, Gênero e Sexualidade, na Universidade de Makerere. A sra.<br />

Tamale já publicou e discursou publicamente em todo o mundo sobre diversos assuntos, entre os quais os direitos da mulher, o gênero, o acesso, os<br />

medicamentos, as minorias sexuais e o HIV/AIDS. A sua publicação sobre as sexualidades africanas será publicada no m de 2010 pela editora Pambazuka<br />

Press. Recebeu diversos prêmios por defender os direitos humanos dos grupos marginalizados como as mulheres, as minorias sexuais, os indivíduos<br />

soropositivos e os refugiados. A sra. Tamale possui o grau de bacharel em Direito obtido na Universidade de Makerere, um mestrado em Direito obtido na<br />

Faculdade de Direito de Harvard e um doutorado (Ph.D.) em Sociologia e Estudos sobre a Mulher, obtido na Universidade de Minnesota.


Sr. Jon Ungphakorn (Tailândia)<br />

Professora Miriam K. Were (Quênia)<br />

O sr. Jon Ungphakorn, ex-senador de Banguecoque, é um ativista social tailandês que tem passado a maior parte de sua vida trabalhando com<br />

organizações não governamentais tailandesas sobre os direitos humanos e o desenvolvimento. Nos últimos 25 anos, seus interesses especícos<br />

têm sido o HIV/AIDS (prevenção, tratamento e direitos), o acesso à saúde, a evolução do estado de bem-estar e o desenvolvimento dos meios da<br />

sociedade civil. Em 1991, fundou e foi o primeiro diretor executivo da AIDS Access Foundation, uma organização não governamental tailandesa<br />

que dispõe de serviços de aconselhamento condencial para indivíduos soropositivos e suas famílias, proporciona formação e apoio a<br />

organizações de indivíduos com o HIV, realiza campanhas contra o estigma público da AIDS e defende os direitos de todos ao tratamento ecaz<br />

e acessível. Em 2000, foi eleito para o Senado da Tailândia durante seis anos, com o apoio de ONGs e das comunidades soropositivas. Em 2005,<br />

recebeu o Prêmio Ramon Magsaysay (um prêmio asiático de prestígio) pelo seu trabalho de defesa dos direitos humanos. O sr. Ungphakorn é<br />

defensor na Tailândia, e em outros países em desenvolvimento, do uso integral das exibilidades permitidas ao abrigo do acordo OMC TRIPS e<br />

da Declaração Doha de 2001, que visa proporcionar aos cidadãos acesso aos medicamentos de importância vital, os quais estão prontamente<br />

disponíveis nos países desenvolvidos. Atualmente, é vice-presidente da Fundação Tailandesa para os Direitos dos Indivíduos Soropositivos e é<br />

membro do Conselho de Administradores do Serviço Tailandês de Radiodifusão Pública.<br />

A professora Miriam K. Were é uma queniana que ensinou na Escola de Medicina da Universidade de Nairobi (1974-1985). Trabalhou para a UNICEF<br />

(1985-1990) como representante da Organização Mundial de Saúde (1990-1993) e como diretora do programa UNFPA da Equipe de Apoio Nacional<br />

que providenciou serviços técnicos ao programa População e Saúde Reprodutiva, que também abrangeu o HIV, na África Oriental, Central e Ocidental<br />

anglófona, desde 1993 até 2000, ano em que se afastou da ONU. Em 1999, a sra. Were foi líder de uma organização formada por multiorganismos<br />

chamada Missão Gana, que estabeleceu a base da intervenção ganense ao HIV. Após o seu afastamento das Nações Unidas, a sra. Were tem sido<br />

presidente do Conselho Nacional do Quênia para Controle da AIDS (2003-2009), período em que a Intervenção Nacional do Quênia ao HIV teve um<br />

sucesso espantoso. Desde 2002 até 2009, a sra. Were foi presidente da Fundação Médica e para a Pesquisa Africana (AMREF, sigla em inglês), a qual<br />

se dedica ao HIV nos países africanos onde opera. A sra. Were também é membro do grupo “Champions for an HIV-Free Generation”. Também é cofundadora<br />

da Fundação UZIMA, que se centra na capacitação da juventude visando uma boa qualidade de vida que englobe o controle do HIV e da<br />

AIDS. Entre as distinções recebidas conta-se o prestigioso Prêmio Africano Hideyo Noguchi, atribuído primeiro pelo Japão em 2008 pelos sucessos<br />

extraordinários alcançados que visavam o aumento do acesso aos serviços médicos. Outras distinções englobam: National Honour of the Elder of the<br />

Burning Spear, do Quênia, em 2007; o Prêmio Mundial YWCA Trail Blazer among Women Leading Change; a Medalha de Ouro de Saúde Pública da<br />

Rainha Isabel II; Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra Francesa; e, em 2010, o Prêmio Pioneiro de Saúde Pública atribuído pela AMREF. A sra. Were<br />

aprecia muito seu trabalho de assistência à saúde baseada na comunidade. O Quênia apresentou esse trabalho na Conferência Alma Ata, em 1978,<br />

tendo sido adotada a Estratégia dos Cuidados de Saúde Primários. A sra. Were possui o grau de Medicina obtido na Universidade de Nairobi, bem<br />

como um mestrado e um doutorado em Saúde Pública obtidos na Universidade Johns Hopkins.<br />

Sr. JVR Prasada Rao (Índia) – Secretário membro de Comissão<br />

O sr. JVR Prasada Rao é atualmente consultor especial do diretor executivo do programa UNAIDS para a região da Ásia-Pacíco, situado em<br />

Nova Deli, na Índia, providenciando parecer e apoio estratégico ao diretor executivo em matéria de políticas e implementação relacionadas<br />

à AIDS. O sr. Rao foi presidente permanente no Ministério da Saúde do governo indiano. Sua função foi essencial na elaboração da Política<br />

Nacional de Saúde, da Política Nacional de Prevenção e Controle da AIDS e da Política Indiana de Transfusão de Sangue. O sr. Rao iniciou um<br />

grande projeto no país chamado Saúde Infantil e Reprodutiva. Desde 2004 até 2009 foi diretor regional do programa UNAIDS para a região<br />

Ásia-Pacíco e, desde 1997 até 2002, foi diretor da Organização Nacional Indiana para Controle da AIDS, contribuindo com sucesso para o<br />

lançamento de uma iniciativa nacional para a AIDS, descentralizada e enriquecida. O sr. Rao foi também secretário membro da Comissão<br />

para a AIDS na Ásia e da Comissão para a AIDS no Pacíco. Participou também em importantes iniciativas mundiais, incluindo o Grupo de<br />

