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fortuna crítica sobre a análise intertextual do conto - Unesp

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ANAIS DO X SEL – SEMINÁRIO DE ESTUDOS LITERÁRIOS: “Cultura e Representação”<br />

presta à representação de uma concepção de realidade e de arte, pois a escolha <strong>do</strong> gênero<br />

determina um posicionamento.<br />

A autora demonstra a gênese e a especificidade da parábola, por meio da investigação<br />

<strong>do</strong> seu mecanismo e eficácia como gênero, a partir <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> teórico da <strong>análise</strong> <strong>do</strong> discurso de<br />

Mikhail Bakhtin, atrela<strong>do</strong> às estratégias discursivas gera<strong>do</strong>ras de senti<strong>do</strong>, como a<br />

<strong>intertextual</strong>idade, a polifonia, o dialogismo, a paródia e a ironia. Além disso, ela define a parábola<br />

como narrativa alegórica, com base na tese “A Parábola” (1998), de Marco Antonio Domingues<br />

Sant´Anna, na qual encontra-se toda a conceituação de parábola, desde o seu surgimento, com<br />

as clássicas, passan<strong>do</strong> pelas bíblicas, até as mais modernas, como as parábolas teatrais de<br />

Brecht.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, Grubisich analisa, em cada uma das peças selecionadas a dinâmica<br />

instaurada na junção <strong>do</strong>s gêneros: parábola e teatro épico. Portanto, pode-se verificar que esta<br />

transposição de gênero com um texto bíblico não é exclusiva das formas teatrais, poden<strong>do</strong> ser<br />

vista em qualquer manifestação literária, constatan<strong>do</strong>, assim, seu caráter universal.<br />

Portanto, o diferencial deste trabalho, que pode servir de grande contribuição para as<br />

ciências humanas, é propor uma reflexão mais ampla acerca da relevância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da<br />

parábola tanto para o seu próprio conhecimento estético literário quanto para a constatação da<br />

mesma como referência literária consagrada para tantas obras que se tornaram marcos na<br />

literatura brasileira e estrangeira, como é o caso <strong>do</strong> <strong>conto</strong> “A volta <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> pródigo”<br />

seleciona<strong>do</strong> nesta pesquisa.<br />

Referências bibliográficas<br />

CANDIDO, A. Dialética da malandragem. In: ______ O discurso e a cidade. São Paulo: Duas<br />

Cidades, 1993.<br />

CANDIDO, A. Sagarana. In: COUTINHO, E. F. Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização<br />

Brasileira, 1983. p.243-247. (Coleção Fortuna Crítica).<br />

FERRI, D. Textualidade e <strong>intertextual</strong>idade em <strong>conto</strong>s de Sagarana. 1; 153. Dissertação –<br />

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Araraquara. 2002.<br />

GALVÃO, W. N. Matraga: sua marca. In: ______ Mitológica Rosiana. São Paulo: Ática, 1978. p.<br />

41-74.<br />

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