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PROFISSIONAIS DO ANO<br />

A bicicleta foi o primeiro meio de transporte<br />

utilizado por Carlos Gabarra que,<br />

sobre ela, percorreu e conheceu Ribeirão<br />

Preto. À época, a avenida 9 de Julho chamava-se<br />

Independência e o asfalto não<br />

alcançava todas as ruas da cidade. “O<br />

[asfalto] da rua Américo Brasiliense chegava<br />

até a Floriano Peixoto”, exemplifica<br />

o arquiteto.<br />

No final dos anos 1960, Carlos se<br />

enfurnou no escritório de Durval Soave<br />

para conhecer a profissão que concebia<br />

edificações e determinava os traçados urbanos.<br />

O interesse pelo ofício nasceu das<br />

obras executadas pela família e pelas quais<br />

ele ficava responsável por acompanhar.<br />

Em 1973 formava-se arquiteto e urbanista<br />

pela FAU-Faculdade de Arquitetura<br />

e Urbanismo de São Paulo. “Fiz a faculdade<br />

sem sair d<strong>aqui</strong>, vinha toda semana. Ribeirão<br />

é a minha paixão”, entusiasma-se.<br />

No ano seguinte ao da formatura, foi<br />

trabalhar pela primeira vez na Secretaria de<br />

Planejamento da Prefeitura Municipal, levado<br />

por Durval, e tornou-se responsável<br />

pelo desenho e pavimentação de dezenas<br />

de ruas da cidade, abrindo os caminhos<br />

por onde circulam hoje milhares de veículos.<br />

Soma 20 anos no serviço público. Mas,<br />

4<br />

PROFISSIONAIS DO ANO - 2007<br />

resultado demonstra pluralidade da <strong>AEAARP</strong><br />

<strong>AEAARP</strong><br />

Carlos Gabarra e esposa<br />

“todas as vezes que me chamam eu vou,<br />

porque ainda tenho esperança”, diz.<br />

A paixão que expressa ao relatar o trabalho<br />

dá lugar a um tom crítico quando<br />

trata da organização do espaço urbano<br />

na cidade. “Problemas políticos fazem perpetuar<br />

questões que poderiam ser solucionadas<br />

com projetos que existem na Prefeitura”,<br />

diz.<br />

No serviço público ele se dedica ao<br />

urbanismo. No escritório, gosta de construir<br />

casas. A primeira que ergueu fica na<br />

confluência das ruas Nélio Guimarães e<br />

Maringá. “Um amigo disse que deveria<br />

ser tombada”, diz, aos risos. Atualmente<br />

se dedica à obra do Complexo Gráfico São<br />

Francisco, às margens da rodovia<br />

Anhanguera.<br />

Longe dos desenhos, o hobby de<br />

Carlos é a “gasolina”, em sua própria definição.<br />

É um dos fundadores do Clube<br />

do Carro Antigo de Ribeirão e dono de<br />

um Ford 29, um Chevrolet Belair 54, um<br />

Fusca 63 e um Karmanguia 72. Para passeios,<br />

mantém um Mitsubishi 93 e a esposa,<br />

Mara Maria Gonzaga Gabarra, tem um<br />

Suzuki Vitara 98, o mais novo da casa. Ao<br />

todo, já teve mais carros do que anos de<br />

vida, que são 61.<br />

Carlos Gabarra e filhos<br />

Carlos Gabarra<br />

O homem que abriu caminhos<br />

Carlos guarda também uma motocicleta<br />

Yamaha 75, que comprou zero quilômetro<br />

e pretende reformar. Outra, uma Honda<br />

78, tem uma história curiosa: adquirida no<br />

mesmo ano, rodou somente 16 mil quilômetros<br />

porque a mãe dos seus únicos dois<br />

filhos, Ani Cintra e Oliveira, pediu que não<br />

a usasse para não influenciá-los. “Dei um<br />

carro para o Daniel [o filho mais velho].<br />

Ele vendeu e comprou uma moto”, diz,<br />

deixando transparecer certo orgulho e ver<br />

o filho repetir uma de suas paixões.<br />

Além das antigas motocicletas, Carlos<br />

mantém uma Honda Shadon 600<br />

cilindradas que usa nos finais de semana<br />

para “viagens curtas, de 300 quilômetros”.<br />

Para percursos mais longos, vai de<br />

motorhome, que já levou a família para os<br />

lagos andinos, no Chile, em 2006. “Quando<br />

estava na faculdade, usava a barraca.<br />

Hoje ficou mais sofisticado, mas não melhorou<br />

a acomodação”, brinca.<br />

Seu próximo projeto é construir uma<br />

nova casa para ele e a esposa, na City<br />

Ribeirão, de 54 metros quadrados e uma<br />

garagem de 200 metros quadrados, onde<br />

vai acomodar todos os automóveis e motocicletas<br />

- além do motorhome - e então<br />

poderá cuidar de perto de suas paixões.<br />

Carlos Gabarra é nascido em<br />

Ribeirão Preto. A família,<br />

tradicionalmente relacionada à<br />

área da saúde, chegou à cidade em<br />

1929, trazida por seu pai Benoni<br />

Gabarra, que nasceu em<br />

Jardinópolis e mudou-se para<br />

Ribeirão a fim de estudar<br />

Odontologia. Com Olympia Cocchio<br />

teve 11 filhos e, ao final da vida,<br />

contaram 48 netos e 22 bisnetos.

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