23.04.2013 Views

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Segundo Castilho (2002, p.65), o ser humano apresenta uma relação<br />

problemática com seu próprio corpo e imagem. Isto é, os indivíduos tendem a<br />

perceber suas dimensões corporais, em diferentes fases de suas vi<strong>da</strong>s.<br />

Corroborando com esta visão, Kandell et al. (2000) colocam que a influência <strong>da</strong><br />

imagem corporal na vi<strong>da</strong> psíquica do indivíduo tem sido estu<strong>da</strong><strong>da</strong> sob várias<br />

perspectivas teóricas na área <strong>da</strong> Psicologia. A percepção contribui na formação<br />

<strong>da</strong> imagem corporal, resultando <strong>da</strong> ação de diversas ativi<strong>da</strong>des cognitivas. Porém,<br />

“quando a percepção corporal <strong>não</strong> corresponde a indicadores objetivos está<br />

ocorrendo um desvio <strong>da</strong> imagem corporal.” (HART, 2003).<br />

Suplicy et al. (1995) apontam para a questão <strong>da</strong> influência de padrões<br />

de b<strong>ele</strong>za ditados pela mídia e de esteriótipos de perfeição física que o indivíduo<br />

busca para si, o que acaba por gerar angústia e insegurança, quando o assunto é<br />

o corpo. Sendo assim, em nome <strong>da</strong> aparência peca-se pelo excesso, embora haja<br />

uma consciência coletiva <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> saúde. Entretanto, na reali<strong>da</strong>de, o<br />

que se verifica:<br />

É que muitos extrapolam seus próprios limites, comprometendo o desejo<br />

de ter uma visa que se considera “saudável”, por uma overdose de<br />

práticas estéticas que ultrapassam os limites do que é realmente ideal.<br />

(CASTILHO, 2002, p.49).<br />

Assim, de um lado há sempre uma incessante busca pelo bem-estar e<br />

de outro lado, uma construção do próprio corpo. Segundo Lima (2002, p.56), a<br />

fascinação pela aparência existe e “permeia o nosso real e o imaginário, trazendo<br />

a necessi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um buscar seu próprio caminho em sua relação consigo e<br />

com os outros, embasado na sua reali<strong>da</strong>de social.”<br />

Mas, na socie<strong>da</strong>de em que se vive o corpo é construído a partir do<br />

artificial, <strong>da</strong>s inserções no corpo, a serviço <strong>da</strong> mo<strong>da</strong> e <strong>da</strong> aparência. (BORINI,<br />

2003, p.47). “Hoje, constrói-se e desconstrói-se o corpo, afetando a própria<br />

percepção do corpo natural.” (LIMA, 2002, p.49). É justamente a possibili<strong>da</strong>de de<br />

redesenhar o próprio corpo, em razão <strong>da</strong> eterna insatisfação humana com a<br />

própria aparência, “um dos moventes que permitem a transformação do <strong>homem</strong><br />

biológico em <strong>homem</strong> cultural.” (CASTILHO, 2002, p.68).<br />

22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!