condições de trabalho docente: um olhar na perspectiva
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O/a professor/a está doente? Excesso <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>, indiscipli<strong>na</strong> em<br />
sala <strong>de</strong> aula, salário baixo, pressão do sistema educacio<strong>na</strong>l, formação<br />
inicial <strong>de</strong>ficiente, formação continuada ineficiente, violência, <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><br />
pais <strong>de</strong> alunos, bombar<strong>de</strong>io <strong>de</strong> informações, <strong>de</strong>sgaste físico e,<br />
principalmente, a falta <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> seriam<br />
alg<strong>um</strong>as causas do estresse, da ansieda<strong>de</strong> e da <strong>de</strong>pressão que vêm<br />
acometendo os professores.<br />
A análise realizada nessa pesquisa tem me instigado, tanto <strong>na</strong><br />
posição <strong>de</strong> trabalhadora da educação como <strong>na</strong> <strong>de</strong> pesquisadora do PDE<br />
(Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento Educacio<strong>na</strong>l), pelas observações<br />
realizadas no dia-a-dia <strong>na</strong> escola, ou seja, que há <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> tensões<br />
e angústias produzindo alg<strong>um</strong>as situações i<strong>na</strong>ceitáveis.<br />
No <strong>trabalho</strong> e <strong>na</strong> vida existem as forças <strong>de</strong> produção que nos<br />
impactam. São forças <strong>de</strong> geração, <strong>de</strong> criação, mas que estão em<br />
constante movimento e interação. São forças que não se <strong>de</strong>ixam capturar<br />
por completo pelas normas, regras e processos, instituídos <strong>de</strong> reprodução.<br />
Há sempre brecha por on<strong>de</strong> a luz da vida po<strong>de</strong> passar, até que alguém as<br />
note. Impõe-se em meio à homogeneização a que estamos submetidos.<br />
São as fissuras que teimam e que abrem passagem para a frágil<br />
educação.<br />
Na produção <strong>de</strong> conhecimentos temos o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> buscar<br />
alter<strong>na</strong>tivas para a equação que se forma no encontro <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s,<br />
interesses e <strong>de</strong>sejos – <strong>de</strong> alunos e trabalhadores em educação.<br />
Acreditamos <strong>na</strong> existência <strong>de</strong> dispositivos que possam dar maior dinâmica<br />
a essa produção.<br />
Assim, essa pesquisa do PDE me abriu a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
experenciar <strong>um</strong> novo “<strong>olhar</strong>” sobre o professor, <strong>na</strong> <strong>perspectiva</strong> do<br />
acolhimento, do direito a saú<strong>de</strong> e do respeito ao seu <strong>trabalho</strong>.<br />
Proporcionou-me encontros, reencontros, com pessoas, serviços <strong>na</strong> escola<br />
e <strong>de</strong> formação, referenciais teóricos, produções coletivas, os quais,<br />
através <strong>de</strong> diferentes aspectos, fizeram o papel da cor, do sabor, da luz,<br />
do brilho...e me puseram <strong>de</strong> novo neste caminho <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong><br />
busca da alegria no <strong>trabalho</strong>.