Roteiro - Teatro Oficina

( Autônoe tem uma vaquinha pequena nos braços luvas, com os cornos
ligados por velcro, que ela rasga em duas partes e lança no espaço)
Outras estraçalham bezerrinhas a passarinho!
( As Bacas e Satyros estraçalham o Boisinho Mamão e comem sua
fruta)
Touros, touros enfurecidos, ameaçando com chifres, caíam por terra,
arrastados por um enxame de mãos menininhas.
(entra um Touro de Boi Bumbá com uma fantasia de veludo e
prateados ,mas divido em partes presas por velcro como as partes q os
açougueiros dividem do Boi.A Bacante Estraçalhadora ,passa a
fantasia do Boi para alguem q a inspire no Publico)
ESTRAÇALHAMENTO
CORO
(cantando)
ele não sabe que seu dia é hoje!
ele não sabe que seu dia é hoje!
ele não sabe que seu dia é hoje!
ele não sabe que seu dia é hoje!
Ê boi, ê boi, ê boi, ê bumbo!
( As Bacantes e Satyros estraçalham o Touro do Público)
MENSAGEIRO BOIADEIRO
No tempo dum abrir e fechar do olho,
pro seu Pentheu pensar no seu papel na República,
elas já tinham comido toda a carne dele!
Pra onde o senhor olhasse havia costelas,
pés em forquilha jogados pra cima e pra baixo, pendurados nos ramos,
sangue nas folhas, estranhos frutos!
Depois elas partem, como um bando de passarinho, voando juntas pelos
rasos da caatinga, até as cachoeiras de Santa Maria da Boa Vista, lá
onde brilham os vinhais de Tebas.
Aí, no limite do Cyterrão, dessa terra ignota,
desse sagrado planalto, elas, pombas brancas, saqueiam as taipas de
Uáuá e Elytréia.
( As Bacas e Satyros estão nPonto limite dos Muros do Lugar como o
Beco sem Saida do Oficina.)
Viram tudo! Arrancam as criancinhas das casas, levam com elas!
Nada que carregam no ombros vai amarrado,
mesmo assim, não cai nada no chão preto:
nem ferro, nem aço, nem lata!
Seus cabelos pegam fogo, mas não se queimam!