O princípio moral-didatizante no romance oitocentista

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impasses e possibilidades de solução que o romance encontrou na série literária brasileira, é, em outros termos, propor o estudo de como a produção bem realizada, no caso do século XIX, a de Machado de Assis, aproveita a experiência de certa tradição da literatura brasileira para a sua própria escrita. Traçar, pesado bem o termo, a evolução do romance oitocentista do primeiro tempo, é pensar em Machado de Assis como a linha de chegada desta ficção. Últimas considerações sobre o estudo a ser empreendido De um lado um temário nacional, que garantia a identidade do país recém independente; de outro um sistema de valores, uma forma literária e uma maneira de ler a realidade local por vezes incompatível com a cor local – eis o nó que o princípio moral-didatizante teve de desatar: construir uma nação e uma identidade nacional, sem esquecer de uma norma alienígena, mas necessária para a manutenção de nossa auto-estima de país periférico. Para os estudos literários, esta constatação é crucial, porque ela pode servir de índice para balizar um juízo estético. Quer dizer, com base na contextualização esquemática aqui exposta podemos perceber certos pontos de inflexão, que são históricos, sociais e ideológicos, decisivos para a existência de um discurso esteticamente válido. Como isso se materializa nas obras ou como fica este julgamento, só será possível dizer com o andamento da pesquisa.
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