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TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

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Nos meios de comunicação a ativi<strong>da</strong>de física sempre é referencial para<br />

a saúde, porém, <strong>não</strong> está dissocia<strong>da</strong> de indivíduos que praticam e têm problemas<br />

de saúde. Existe uma questão social e cultural por trás deste discurso, isto é, a<br />

indústria <strong>da</strong> b<strong>ele</strong>za e do culto ao corpo direciona a atenção dos indivíduos para<br />

uma imagem do corpo ideal, mas por mais que se faça ativi<strong>da</strong>de física, esse<br />

padrão é inalcançável. (CARVALHO, 1998).<br />

A mídia ao construir a imagem do corpo perfeito faz com que o<br />

indivíduo despren<strong>da</strong> energia e muito esforço para manter a cultura <strong>da</strong> aparência.<br />

Segundo Featherstone (1995, p.178), o culto ao corpo “exige sacrifícios<br />

financeiros e éticos, que leva a um novo sentido de responsabili<strong>da</strong>de no que diz<br />

respeito estar de acordo com os cânones do momento”. O autor acrescenta,<br />

ain<strong>da</strong>, que a imagem é fabrica<strong>da</strong> na publici<strong>da</strong>de (cinema e t<strong>ele</strong>visão), modificando<br />

os estilos de vi<strong>da</strong>. “A lógica secreta <strong>da</strong> cultura de consumo depende do cultivo de<br />

um insaciável apetite para o consumo de imagens”. (p.178)<br />

Esta percepção dos corpos (construção) pelos indivíduos vai sendo<br />

incorpora<strong>da</strong> quase que imediatamente. Nenhuma outra socie<strong>da</strong>de na história<br />

“produziu e disseminou tal volume de imagens do corpo humano através dos<br />

jornais, revistas, anúncios e <strong>da</strong>s imagens em movimento na t<strong>ele</strong>visão e nos filmes<br />

[...]” (FEATHERSTONE, 1995, p.67). O autor comenta, também, que a<br />

corporei<strong>da</strong>de tem grande influência sobre a vi<strong>da</strong> social do indivíduo, fazendo com<br />

que o mesmo queira chegar o mais próximo possível de um padrão de b<strong>ele</strong>za pré-<br />

estab<strong>ele</strong>cido.<br />

Nosso planeta é a Terra, onde <strong>não</strong> existe forma possível de expressão<br />

que <strong>não</strong> seja motora. Pela corporei<strong>da</strong>de existimos; pela motrici<strong>da</strong>de nos<br />

humanizamos, a motrici<strong>da</strong>de <strong>não</strong> é movimento qualquer, é expressão<br />

humana. (FREIRE, P., 1991, p.20).<br />

O enfoque nas ciências humanas pode aju<strong>da</strong>r a ampliar a visão <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong>de física e a discutir a sociologia do corpo, em conjunto com a história <strong>da</strong><br />

Educação Física. Sob um olhar antropológico, “hoje os jovens devem ser mais<br />

críticos em relação à mídia, assumindo posturas em relação a corpolatria (culto ao<br />

corpo)”, conforme coloca o Prof. Jocimar Daolio.<br />

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