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EXERCÍCIOS PARA RECUPERAÇÃO – REDAÇÃO – Professora ...

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<strong>EXERCÍCIOS</strong> <strong>PARA</strong> <strong>RECUPERAÇÃO</strong> <strong>–</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> <strong>–</strong> <strong>Professora</strong> Stela Garcia<br />

(Questões fechadas)<br />

1. "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado.<br />

Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e<br />

suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de<br />

folha."<br />

O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que<br />

não há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é<br />

chamado:<br />

a) discurso indireto livre<br />

b) discurso indireto<br />

c) discurso explícito<br />

d) discurso direto<br />

2. Marque a alternativa em que o discurso assinalado não corresponda ao trecho ao qual<br />

se refere.<br />

a) " - Perder a eternidade? Nunca." <strong>–</strong> discurso direto<br />

b) "Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife<br />

falava-se pouco deles." <strong>–</strong> ausência de discurso<br />

c) "— E agora que é que eu faço? — Perguntei para não errar no ritual que certamente<br />

deveria haver." <strong>–</strong> discurso direto<br />

d) "Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade." <strong>–</strong> discurso indireto<br />

3. “Fui aos alforjes, tirei um colete velho, em cujo bolso trazia as cinco moedas de ouro, e<br />

durante esse tempo cogitei se não era excessiva a gratificação, se não bastavam duas<br />

moedas.”<br />

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)<br />

Marque a opção que transpõe para o discurso direto o trecho que, no texto acima,<br />

aparece em discurso indireto.<br />

a) —A gratificação é excessiva! Não bastariam duas moedas?<br />

b) —Se duas moedas são bastantes, a gratificação é excessiva.


c) —Bastam duas moedas; portanto a gratificação é excessiva.<br />

d) —Não é excessiva a gratificação? Não bastam duas moedas?<br />

4. Discurso, em narração, define-se como fala das personagens. No entanto, há um<br />

discurso que marca a onisciência do narrador e caracteriza mais o fluxo interior da<br />

personagem. Ele está presente na seguinte alternativa:<br />

a) "Quem deu a idéia de trazer prima Biela para a cidade foi Constança. Deixa, Conrado,<br />

traz ela pra cá, disse."<br />

b) "Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario<br />

abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta."<br />

c) "A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que<br />

eu mande algum dinheiro a mestre Caetano..."<br />

d) "Luísa vestia-se para ir à casa de Leopoldina. Se Jorge soubesse, não havia de gostar,<br />

não! Mas estava tão farta de estar só! Aborrecia-se tanto!"<br />

5. As frases:<br />

"...não estava fazendo barulho, estava só empurrando a cadeira"<br />

E<br />

"...onde diabo meteram a chave da despensa?"<br />

Correspondem, respectivamente a:<br />

a) discurso direto e discurso indireto.<br />

b) discurso indireto e discurso direto.<br />

c) discurso direto e discurso direto.<br />

d) discurso indireto e discurso indireto.<br />

6. "A fúria de Alexandre chegara ao auge, e ele disse que arrombaria a porta, que jamais o<br />

prenderiam ali."<br />

(A ARMADILHA, Murilo Rubião.)<br />

Assinalar a alternativa que indica a melhor transformação do discurso indireto do texto em<br />

discurso direto:<br />

a) - Arrombarei a porta, jamais me prenderão aqui.<br />

b) - Arrombaria a porta, jamais me prenderiam aqui.<br />

c) - Arrombarei a porta se me prenderem aqui.<br />

d) - Arrombaria a porta se me prendessem ali.<br />

7. Leia com atenção o seguinte trecho para responder à questão 3.<br />

O TIO AQUÁTICO


Então, os peixes jovens, já não era mais possível segurá-los; agitavam as<br />

nadadeiras nas margens lodosas para ver se funcionavam como patas, como haviam<br />

conseguido fazer os mais dotados. Mas precisamente naqueles tempos se acentuavam as<br />

diferenças entre nós (...)<br />

(Italo Calvino. As cosmicômicas. São Paulo, Companhia das Letras, 1994.)<br />

As palavras sublinhadas indicam, respectivamente:<br />

a. ( ) finalidade, oposição, comparação, conformidade.<br />

b. ( ) oposição, finalidade, conformidade, oposição.<br />

c. ( ) conformidade, finalidade, oposição, comparação.<br />

d. ( ) finalidade, comparação, conformidade, oposição.<br />

8. Leia o texto a seguir.<br />

A caricatura não tem por objeto principal fazer rir. Isto é tão certo que há caricaturas<br />

lúgubres. Porque encontra o riso em seu caminho, a caricatura afinal não tem nada duma<br />

