23.04.2013 Views

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

hipertrofia (um retorno aos anos 50) em conjunto com a ginástica aeróbica, foram<br />

os responsáveis pela invasão <strong>da</strong>s mulheres nas academias. (FEATHERSTONE,<br />

1995). A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90, a ativi<strong>da</strong>de de maior aderência para homens e<br />

mulheres continua sendo a musculação.<br />

Dessa forma, entendi<strong>da</strong> como consumo cultural, a prática do culto ao<br />

corpo é hoje uma preocupação em todos os segmentos sociais, independente de<br />

faixa etária, porém, ora com uma visão na questão estética, ora na prevenção <strong>da</strong><br />

saúde. Mas o que teria levado as socie<strong>da</strong>des contemporâneas a intensificar a<br />

preocupação com o corpo e colocá-la como um dos <strong>ele</strong>mentos centrais na vi<strong>da</strong><br />

dos indivíduos? Por que o culto ao corpo se passa numa academia? Para<br />

Featherstone (1995, p.68), além de ser um local em que os corpos são expostos,<br />

a academia caracteriza-se por ser um local freqüentado por jovens de classe<br />

econômica média e por outros indivíduos de diversas faixas etárias,<br />

demonstrando que o culto ao corpo assume - de fato – um lugar de centrali<strong>da</strong>de<br />

na vi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> um d<strong>ele</strong>s.<br />

O fato dos idosos buscarem a juvenilização em seus estilos de vi<strong>da</strong>,<br />

praticando esportes - alguns radicais - vestindo-se despoja<strong>da</strong>mente,<br />

freqüentando salões de <strong>da</strong>nça [...] viveríamos nas socie<strong>da</strong>des<br />

contemporâneas uma transformação no ciclo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, em que as<br />

barreiras entre juventude e velhice estariam rompendo e ‘ser jovem’<br />

colocar-se-ia como um imperativo para os mais velhos. Na cultura de<br />

consumo a velhice é apresenta<strong>da</strong> com imagens que a retratam como<br />

uma fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> na qual sua juventude, vitali<strong>da</strong>de e atrativi<strong>da</strong>de podem<br />

ser manti<strong>da</strong>s [...]. (FEATHERSTONE,1995, p.68).<br />

Sendo assim, desde os anos 80, a mídia tem o seu papel r<strong>ele</strong>vante<br />

nesse processo e a percepção do corpo na socie<strong>da</strong>de contemporânea é<br />

domina<strong>da</strong> pela existência de um vasto arsenal de imagens visuais. Neste sentido,<br />

Nieman (1999) define três categorias de comportamento de saúde: preventivo de<br />

saúde (para a prevenção de doença); de doença (por perceber-se doente); e, de<br />

adoecimento (por considerar-se doente e quer amar-se). (grifo nosso).<br />

Soares Neto (2003) aponta que a vantagem <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de física está em<br />

beneficiar o organismo independente de outro tipo de terapia. Por si só age de<br />

forma direta ou indireta no tratamento ou prevenção dos problemas que possam<br />

aparecer com o aumento <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, pois cui<strong>da</strong>r do corpo é prepará-lo para se ter<br />

saúde sempre.<br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!