Trabalho Transitório do Fundo Mundial para a AIDS, Tuberculose e Malária, bem como o Fórum de Alto Nível formado conjuntamente pelo Banco<br />

Mundial, a Organização Mundial da Saúde e doadores bilaterais e que visavam monitorar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento<br />

para o Milênio. O sr. Rao foi também membro do Conselho Coordenador do Programa UNAIDS.<br />

Para obter mais informações, contate: info@hivlawcommission.org<br />

ou visite: www.hivlawcommission.org e http://www.undp.org/hiv/comissionhivandthelaw/<br />

Secretariado, Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

UNDP, HIV/AIDS Practice, Bureau for Development Policy, 304 East 45th Street, New York, NY 10017<br />

Tel: (212) 906 5132 Fax: (212) 906 5023


Antecedentes<br />

La Comisión Global sobre el VIH y el Derecho fue establecida en junio O<br />

lançamento da Comissão Mundial para o HIV e o Direito, em junho de<br />

2010, teve a nalidade de elaborar recomendações puníveis, baseadas em<br />

provas e nos direitos humanos, visando obter intervenções ecazes ao HIV<br />

que fomentem e protejam os direitos humanos dos indivíduos vulneráveis<br />

e soropositivos. Com essa nalidade, a Comissão visa concentrar-se em<br />

algumas questões jurídicas e de direitos humanos mais desaantes no<br />

contexto do HIV, as quais poderão englobar: (1) leis e procedimentos que<br />

criminalizam efetivamente os indivíduos vulneráveis e que vivem com<br />

o HIV; (2) leis e procedimentos que atenuam ou permitem a violência e<br />

a discriminação sofridas pelas mulheres; e (3) leis e procedimentos que<br />

facilitam ou impedem o acesso ao tratamento relacionado ao HIV.<br />

A lei pode ter um impacto profundo na vida das pessoas – principalmente<br />

nos indivíduos vulneráveis e marginalizados. O verdadeiro teste de uma<br />

sociedade humanitária está representado no seu compromisso para<br />

proteger os direitos das minorias. Nos últimos anos, a lei tem exercido<br />

uma força positiva ao avançar com respostas ecazes ao HIV. Por exemplo,<br />

a ação judicial e legislativa tem melhorado o acesso ao tratamento para<br />

salvar vidas e tem protegido da discriminação os indivíduos soropositivos.<br />

Nos casos em que a lei garante a herança e a posse iguais para mulheres<br />

e meninas, tem ajudado a aliviar a pressão social e econômica causada<br />

12<br />

Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

GRUPO CONSULTIVO TÉCNICO<br />

pelo HIV e a AIDS. Embora tenham sido usadas estruturas jurídicas de<br />

apoio para aliviar as causas e as consequências do HIV, a sua adoção<br />

tem sido limitada. Por exemplo, embora tenha aumentado desde 2003<br />

o número de países que têm leis para proteger da discriminação os<br />

indivíduos soropositivos, um terço dos países ainda não tem proteção<br />

jurídica em relação ao HIV. Em muitos países, persistem estruturas<br />

jurídicas que defendem as desigualdades estruturais. Além disso, não<br />

está denido até que ponto são cumpridas as leis anti-discriminação<br />

existentes e, em alguns países, as estruturas jurídicas favoráveis estão<br />

cando enfraquecidas pela criminalização da transmissão e exposição ao<br />

HIV, trabalho sexual, relações sexuais consensuais entre indivíduos adultos<br />

do mesmo gênero e pelo consumo de drogas. Há um aumento constante<br />

do corpo da documentação sobre as violações dos direitos humanos<br />

resultantes de leis, políticas e procedimentos punitivos. Não obstante, têm<br />

sido evasivas as provas plausíveis sobre o impacto de tais leis, políticas e<br />

procedimentos sobre os efeitos do HIV e em matéria de saúde, os quais<br />

poderão ser traduzidos em vontade política para inuenciar a necessária<br />

reforma baseada nos direitos.<br />

A Comissão continuará trabalhando para alcançar seu objetivo<br />

introduzindo uma iniciativa global que envolve pesquisa ultramoderna,<br />

análise e consulta extensiva aos principais intervenientes – principalmente


os mais afetados pelas leis, políticas e procedimentos punitivos, bem<br />

como pelo estigma e pela discriminação no contexto do HIV. A Comissão<br />

é apoiada por dois processos interligados – os Diálogos Regionais (que<br />

funcionam como uma interface entre a Comissão e os intervenientes<br />

afetados nas regiões espalhadas pelo mundo) e um Grupo Consultivo<br />

Técnico (que aconselha a Comissão nas principais questões técnicas e<br />

pesquisa e informa quais as conclusões e recomendações provenientes da<br />

Comissão).<br />

Grupo Consultivo Técnico<br />

O Grupo Consultivo Técnico (TAG, sigla em inglês) é co-presidido<br />

por um comissário e um membro, ambos com especialização em<br />

HIV, direitos humanos e legislação. O grupo é formado por peritos<br />

em Direito, direitos humanos, HIV e saúde pública, bem como<br />

Sr. Michael Kirby (co-presidente)<br />

Sr. Allehone Mulugeta Abebe (co-presidente)<br />

13<br />

por indivíduos soropositivos e membros da sociedade civil e das<br />

comunidades marginalizadas. O TAG aconselha a Comissão nas<br />

principais questões técnicas e pesquisa relacionada ao HIV e o direito<br />

centrando-se nos impactos dos ambientes jurídicos punitivos e que<br />

impedem o aumento gradual de respostas ecazes ao HIV. O grupo<br />

assiste na revisão técnica de todos os materiais apresentados à<br />

Comissão e também produzidos por ela. O TAG providencia orientação<br />

sobre metodologias e questões pertinentes sobre pesquisa, bem<br />

como documentos sobre questões regionais, os quais procuram<br />

realçar questões relacionadas às leis, políticas e procedimentos<br />

punitivos, no contexto de considerações regionais especícas. Por<br />

último, o TAG aconselha a Comissão sobre os Diálogos Regionais e<br />

estratégias para acompanhamento das conclusões e recomendações<br />

da Comissão.<br />

O sr. Michael Kirby(co-presidente) foi nomeado vice-presidente da Comissão Australiana de Conciliação e Arbitragem em dezembro de 1974. Em<br />

