23.04.2013 Views

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

TUDO ESTÁ INTERLIGADO. O homem não teceu a teia da vida, ele ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

faz parte de ca<strong>da</strong> natureza humana errar e aí está o grande desafio, saber aceitar<br />

as suas limitações e amarmos os semelhantes tão imperfeitos quanto <strong>ele</strong> mesmo.<br />

Viver é estar com os outros. Vive-se com outrem. A essência <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> é a<br />

intercorporei<strong>da</strong>de e a intersubjetivi<strong>da</strong>de. Os vivos estão entrelaçados.<br />

Estamos com os outros e <strong>ele</strong>s estão conosco, somos para os outros e<br />

<strong>ele</strong>s são para nós. (CHAUÍ, 1997, p.366).<br />

Segundo Chauí (1997), o autodesamor é um treinamento adotado<br />

desde a infância, fazendo com que o indivíduo esqueça de si mesmo. É preciso<br />

começar a ouvir o corpo, as necessi<strong>da</strong>des, os sentimentos, e só a partir <strong>da</strong>í se<br />

pode aprender a amar, a respeitar a si mesmo, compartilhar esse amor com o<br />

próximo e, conseqüentemente, com o meio ambiente.<br />

Diante disso, Ouriques (2000) aponta que a complexi<strong>da</strong>de de se<br />

estu<strong>da</strong>r o ser humano em sua totali<strong>da</strong>de, com o intuito de auxiliá-lo no resgate de<br />

valores, na interação com o semelhante e na importância de conservar o meio<br />

ambiente, torna as pesquisas, muitas vezes, impraticáveis, ou talvez, longe de se<br />

conseguir conclusões definitivas.<br />

É pelo corpo, na interação <strong>homem</strong>-natureza e na experiência<br />

perceptiva, que o indivíduo toma consciência do mundo, do semelhante e de si<br />

mesmo. Porém, mais do que ser possuidor de um corpo atlético - forte e saudável<br />

– pronto para as dificul<strong>da</strong>des de qualquer natureza faz-se necessário um corpo<br />

sensível, para que o indivíduo possa sentir as sensações do corpo em interação<br />

com a natureza, com a alma – possa viver intensamente. O contato<br />

corpo/natureza pode ser traduzido como uma busca pelas necessi<strong>da</strong>des do<br />

indivíduo para encontrar o seu “eu”. (OURIQUES, 2000).<br />

O corpo <strong>não</strong> é apenas a sede do sensível; é também a do inteligível. O<br />

inteligível se embebe<strong>da</strong> de sangue, suor e lágrimas, tanto quanto o<br />

sensível. O ser que pensa é o mesmo que sente. O ser que pensa, sem<br />

o ser que sente, já <strong>não</strong> é o ser. Se um dos dois faltar, é o mesmo que<br />

faltar tudo. (FREIRE, J.B., 1990, p.35).<br />

Santin (1994) enfatiza que o corpo <strong>não</strong> é apenas corpo-objeto dos<br />

anatomistas e fisiologistas, mas também, é um corpo cultural, político, social e<br />

afetivo, pois carrega consigo os hábitos de sua socie<strong>da</strong>de, as marcas de sua<br />

história vivi<strong>da</strong> no envolver-se com o mundo, onde há outros corpos humanos,<br />

38

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!