arte do riso, como têm avançado muitos autores, e assim a considera o preconceito<br />

corrente. (...)<br />

“ Porque encontra o riso em seu caminho, a caricatura afinal não tem nada duma<br />

arte do riso (...)”<br />

Nesse trecho, percebemos que o conectivo porque está sendo empregado com um<br />

significado diferente do usual.<br />

A substituição do conectivo que preserva o sentido original do trecho é:<br />

a. ( ) Se encontrar o riso em seu caminho...<br />

b. ( ) Ainda que encontre o riso em seu caminho...<br />

c. ( ) Já tenho encontrado o riso em seu caminho...<br />

d. ( ) Em virtude de encontrar o riso em seu caminho...<br />

9. Indique a alternativa que substitui os por conectivos adequados.<br />

ARTITAS SAEM DO PALCO E VIRAM DOUTORES NA ARTE DE FAZER RIR<br />

Pessoas bem-humoradas podem se prevenir de uma simples dor de cabeça até de<br />

um infarto. e a doença já debilitou o paciente? Os grupos que atuam levando um<br />

pouco de alegria para vários hospitais da Capital médicos e pacientes sabem que rir<br />

também é um santo remédio. (...)<br />

Criado em 1997, o Doutores do Riso começou um trabalho voluntário em alguns<br />

hospitais da cidade. Cinco anos depois, eles se profissionalizaram.<br />

Diário de S. Paulo, 7/7/2002.<br />

a. ( ) ou <strong>–</strong> se <strong>–</strong> para que <strong>–</strong> por<br />

b. ( ) ou <strong>–</strong> se <strong>–</strong> a fim de que <strong>–</strong> para


c. ( ) no entanto <strong>–</strong> caso <strong>–</strong> assim como <strong>–</strong> quando<br />

d. ( ) mas <strong>–</strong> quando <strong>–</strong> assim como <strong>–</strong> como<br />

10. Leia o texto abaixo e responda a questão proposta.<br />

História estranha<br />

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está<br />

com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco<br />

onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria<br />

cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola<br />

no parque quando de repente aproximou-se um homem e…<br />

O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus<br />

olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior<br />

ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma<br />

coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando,<br />

chorando, sem olhar para trás.<br />

O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando,<br />

aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!<br />

(Luis Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)<br />

O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem:<br />

a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.<br />

b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança<br />

daquela cena.<br />

c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de<br />

idade.<br />

d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si<br />

mesmo, longamente.<br />

(Questões abertas)<br />

1. Nos textos narrativos ficcionais, o narrador pode se valer de três tipos de discurso para<br />

registrar as falas das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o indireto livre,<br />

que é uma fusão dos dois outros tipos.<br />

Leia estes dois trechos do conto “Ao apagar das luzes”, de Lya Luft.


Agora responda:<br />

2. No primeiro trecho, nota-se a presença de mais de um discurso: o do narrador e o das<br />

personagens. As falas das personagens são reproduzidas fielmente. Que tipo de discurso<br />

foi empregado na fala das personagens?<br />

3. Passe para o discurso indireto a frase, do primeiro trecho, “Cada vez mais jovem,<br />

mãe!”, fazendo as adaptações necessárias.<br />

4. No segundo trecho, também se nota a presença de mais de um discurso: o do narrador<br />

e o das personagens. IDENTIFIQUE nesse trecho a frase do narrador.<br />

5. No segundo trecho, IDENTIFIQUE as frases que podem ser atribuídas aos pais e as que<br />

podem ser atribuídas aos filhos.<br />

6. Leia o texto a seguir para responder as questões 7 a 10.<br />

De repente, aquela garota ficou com uns quilinhos a mais e, por isso, se nega a sair com os<br />

amigos enquanto não emagrecer. Já um desses amigos, que é apaixonado por ela, sente-se cada<br />

vez mais feio e isolado porque o rosto se encheu de espinhas e o nariz não para de crescer.<br />

Cada um em seu canto, os dois têm um sonho em comum: ser o que não são.<br />

Ela gostaria de ser a Gisele Bündchen, e ele, o Rodrigo Santoro. Como seria se eles fossem<br />

eles mesmos?<br />

Socorro, sou fofo<br />

O autor, numa crise de auto-estima (e de autocrítica) — quem não passa por isso?<br />