1975, foi destacado para as funções de presidente inaugural da Comissão Australiana para a Reforma do Direito até 1984. Entre 1983 e 1984 foi juiz do<br />

Tribunal Federal da Austrália, tendo sido depois nomeado para a presidência do Tribunal de Recursos da Nova Gales do Sul. Em fevereiro de 1996 foi<br />

destacado para o Tribunal Superior da Austrália e aposentou-se em 4 de fevereiro de 2009, seis semanas antes da idade obrigatória para aposentação,<br />

estipulada pelo parágrafo 72 da Constituição. O sr. Michael Kirby participou em muitas organizações nacionais e internacionais, inclusivamente como<br />

presidente da Comissão Internacional de Juristas e como representante especial do Secretário-Geral da ONU para os Direitos Humanos em Camboja.<br />

Desempenhou funções em muitos órgãos da ONU, sendo os mais recentes o UNAIDS, UNODC, ILO, OSM, UNDP e a UNESCO. Em 2007, a Alta Comissária da<br />

ONU para os Direitos Humanos nomeou-o para membro do Grupo de Referência Judicial Internacional do seu gabinete. O sr. Kirby desempenha também<br />

funções como membro do Grupo de Referência Mundial para os Direitos Humanos, do UNAIDS. Ao aposentar-se do Tribunal Superior, o sr. Michael Kirby<br />

foi eleito membro honorário vitalício da Ordem de Advogados da Austrália e da Nova Gales do Sul. É membro honorário do Inner Temple e também da<br />

Sociedade de Juristas, ambos situados em Londres, bem como do Instituto Americano de Direito e da Sociedade Americana de Direito Internacional, nos<br />

Estados Unidos. O sr. Kirby possui quinze graus acadêmicos honorários de universidades australianas e de outros países. Em março de 2009, foi eleito<br />

membro do Instituto de Arbitradores e Mediadores da Austrália, sendo também membro do conselho desse organismo. Em 2010, foi nomeado membro<br />

do Grupo de Indivíduos Notáveis, função que visa aconselhar sobre o futuro da Comunidade de Nações.<br />

O sr. Allehone Mulugeta Abebe (co-presidente), diplomata e advogado etíope, possui ampla experiência em saúde pública, direitos humanos e direito<br />

internacional. Tendo trabalhado desde abril de 2007 como especialista jurídico/em direitos humanos para a Missão Permanente Etíope em Genebra, na<br />

Suíça, tem representado a Etiópia na Organização Mundial da Saúde, no UNAIDS e no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mais recentemente, tem<br />

desempenhado as funções de presidente do gabinete do Conselho Coordenador do UNAIDS (2008-2009), sendo membro de um grupo de trabalho sobre<br />

a implementação da Segunda Avaliação Independente do UNAIDS. Desempenhou também as funções de coordenador do grupo africano de peritos<br />

para assuntos humanitários. Antes de exercer a sua função na missão Etíope em Genebra, o sr. Abebe desempenhou vários cargos no Ministério Etíope<br />

das Relações Exteriores. Negociou também diversos instrumentos e resoluções multilaterais sobre direitos humanos ao nível regional e internacional.<br />

Na Etiópia, o sr. Abebe coordenou e trabalhou como um dos principais autores dos manuais escolares das escolas públicas do país em matéria de<br />

educação cívica e de direitos humanos que, entre outros, visavam a integração da prevenção do HIV/AIDS no programa de estudo nacional. O sr. Abebe<br />

estudou no Centro de Direitos Humanos da Universidade de Pretória (vencedor do Prêmio UNSECO de Formação em Direitos Humanos, 2006) onde<br />

obteve o grau acadêmico (LLM) de Direito em Matéria de Direitos Humanos. Atualmente, o sr. Abebe está efetuando, na Universidade de Berna, um<br />

trabalho de pesquisa doutoral sobre direitos humanos de indivíduos desalojados nos seus países africanos. É autor de diversos materiais de pesquisa em<br />

importantes periódicos acadêmicos e apresenta dissertações e discursos em conferências internacionais.


Sr. JVR Prasada Rao (secretário membro da Comissão)<br />

Sra. Aziza Ahmed<br />

Jonathan Berger<br />

Chris Beyrer<br />

14<br />

O sr. JVR Prasada Rao (secretário membro da Comissão) desempenha atualmente a função de conselheiro especial do diretor executivo do UNAIDS<br />

para a região da Ásia-Pacíco, sediado em Nova Deli, na Índia, providenciando pareceres estratégicos e apoio ao diretor executivo sobre políticas e<br />

implementação relacionadas com a AIDS. Tendo exercido a função de secretário permanente no Ministério da Saúde do Governo da Índia, ela foi<br />

instrumental na criação da Política Nacional de Saúde, da Política Nacional para a Prevenção e Controle da AIDS e da Política Nacional Indiana sobre as<br />

Transfusões de Sangue. Iniciou também um grande projeto no país intitulado Saúde Infantil e Reprodução. Entre 2004 e 2009, desempenhou o cargo de<br />

diretor regional do programa UNAIDS, no gabinete da região Ásia-Pacíco. De 1997 até 2002, foi diretor da Organização Nacional para Controle da AIDS<br />

na Índia, contribuindo para o sucesso do lançamento de uma melhor intervenção nacional e descentralizada para a AIDS. O sr. Rao também foi secretário<br />

da Comissão para a AIDS na Ásia e na região do Pacíco. Tem igualmente participado em importantes iniciativas mundiais, inclusivamente o Grupo de<br />

Trabalho Transitório do Fundo Mundial de Luta Contra a AIDS, a Tuberculose e a Malária, bem como no Fórum de Alto Nível, formado em conjunto com<br />

o Banco Mundial, a Organização Mundial de Saúde e doadores bilaterais, a m de monitorar os resultados dos Objetivos de Desenvolvimento para o<br />

Milênio. Foi também membro do Conselho Coordenador do Programa UNAIDS.<br />

A sra. Aziza Ahmed é catedrática adjunta de Direito, da Faculdade de Direito da Universidade Northeastern, situada em Boston, Massachusetts.<br />

Trabalhou anteriormente no Programa sobre Saúde Internacional e Direitos Humanos da Escola de Saúde Pública de Harvard. A sra. Ahmed foi<br />

membro do programa Women’s Law and Public Policy Fellowship, da Comunidade Internacional de Mulheres (CIM) com HIV/AIDS, apoiado pela<br />

