História Moderna de Portugal - Faculdade de Letras da ...

História Moderna de Portugal
2º Semestre – Teórico-prática
Turma 2 (TP2) 2009/2010
Docente: Isabel M. R. Mendes Drumond Braga, Professora Auxiliar com Agregação
Programa
Introdução
Fontes e bibliografia essenciais para o estudo da História Moderna de Portugal. O conceito de Idade
Moderna e algumas das propostas de periodização possíveis. Linhas de força da Idade Moderna em
Portugal (do final do século XV à revolução liberal).
1. População
O regime demográfico da Época Moderna. A recuperação populacional do final da Idade Média. Da
estagnação do final de Quinhentos à recuperação. O problema da falta de gente e as propostas para
solucionar a questão. As reflexões sobre a população como fonte de enriquecimento do país. As
contagens da população: dos primeiros numeramentos aos inquéritos do final do século XVIII. Os dados
demográficos e a sua interpretação. Assimetrias regionais e movimentos populacionais. População e
reformas administrativas e eclesiásticas. Os inquéritos após o terramoto e as Memórias Paroquiais,
entendidas como o fim de um ciclo de inquéritos em que as informações acerca da população apareciam a
par de outras.
2. Estrutura Social
Sociedade, desigualdade e privilégio. Os diferentes grupos sociais. A graduação das pessoas: funções,
sangue e riqueza. A importância da qualidade do nascimento. As redes clientelares. A complexificação da
morfologia social e o alargamento dos “estados limpos”, com o “estado do meio”. A mobilidade social e
os entraves à mesma. Descobrimentos e guerra como factores de ascensão social. Os graus académicos e
a promoção social. As cartas de familiar do Santo Ofício como mecanismos de quase nobilitação. A
segregação social pelo sangue e pelos comportamentos. Minorias étnico-religiosas e estrangeiros.
3. Poder e Poderes
O sistema político da Época Moderna. A teorização do poder político. Os discursos relativos à educação
do príncipe e a construção da imagem do rei e dos seus servidores da corte. O quadro normativo destinado
ao príncipe e à nobreza. Os órgãos de consulta e decisão política da monarquia. A administração central
periférica e os seus agentes. O exercício da justiça. A função político-social do direito penal real como
afirmação do sumo poder do rei. Inquisição e controlo social. A intervenção régia e a natureza do
Tribunal do Santo Ofício. Os delitos sob jurisdição do Tribunal e os ritmos de actividade processual.
Órgãos, funcionários e agentes. O papel da Igreja na sociedade portuguesa: âmbitos de intervenção. A
reforma da Igreja motivada por razões internas e externas. Confessionalização e disciplinamento: poderes
e agentes. O catolicismo como religião ritualizada e exteriorizada. A exaltação dos dogmas e a pedagogia
da Contra-Reforma. Aspectos do culto. A assistência laica e a assistência eclesiástica. O Estado, a Igreja e
os dispositivos de controlo de carácter persuasivo e de carácter pedagógico.
4. Economia
A propriedade rural e a propriedade urbana. A terra como garante de riqueza, poder e preeminência
social. Os contratos de exploração agrária. O abastecimento urbano. As tentativas de uniformização de
pesos e medidas. A produção artesanal, a produção industrial e os seus surtos. Comércio interno e
comércio externo. O peso dos produtos coloniais na economia portuguesa. O corso: motivações e
consequências. Técnicas de comércio e preços. A acção do marquês de Pombal na articulação dos vários
sectores da economia. Doutrinas económicas: do mercantilismo ao fisiocratismo. O papel da Academia
Real das Ciências e o divórcio entre o discurso agrarista e a prática quotidiana.
5. Realidades Culturais
As bases da cultura, nomeadamente a língua e as produções sobre a mesma, isto é, gramáticas e
dicionários. Os meios e os agentes da cultura: níveis de alfabetização, públicos, manuscritos e impressos,
imprensa periódica, livreiros, parenética e teatro. Instituições de cultura, tais como escolas, colégios,
universidades, bibliotecas, academias, museus e jardins botânicos. As reformas no ensino. Educação no
feminino. As grandes tendências da cultura do humanismo ao iluminismo.
1

Avaliação
Um trabalho prático e um teste.
Cada um dos elementos de avaliação terá a ponderação de 50% na classificação final.
A avaliação do trabalho prático será feita em duas fases: a primeira tendo em conta o plano de trabalho e
a segunda o trabalho propriamente dito, o qual deverá ser realizado segundo normas a entregar na aula.
Serão objecto de exclusão e, como tal, classificados com zero, todos os trabalhos que:
a) Não sejam realizados a partir de fontes;
b) Não tenham sido escolhidos com a aprovação da docente;
c) O plano não tenha sido objecto de avaliação;
d) O conteúdo constituía plágio.
Salvo justificação que se enquadre no articulado do regulamento de avaliação, não serão aceites trabalhos
fora do prazo.
Fontes
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