Tá bom, eu admito. Não adianta negar, fingir é inútil, de nada vale lutar contra os fatos. Uma<br />

hora na vida a gente tem que assumir, se contentar com o que tem, olhar diante do espelho e<br />

aceitar o que ele nos devolve: sou fofo mesmo, e daí?<br />

Se pudesse escolher, eu não seria. Queria ser um cara irresistível, musculoso, alto, desses<br />

que fazem as mulheres suspirarem quando passam e cochicharem, vermelhinhas: “Nossa, que<br />

homem!” Eu as esnobaria, as trataria mal. E elas sempre voltariam aos meus braços, claro.<br />

Infelizmente, a natureza não me deu os traços, os bíceps, a altura, a voz e outros requisitos<br />

necessários para me candidatar a um cargo de Rodrigo Santoro, de Du Moscovis ou Clint<br />

Eastwood na juventude. (Sim, meninas, aquele “tiozinho” de A Menina de Ouro foi um dos maiores<br />

galãs de faroeste.) Não bastassem as deficiências genéticas, uma boa educação acabou de vez<br />

com a possibilidade de uma personalidade canalha, uma postura cafajeste ou, no mínimo, uma<br />

arrogância esnobe.<br />

Assim sendo, tive desde cedo que apelar para técnicas mais complexas de persuasão,<br />

como a gentileza, o bom papo, as piadas e outras compensações. E não tardou, tendo trilhado com<br />

esforço esse caminho, para começar a ouvir os primeiros: “Ai, você é muito fofo!”


No começo eu chiava. Reclamava, soltava uns palavrões, dava uma ou duas cusparadas no<br />

chão, fechava a cara. Digamos que, diante da possibilidade de ser visto como ursinho de pelúcia,<br />

eu afastava quaisquer equívocos apertando a opção “Conan, o Bárbaro” do meu batcinto. Nesses<br />

momentos, eu preferia ser visto como um tijolo, uma alface ou uma lista telefônica a ser visto como<br />

um (argh!) fofo.<br />

Aos poucos, no entanto, fui vendo que ser fofo não era o fim do caminho. Não seria<br />

necessário entrar numa clínica de recuperação (FA, Fofos Anônimos) ou numa academia de<br />

ginástica. Havia mulheres que valorizavam um bom “fofo”. Havia até aquelas que, pasmem!,<br />

queriam namorar um “fofo”. Já faz alguns anos que estou “trabalhando” esse meu lado,<br />

aprendendo a ser fofo e não ter vergonha disso. Hoje, como vocês estão vendo, posso falar em<br />

público sobre isso, sem ficar vermelho. Não se iludam, se pudesse escolher, nascia de novo com<br />

1,85 m, jaqueta de couro, barba por fazer, bronzeado e com voz de dublador de protagonista em<br />

filme de ação. Mas a opção, infelizmente, não existe. O que me resta é não só aceitar a (ai, que<br />

horror) “fofura” em mim supostamente contida, como, mais ainda, tentar acentuá-la. Como neste<br />

texto aqui, em que exponho minhas fraquezas, frustrações e angústias a todas vocês. Modéstia e<br />

orgulho à parte, não é uma atitude fofa?<br />

(Antônio Prata. Capricho, nº 966.)<br />

7. O título e o subtítulo do texto fazem referência a uma “crise de auto-estima (e de<br />

autocrítica)” do autor. Escreva um pequeno parágrafo JUSTIFICANDO por que autor<br />

estava com a auto-estima baixa e em que consiste a autocrítica que ele faz no texto?<br />

8. Releia do 5ª parágrafo, o trecho “eu afastava quaisquer equívocos apertando a opção<br />

‘Conan, o Bárbaro’ do meu batcinto”. Para entender os termos destacados, o leitor<br />

deverá lançar mão de um recurso chamado intertextualidade. Escreva um pequeno<br />

parágrafo explicando o sentido desses termos no texto.<br />

9. No último parágrafo, o autor diz estar “trabalhando” o seu lado “fofo” há anos. Por isso,<br />

não só aceita sua fofura, mas também a acentua ainda mais. Desse modo, pode-se afirmar<br />

que para o autor, escrever o texto Socorro, sou fofo é uma forma de acentuar seu lado<br />

“fofo” e até de aceita-la. Escreva um pequeno texto, justificando essa afirmativa.<br />

10. No trecho “Sim, meninas, aquele ‘tiozinho’ de A Menina de Ouro foi um dos maiores<br />

galãs de faroeste”, o autor emprega uma palavra que é comum na gíria dos jovens de hoje.<br />

a) Qual é essa palavra?<br />

b) Pode-se afirmar que esse termo está adequado em relação a linguagem utilizada no<br />

texto ou o autor cometeu um erro em relação à norma culta padrão? Justifique sua<br />

resposta.<br />

c) Que outra palavra da variedade padrão poderia substituí-la?

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