Fundação Ford. Entre outros programas da CIM, a sra. Ahmed ajudou a lançar um projeto que documentava a esterilização forçada e coerciva das<br />

mulheres portadoras do HIV na Namíbia. Anteriormente, a sra. Ahmed foi consultora do UNIFEM para a região leste do Caribe, tendo trabalhado<br />

com organizações de direitos humanos na África Austral, Índia, Estados Unidos e Caribe. Sua pesquisa atual centra-se em matérias como o HIV/<br />

AIDS, o gênero, a sexualidade, a saúde sexual e reprodutiva e direitos, bem como o direito penal e a saúde pública. A sra. Ahmed obteve o grau<br />

acadêmico de Direito na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e o grau de mestrado de Ciência em População e Saúde Internacional na Escola<br />

de Saúde Pública de Harvard.<br />

Jonathan Berger é pesquisador sênior e diretor de políticas e pesquisa do ARTIGO 27, que integra o Projeto AIDS Law. Depois de ter desempenhado<br />

o cargo de conselheiro jurídico e educativo da União Nacional para a Igualdade dos Homossexuais e das Lésbicas, desde 1997 até 1999, foi ocial<br />

de justiça da magistrada Catherine O’Regan, do Tribunal Constitucional da África do Sul. Desde junho de 2009, o sr. Berger tem sido membro<br />

do Conselho para o Controle de Medicamentos, da África do Sul. No início de 2010, foi também nomeado para o Conselho de Diretores do Holy<br />

Family College – um estabelecimento de ensino independente em Joanesburgo. É também pesquisador universitário honorário na Universidade<br />

de Witwatersrand, em Joanesburgo, onde leciona os cursos HIV/AIDS e o Direito e Medicamentos, Direitos e Regulamentos. Até o m de 2007, o<br />

sr. Berger foi presidente do conselho do Projeto para a Igualdade dos Homossexuais e das Lésbicas, em que ele estava integralmente envolvido no<br />

êxito do desao constitucional que visava a exclusão dos casais homossexuais da legislação matrimonial da África do Sul. O sr. Berger possui graus<br />

acadêmicos em Arquitetura e Direito, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, bem como o de mestrado em Direito pela Universidade<br />

de Toronto, o qual centra-se na relação entre o acesso ao tratamento para o HIV/AIDS, no direito comercial internacional e no direito constitucional.<br />

Chris Beyrer é professor catedrático das matérias de Epidemiologia, Saúde Internacional e Comportamento e Sociedade, na Escola de Saúde Pública Johns<br />

Hopkins Bloomberg. É fundador e diretor do Centro de Saúde Pública e de Direitos Humanos do estabelecimento de ensino Johns Hopkins, estando envolvido<br />

em pesquisa, no ensino e no trabalho de elaboração de políticas sobre saúde pública e direitos humanos. É também diretor adjunto do Setor de Saúde Pública<br />

do Centro de Saúde Mundial Johns Hopkins, um consórcio das Escolas de Medicina, Saúde Pública e Enfermagem. Foi diretor do Programa Internacional<br />

Fogarty de Treinamento e Pesquisa para a AIDS, da Universidade Johns Hopkins. Em 2008, o dr. Beyrer foi eleito para o Conselho Diretivo da Sociedade<br />

Internacional para a AIDS, como representante para a região da América do Norte. Atualmente, tem um programa sobre o HIV/AIDS e atividades de<br />

treinamento na Tailândia, China, Burma, Índia, Cazaquistão, Rússia, Malaui, Uganda, Etiópia, África do Sul, Namíbia e Botsuana. O dr. Beyrer foi consultor do<br />

Gabinete de Pesquisa para a AIDS dos Institutos Nacionais de Saúde dos E.U.A., do Banco Mundial, da amfAR, da Parceria Internacional para os Antimicróbios,<br />

da Sociedade Asiática, da Fundação Levi Strauss e do Programa Tailandês da Cruz Vermelha para a AIDS. O dr. Beyrer é membro do Comitê Consultivo para a<br />

Saúde Mundial do Instituto Sociedade Aberta e é administrador do Instituto para a Democracia Asiática. O dr. Beyrer tem um grau acadêmico em História,<br />

obtido nos estabelecimentos de ensino Hobart & Wm. Smith, fez seu treinamento na escola de medicina da Universidade Estadual de Nova York e no Centro<br />

Médico de Downstate, em Brooklyn, NY. O treinamento em saúde pública e doenças infecciosas foi realizado na Universidade Johns Hopkins.


Scott Burris<br />

Joanne Csete<br />

Mandeep Dhaliwal<br />

Sophie Dilmitis<br />

15<br />

Scott Burris é professor catedrático de Direito na Universidade Temple, onde dirige o Centro de Direito da Saúde, Políticas e Procedimentos, bem como o<br />

Programa de Pesquisa em Direito da Saúde Pública, da Fundação Robert Wood Johnson. Seu trabalho centra-se no modo como a legislação inuencia a<br />

saúde pública e quais as intervenções que poderão contribuir para a ecácia das leis e das práticas usadas para o seu cumprimento. É autor de mais de 100<br />

livros, capítulos, artigos e relatórios sobre temas que englobam a saúde urbana, o HIV/AIDS, a ética na pesquisa, a governação sobre saúde mundial e os<br />

efeitos do direito penal e da política de narcóticos sobre a saúde. O seu trabalho tem recebido o apoio de organizações que englobam o Instituto Sociedade<br />

Aberta, os Institutos Nacionais de Saúde, a Fundação Bill e Melinda Gates, o Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido e a CDC. O sr.<br />

Burris foi consultor de numerosas organizações internacionais e dos Estados Unidos, inclusivamente da Organização Mundial da Saúde, do UNODC e do UNDP.<br />

Tem sido pesquisador convidado da RegNet, da Universidade Australiana, bem como membro Fulbright da Faculdade de Direito da Universidade da Cidade<br />

do Cabo. O professor Burris tem graus acadêmicos da Universidade de Washington, em St. Louis, e da Faculdade de Direito da Universidade Yale.<br />

A sra. Joanne Csete é professora associada de População Clínica e Saúde Familiar, na Escola Mailman de Saúde Pública, da Universidade de<br />

Columbia, em Nova York. A sra. Csete centra sua pesquisa e ensino na saúde e direitos humanos, principalmente no impacto da criminalização e na<br />

subordinação centradas no gênero para acesso aos serviços de saúde para indivíduos que consomem droga, prossionais do sexo e outros indivíduos<br />

vulneráveis ao HIV. Na organização Human Rights Watch e na Rede Jurídica Canadense para o HIV/AIDS, ela documentou e envolveu-se na defesa<br />

dos direitos humanos de indivíduos abusados e marginalizados cuja saúde enfrentava graves riscos, em mais de vinte países. Durante mais de dez<br />

anos, trabalhou em África em programas de prevenção do HIV/AIDS e em outros programas e políticas alimentares e de saúde, inclusivamente em<br />

complexas situações de emergência. Possui os graus de doutorado da Universidade Cornell, o de mestrado em Saúde Pública da Universidade de<br />

Columbia e o de bacharel da Universidade de Princeton.<br />

A sra. Mandeep Dhaliwal integrou o Grupo HIV/AIDS, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP, sigla em inglês), em dezembro de<br />

2008, como chefe do grupo de Direitos Humanos, Gênero e Diversidade Sexual. Sendo médica e advogada, tem trabalhado recentemente como consultora<br />

independente em matéria de saúde, direitos humanos e HIV, tendo também desempenhado o cargo de assessora sênior do Programa para a AIDS, do<br />

Real Instituto Tropical Holandês. A sua experiência anterior engloba o trabalho para o Grupo de Políticas, Pesquisa e Boas Práticas, da Aliança Internacional<br />

para o HIV/AIDS, no Reino Unido. Enquanto trabalhou para esta organização, a função da sra. Mandeep foi crucial ao aumentar o apoio técnico da Aliança<br />

e o trabalho de elaboração de políticas sobre questões que envolviam assistência, tratamento e apoio a indivíduos soropositivos na Ásia, África, Europa<br />

de Leste e América Latina. Durante esse tempo em que trabalhou para a Aliança, liderou o desenvolvimento de uma iniciativa de pesquisa operacional<br />

na Zâmbia sobre o desenvolvimento comunitário para o tratamento anti-retroviral. A sra. Mandeep foi coordenadora e fundadora da Lawyers Collective<br />

HIV/AIDS Unit, na Índia, tendo instituído nesta organização a assistência jurídica, o reforço de capacidades, a pesquisa, a defesa de causas e o trabalho<br />

de alfabetização jurídica. A sra. Mandeep obteve os graus acadêmicos de Medicina e Direito no Canadá, possuindo ampla experiência no trabalho com<br />

indivíduos portadores do HIV e outros (p. ex.: prossionais do sexo, homens que têm relações sexuais com homens, indivíduos transgêneros e indivíduos<br />

que consomem droga), na Índia e em outros países em desenvolvimento na Ásia, África e Europa de Leste.<br />

Sophie Dilmitis é defensora dos direitos humanos e está fortemente dedicada aos direitos da mulher e dos jovens. Há 16 anos que a sra. Dilmitis é portadora<br />

do HIV e a sua experiência prossional engloba o trabalho com movimentos femininos e a AIDS. Tem vivido e trabalhado em países desenvolvidos e em<br />

desenvolvimento, possuindo um conhecimento excelente sobre as questões e os desaos inerentes ao HIV nos contextos de diversos países. A sra. Dilmitis<br />

tem trabalhado com jovens portadores do HIV sobre o estigma, a discriminação, a divulgação e a emancipação, oferecendo o reforço de capacidades<br />

para desenvolver os seus próprios programas de prevenção ecaz. Em 2003, a sra. Dilmitis criou uma coluna premiada no jornal semanal Sunday Mirror,<br />

em Harare, intitulada “Fator Positivo” e relacionada com o HIV. Em 2001, fundou a Choose Life Trust, em Zimbabué, uma organização voltada para o HIV<br />

nas comunidades e escolas. O seu trabalho, baseado nos direitos humanos e no “Maior Envolvimento dos Indivíduos com o HIV” (GIPA, sigla em inglês),<br />

alongou-se para além do Zimbabué. Desde 2006, a sra. Dilmitis tem trabalhado para a YWCA Mundial, em Genebra, como coordenadora HIV do Setor de<br />

Saúde Sexual e Reprodutiva e Direitos (SSRD). Ao nível global, a sra. Dilmitis tem defendido políticas e programas que funcionem para todas as mulheres<br />

nas comunidades. Também tem feito apresentações e escrito extensivamente sobre questões relacionadas às mulheres, à SSRD e ao HIV. Tem trabalhado<br />

em numerosos processos que envolvem políticas mundiais, foi mediadora em debates de alto nível e facilitou apresentações e treinamentos que visavam<br />

responder aos diferentes aspectos do desenvolvimento e dos direitos humanos para as mulheres e que envolviam o HIV.


Vivek Divan<br />

Richard Elliott<br />

Soa Gruskin<br />

16<br />

Vivek Divan, advogado de Bombaim, trabalha com o grupo do programa UNDP HIV/AIDS sobre Direitos Humanos, Gênero e Diversidade Sexual,<br />

em Nova York. Desde 2000 até 2007, foi coordenador da organização Lawyers Collective HIV/AIDS, na Índia. Seu trabalho envolvia a supervisão e a<br />

assistência jurídica, a defesa de causas, a pesquisa, o reforço de capacidades e a alfabetização jurídica da unidade. Durante esse tempo, fez parte do<br />

grupo que elaborou a legislação sobre o HIV/AIDS para a Índia, fez campanhas estratégicas e exerceu inuência em matéria de legislação e direitos<br />

humanos relacionados ao trabalho sexual e ao acesso ao tratamento. Esteve intimamente envolvido no litígio de interesse público relacionado ao<br />

Artigo 377 do Código Penal Indiano, a lei indiana anti-sodomia, incluindo a pesquisa jurídica, estratégia e extensa mobilização comunitária em<br />

redor do caso. O sr. Divan tem sido ativista franco sobre os direitos humanos relacionados ao HIV e ao grupo LGBT (sigla em inglês para: lésbicas,<br />

homossexuais, bissexuais e indivíduos transgêneros), na Índia. Em 2002, contribuiu com sua perícia para uma nova redação do artigo no. 6 das<br />

Diretrizes Internacionais sobre os Direitos Humanos e o HIV/AIDS. Em 2008 e 2009, foi consultor sênior para o HIV/AIDS, do Real Instituto Tropical,<br />

em Amesterdã, lecionando o curso de Saúde Pública. Desde 2000, o sr. Divan tem feito parte do Conselho Consultivo Internacional da Comissão<br />

Internacional para os Direitos Humanos dos Homossexuais e Lésbicas. Em 1994, obteve o seu grau acadêmico (BA LLB) na Escola Nacional de Direito<br />

da Universidade da Índia e, em 1995, obteve outro grau acadêmico (LLM) na Faculdade de Direito da Universidade Cornell.<br />

Richard Elliott é diretor executivo da Rede Jurídica Canadense HIV/AIDS. Antes de fazer parte desta organização há onze anos, foi litigante civil no<br />

desempenho de sua prossão por conta própria, tendo estado presente em diversos níveis dos tribunais canadenses, incluindo o Supremo Tribunal<br />

do Canadá. Desempenhou funções nos conselhos de diversas organizações sobre direitos humanos e o HIV. Desde 2001 até 2007, foi membro do<br />

Conselho Ministerial para o HIV/AIDS, um órgão formado por peritos e que estava incumbido de aconselhar o Ministro da Saúde federal do Canadá.<br />

O sr. Elliott foi consultor técnico do programa UNAIDS e da <strong>OMS</strong> para assuntos jurídicos relacionados ao HIV. Foi também relator e autor principal da<br />

consulta de peritos internacionais responsáveis pela produção e atualização das Diretrizes Internacionais sobre o HIV/AIDS e os Direitos Humanos,<br />

publicadas pelo UNAIDS e pelo Gabinete do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos. O sr. Elliott tem feito amplas apresentações em<br />

conferências internacionais e na Assembleia-Geral da ONU, tem testemunhado diante de numerosos comitês parlamentares sobre questões jurídicas<br />

relacionadas ao HIV e tem participado como autor em numerosos relatórios, documentos e artigos sobre diversas questões jurídicas e de direitos<br />

humanos relacionadas ao HIV/AIDS. O sr. Elliott é atualmente membro do programa “Community Leadership in Justice Fellowship”, da Fundação do<br />

Direito do Ontário, da Faculdade de Direito da Universidade de Toronto. Obteve um grau acadêmico em Economia e Filosoa na Universidade Queen’s,<br />

em Kingston, no Ontário, e dois graus acadêmicos (LLB e LLM) na Escola de Direito Osgoode Hall, da Universidade de York, em Toronto.<br />

Sofia Gruskin é diretora do Programa sobre Saúde Internacional e Direitos Humanos e professora adjunta do Departamento de Saúde e População<br />

Mundial, da Escola de Saúde Pública de Harvard. O seu trabalho realça as implicações conceptuais, metodológicas, políticas e práticas em conectar<br />

a saúde aos direitos humanos, com atenção especial para o HIV/AIDS, as mulheres, as crianças, o gênero, a sexualidade e as populações vulneráveis.<br />

Possui ampla experiência em pesquisa, treinamento e trabalho com organizações não governamentais, governamentais e intergovernamentais<br />

interessadas nos setores da saúde e dos direitos humanos em todo o mundo. A professora Gruskin é investigadora principal de diversos projetos<br />

patrocinados pelo UNAIDS, pela <strong>OMS</strong> e pela UNFPA que visam reforçar a agenda de políticas e de pesquisa em matéria de saúde e direitos humanos<br />

– principalmente nas áreas do HIV/AIDS, da saúde sexual e reprodutiva, da saúde infantil e dos adolescentes e da violência baseada no gênero.<br />

Ao nível programático, as iniciativas atuais englobam o esclarecimento sobre o valor dos direitos humanos para que a saúde pública funcione de<br />

um modo mais ecaz, através da criação e dos testes efetuados aos modelos e às ferramentas em diversos países, documentando também os<br />

efeitos dos ambientes jurídicos e das políticas sobre os indivíduos soropositivos e outras populações. A professora Gruskin faz parte de numerosos<br />

conselhos e comitês, nacionais e internacionais. Na Escola de Saúde Pública de Harvard, é presidente do Grupo de Saúde Reprodutiva e Direitos, do<br />

Centro de Harvard de Estudos sobre a População e o Desenvolvimento, sendo também co-diretora da Concentração Interdisciplinar nas Mulheres,<br />

no Gênero e na Saúde. A sra. Gruskin obteve os graus acadêmicos de JD e mestrado em Assuntos Internacionais.


Adila Hassim<br />

Wendy Isaack<br />

Rick Lines<br />

17<br />

A sra. Adila Hassim é membro em exercício da Ordem de Advogados de Joanesburgo. Em 2004, a sra. Hassim aderiu ao Projeto AIDS Law, tendo<br />

liderado os serviços jurídicos e de gerência de litígios desde 2006. Foi assistente jurídica do Juiz-Presidente Adjunto, Pius Langa, bem como do Juiz<br />

Interino Edwin Cameron, tendo continuado com entusiasmo a defender os direitos constitucionais e socioeconômicos, em particular. A sra. Hassim<br />

possui um grau acadêmico (BA LLB) da ex-Universidade de Natal, em Durban. Em 1998, recebeu uma bolsa de estudos do programa Franklin<br />

Thomas Fellowship, que lhe possibilitou completar com distinção o grau acadêmico de LLM na Universidade de St. Louis, em 1999. Em 2000, obteve<br />

outra bolsa de estudos do programa Rev Lewers – Bradlow Foundation Fellowship, que lhe permitiu obter em 2006 o grau de doutorado, com<br />

menção honrada, da Universidade de Notre Dame. Sua dissertação intitulava-se “A proteção dos direitos sociais na África do Sul: Da teoria à prática”.<br />

A sra. Wendy Isaack é ativista de direitos humanos e advogada da África do Sul. Desde 2000 até 2005, a sra. Isaack trabalhou como consultora jurídica<br />

do Projeto para a Igualdade de Lésbicas e Homossexuais. Até dezembro de 2009, esteve empregada como candidata a advogada pelo Centro de Recursos<br />

Jurídicos, o maior centro jurídico de interesse público da África do Sul. Atualmente, trabalha como gerente do Programa de Serviços Jurídicos e Defesa de<br />

Causas para Indivíduos que se Opõem aos Atos de Abuso Contra as Mulheres, uma organização de direitos femininos sediada em Joanesburgo. O seu trabalho<br />

está centrado nos direitos da mulher, especicamente na violência contra a mulher e nos direitos das lésbicas, homossexuais, bissexuais e dos indivíduos<br />

transgêneros. Ao longo dos anos em que tem desempenhado o seu trabalho prossional e como ativista feminina, tem desenvolvido e implementado<br />

estratégias de defesa jurídica dos direitos da mulher em diversas frentes ao nível nacional, regional e internacional. A sra. Isaack está muito envolvida nos<br />

processos de reforma da legislação e das políticas, incluindo comunicações orais e escritas apresentadas ao parlamento sobre a legislação que incide sobre a<br />

violência contra a mulher, nas minorias sexuais e outros grupos vulneráveis e marginalizados. A sra. Wendy Isaack tem participado ativamente no trabalho<br />

de defesa dos direitos humanos da Comissão Africana para os Direitos Humanos e das Populações, do Conselho dos Direitos Humanos e da Comissão das<br />

Nações Unidas para a Condição da Mulher. A sra. Isaack possui um grau acadêmico (B. Proc) da Universidade de Durban-Westville (1995-2000) e outro grau<br />

acadêmico (LLM) em Direito Internacional em Matéria de Direitos Humanos, da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte (2005-2007).<br />

O sr. Rick Lines é diretor adjunto da Associação Internacional para a Redução de Danos, em Londres. Cidadão canadense, desde o início da última<br />

década de 90 que o sr. Lines tem centrado seu trabalho no HIV/AIDS, nos direitos humanos e na pesquisa de políticas em matéria de droga e defesa<br />

de causas. O sr. Lines tem-se destacado pelo seu trabalho sobre os direitos dos prisioneiros, na redução de danos e na pena de morte para indivíduos<br />

acusados de delitos relacionados com a droga, tendo publicado com regularidade os seus trabalhos e discursado internacionalmente sobre esses e<br />

outros temas. O sr. Lines tem desempenhado cargos sêniores em organizações não governamentais no Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo sido<br />

consultor de apoio técnico para diversas agências da ONU em relação ao HIV nas prisões. O sr. Lines também é participante essencial do Grupo de<br />

Referência das Nações Unidas em matéria de HIV/AIDS e Consumo de Drogas Injetáveis. Em 2009, foi co-fundador do Centro Internacional sobre<br />

Políticas em Matéria de Droga e Direitos Humanos. O sr. Lines possui os graus acadêmicos de mestrado em Sociologia e em Direito Internacional em<br />

Matéria de Direitos Humanos, sendo atualmente candidato ao grau de doutorado (PhD) em Direito pelo Centro Irlandês para os Direitos Humanos.


Kevin Moody<br />

Vitit Muntarbhorn<br />

Cheryl Overs<br />

18<br />

O sr. Kevin Moody é coordenador internacional e diretor executivo da Rede Mundial de Indivíduos com o HIV (GNP+, sigla em inglês). Desde<br />

que o sr. Moody começou a fazer parte desta organização em 2006, ela tem desenvolvido ferramentas em matéria de defesa e recolha de provas<br />

impulsionadas por indivíduos soropositivos e com base nas suas carências. Sob a liderança do sr. Moody, a organização GNP+ tornou-se uma rede<br />

sólida, ecaz e responsável que representa indivíduos soropositivos de todo o mundo, com suas raízes rmemente axadas em redes ao nível<br />

nacional. Antes de estar envolvido na organização GNP+, o sr. Moody trabalhou como assistente técnico para a <strong>OMS</strong>, desde 2003 até 2006, onde se<br />

centrou na preparação dos tratamentos para o HIV, bem como na competência e certicação dos trabalhadores do setor da saúde. Desde 2000 até<br />

2002, trabalhou na Campanha de Acesso aos Medicamentos Essenciais, da organização Médicos Sem Fronteiras, auxiliando as equipas nacionais<br />

a implementar programas de tratamento acessíveis para o HIV, tuberculose, malária e outras doenças tropicais frequentemente ignoradas, como<br />

a leishmaniose. O sr. Moody iniciou a sua carreira no Canadá como farmacêutico em farmácias comunitárias e hospitalares. Desde 1991 até 1998,<br />

ensinou Administração de Farmácias e dirigiu o Programa de Farmácia de Educação Permanente, na Universidade da Colúmbia Britânica, em<br />

Vancouver. Em 1986, o sr. Moody obteve o grau acadêmico de bacharel em Farmácia (BScPhm), em 1991 obteve o mestrado em Administração<br />

Empresarial (MBA) e, em 2000, obteve o grau de doutorado em Educação (EdD).<br />

O sr. Vitit Muntarbhorn trabalha há mais de 30 anos para a Faculdade de Direito, da Universidade Chulalongkorn, em Banguecoque. Foi também<br />

conferencista e formador em muitos programas de direitos humanos na Tailândia e em outros países. Desde 1990 até 1994 foi relator especial das<br />

Nações Unidas sobre a venda de crianças, prostituição infantil e pornograa infantil e, desde 2005, também tem sido relator especial da situação<br />

dos direitos humanos na República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte). O seu trabalho visa principalmente questões de direitos<br />

humanos, incluindo os direitos das minorias sexuais. Foi convidado como orador, apresentador e participante em muitos seminários sobre tais<br />

matérias. Em 2004, a UNESCO atribuiu-lhe o Prêmio de Formação em Direitos Humanos. Obteve os graus acadêmicos de bacharel e mestrado em<br />

Direito, na Universidade de Oxford.<br />

A sra. Cheryl Overs começou por defender a reforma da lei sobre o trabalho sexual em Melbourne, no início da última década de 80. Foi cofundadora<br />

de organizações locais e nacionais de defesa dos prossionais do sexo, a Prostitutes Collectives of Australia, tendo dirigido com sucesso<br />

uma campanha que visava a reforma da lei e aberto o caminho para os serviços de redução de danos com base nos direitos, no início da pandemia<br />

do HIV. Na Europa, desde 1989, a sra. Overs tem centrado o seu trabalho na criação de redes de contato entre grupos de prossionais do sexo<br />

ao nível internacional. Tem também inuenciado as políticas internacionais sobre o trabalho dos prossionais do sexo e o HIV, através da Rede<br />

de Prossionais do Sexo da Região Ásia-Pacíco e da Rede Mundial de Projetos Relativos ao Trabalho dos Prossionais do Sexo (NSWP, sigla em<br />

inglês), fundada com o ativista brasileiro Paulo Henrique Longo. Desde 2000, a sra. Overs tem trabalhado para organizações internacionais não<br />

governamentais, bem como para redes de prossionais do sexo, agências da ONU e organizações de direitos humanos providenciando assistência<br />

técnica aos programas de HIV para os prossionais do sexo do gênero masculino, feminino e indivíduos transgêneros em diversos países da África,<br />

Ásia e América Latina. Desde 2009, a sra. Overs tem trabalhado como pesquisadora universitária sênior no Centro Michael Kirby para a Saúde<br />

Pública e Direitos Humanos, da Universidade Monash, centrando-se na criação de conhecimentos sobre o impacto das condições econômicas e<br />

legais sobre a saúde dos prossionais do sexo, bem como nos direitos humanos, visando obter melhores intervenções e políticas. A sra. Overs<br />

trabalha também na Iniciativa de Pesquisa Paulo Longo, um grupo de acadêmicos e de prossionais do sexo que efetua pesquisa e análise de<br />

políticas associadas com a NSWP. A sra. Overs é atualmente co-presidente do Grupo de Trabalho Aldeia Global, da Conferência Internacional da<br />

AIDS 2010. Publicou diversos artigos, relatórios e capítulos de livros baseados nas suas experiências pessoais no setor. Nasceu na Austrália, viveu<br />

em Melbourne onde trabalhou na indústria do sexo e estudou Estudos Jurídicos na Universidade Latrobe.


Purna Sen<br />

Susan Timberlake<br />

Matthew Weait<br />

A sra. Purna Sen, antes de integrar o Secretariado da Comunidade de Nações (Commonwealth), trabalhou para a organização Anistia<br />

Internacional como diretora do Programa da Região Ásia-Pacíco. Anteriormente, ensinou Gênero e Desenvolvimento no Instituto de Estudos para<br />

o Desenvolvimento (DESTIN, sigla em inglês), da Escola de Economia de Londres (LSE, sigla em inglês). Desde o início da última década de 90, o seu<br />

trabalho tem englobado pesquisa, publicações e ativismo sobre a violência contra a mulher, cultura e direitos humanos, particularmente em relação<br />

à violência sexual, tráco, organização da sociedade civil contra a violência, bem como questões sobre o desenvolvimento social e igualdade racial<br />

no Reino Unido. Trabalhou em diversos países, incluindo a Índia, Jordânia, Marrocos, Indonésia e região nórdica. Possui especialização na região<br />

da Ásia-Pacíco, tendo estado envolvida principalmente em áreas de conito como o Sri Lanka e o Nepal. Tem também trabalhado em direitos<br />

humanos na Malásia, Indonésia, Papua Nova Guiné, Coreia do Sul e muitos países da região. Foi consultora de muitas organizações, incluindo o<br />

Artigo 19 e o Conselho Britânico. A sra. Sen obteve uma bolsa para professores sêniores convidados no DESTIN.<br />

A sra. Susan Timberlake foi membro do pessoal do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, sigla em inglês), durante<br />

19 anos, onde desempenhou as funções de Representante para a Proteção, na Tailândia, a de Representante Jurídica, nos Estados Unidos, a de<br />

Consultora Jurídica Sênior, para a região da Ásia e do Pacíco, e a de assistente executiva do Alto Comissariado Adjunto para os Refugiados. Mais<br />

tarde, desempenhou o cargo de conselheira para os direitos humanos do Programa Mundial da <strong>OMS</strong> para a AIDS (1994-1996) e o de conselheira<br />

sênior para os direitos humanos e políticas do programa UNAIDS (1996-2000). Desde 2000 até 2004, trabalhou como consultora independente<br />

dos programas UNAIDS, WHO, UNFPA, UNIFEM e outros. Em novembro de 2004, Susan integrou-se de novo no programa UNAIDS como conselheira<br />

sênior de direitos humanos e legislação. A sra. Timberlake e a sua equipa trabalham com os governos, a sociedade civil e as instituições multilaterais<br />

a m de promover uma abordagem baseada nos direitos humanos e um ambiente de proteção jurídica em relação à epidemia do HIV. Em 1972, a<br />

sra. Timberlake obteve o grau acadêmico de bacharel em Antropologia, na Universidade Stanford. Em 1982, obteve um grau acadêmico com honras,<br />

na Faculdade de Direito da Universidade de Georgia e, em 1984, obteve outro grau acadêmico (LLM) em Direito Internacional, na Universidade de<br />

Cambridge, na Inglaterra.<br />

O sr. Matthew Weait é leitor de Estudos Sócio-Jurídicos e vice-reitor da Faculdade de Direito, do Colégio Birkbeck, da Universidade de Londres.<br />

Desempenhou cargos acadêmicos na Universidade de Oxford (1986-1992), no Birkbeck College (1992-1999), na Universidade Aberta (2000-<br />

2004) e na Universidade de Keele (2004-2007). O sr. Weait foi professor convidado na Faculdade de Direito Cardozo, na Fundação Americana de<br />

Advogados e no Centro de Estudos Jurídicos Femininos da Universidade da Colúmbia Britânica. Em 2002-2003, foi agente de pesquisa parlamentar<br />

da Odysseus Trust, onde apoiou o trabalho de Lord Lester, de Herne Hill QC, no Comitê Conjunto para os Direitos Humanos. O sr. Weait estudou Direito<br />

e Criminologia na Universidade de Cambridge e completou sua pesquisa para doutorado no Centro de Estudos Sócio-Jurídicos, da Universidade de<br />

Oxford. A pesquisa do sr. Weait centra-se no impacto da legislação sobre os indivíduos com o HIV e a AIDS, com destaque especial para os direitos<br />

humanos e a criação jurídica de responsabilidade, bem como a relação entre o direito e a saúde pública. Sua monograa intitulada Intimacy and<br />

Responsibility: the Criminalisation of HIV Transmission foi publicada pela Routledge em 2007. Tem sido membro do Grupo Consultivo de Peritos<br />

sobre a AIDS (Departamento de Saúde) e tem trabalhado a título consultivo para diversas organizações internacionais, incluindo a <strong>OMS</strong>, a HIV na<br />

Europa e o programa UNAIDS.<br />

Para obter mais informações, contate: info@hivlawcommission.org<br />

ou visite: www.hivlawcommission.org e http://www.undp.org/hiv/comissionhivandthelaw/<br />

Secretariado, Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

UNDP, HIV/AIDS Practice, Bureau for Development Policy, 304 East 45th Street, New York, NY 10017<br />

Tel: (212) 906 5132 Fax: (212) 906 5023


Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

Para obter mais informações, contate: info@hivlawcommission.org<br />

ou visite: www.hivlawcommission.org e http://www.undp.org/hiv/comissionhivandthelaw/<br />

Secretariado, Comissão Mundial para o HIV e o Direito<br />

UNDP, HIV/AIDS Practice, Bureau for Development Policy, 304 East 45th Street, New York, NY 10017<br />

Tel: (212) 906 5132 Fax: (212) 906 5023

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