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Apostila_files/Capitulo 6 _REVASC.pdf

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esse cuidado evita a ocorrência de lesão endotelial e<br />

trombose. Deve-se clipar ou ligar as colaterais para que<br />

não ocorram complicações hemorrágicas após a cirurgia.<br />

Após se dissecar a veia secciona-se a mesma nos<br />

extremos (virilha e tornozelo) para finalmente retirá-la.<br />

Em seguida liga-se os cotos da veia que ficaram nos<br />

extremos. Injeta-se sangue autólogo heparinizado no<br />

enxerto venoso para ser preservado até o momento de<br />

ser utilizado (Figura 5 letra C). Ao passo que o enxerto<br />

venoso recebe o sangue autólogo heparinizado pode-se<br />

identificar e ligar os ramos que foram seccionados.<br />

Fecha-se o ferimento da perna em camadas<br />

para evitar que ocorram hematomas bem como para<br />

reduzir o risco de infecções<br />

Figura 5 – Dissecção da veia safena magna<br />

Fonte: 5, pg 610<br />

Artéria torácica interna<br />

As artérias torácicas internas, também<br />

chamadas de mamárias internas, possuem alta taxa de<br />

patência (90% em 10 anos) e o uso delas tem sido<br />

associado a sobrevida livre de eventos cardíacos tardios.<br />

Tais artérias possuem um endotélio mais resistente à<br />

lesões quando comparados a veia safena assim resistem<br />

melhor ao desenvolvimento da aterosclerose. Por<br />

possuírem uma lâmina elástica interna não fenestrada e,<br />

portanto capaz de inibir migração celular tais artérias são<br />

mais resistentes a hiperplasia da camada íntima. A<br />

camada média, com poucas células musculares lisas,<br />

exibe menor proliferação em resposta a alguns fatores<br />

como o fator de crescimento derivado de plaquetas 5 .<br />

No pós-operatório as artérias torácicas internas<br />

respondem de forma favorável a medicamentos<br />

utilizados, pois possuem uma produção basal maior de<br />

óxido nítrico e prostaciclinas por exemplo. Além disso,<br />

após a cirurgia tais artérias se remodelam para se<br />

adaptar às novas condições (aumentam seu diâmetro e<br />

fluxo de sangue assemelhando-se de certa forma com as<br />

artérias coronárias normais) 5 .<br />

A artéria torácica interna esquerda (ATIE)<br />

comumente é usada como conduto para a artéria<br />

descendente anterior esquerda (DAE). Já o pedículo da<br />

ATI direita pode ser usado como enxerto para artéria<br />

coronária direita (ACD) bem como para a artéria<br />

descendente posterior (ADP) ou ramos da circunflexa<br />

esquerda se tiver tamanho suficiente. Porém<br />

dependendo do paciente os benefícios do uso desses<br />

condutos precisam ser pesados com os riscos. Foi<br />

descoberto, por exemplo, que paciente diabético possui<br />

um risco 14 vezes maior de infecção esternal devido a<br />

mobilização bilateral das ATIs. Não é recomendável o<br />

uso de ATIE para substituir enxertos de alto fluxo<br />

(safena) 8 .<br />

A ATI origina-se da primeira parte da artéria<br />

subclávia sozinha ou associada com outras artérias,<br />

oposta a origem do tronco tireocervical. Segue seu<br />

trajeto afastando-se lateralmente do esterno à medida<br />

que prossegue de forma descendente (figura 6).<br />

Geralmente termina a nível do 6º espaço intercostal onde<br />

emite dois ou mais raramente, três ramos.<br />

A ATI irriga a parede anterior do tórax, osso<br />

esterno, músculo peitoral maior, glândulas mamárias, o<br />

pericárdio, nervo frênico, diafragma e parede abdominal<br />

anterior.<br />

A relação que a ATI mantêm com o nervo<br />

frênico é muito importante visto que o rompimento deste<br />

por meio do uso do eletrocautério, por exemplo, causa<br />

paralisia de diafragma. O cuidado para não romper tal<br />

nervo desse ser mantido desde a origem da ATI, visto<br />

que o local de cruzamento desta sobre o nervo é muito<br />

variável. A artéria pericárdico-frênica, ramo da ATI em<br />

90% dos indivíduos, corre paralela ao nervo frênico e sua<br />

lesão pode causar isquemia do nervo frênico e como<br />

conseqüência também causa paralisia do diafragma.<br />

Em cerca de 1/3 do seu trajeto a artéria ATI é<br />

recoberta pelo músculo transverso do tórax como mostra<br />

a figura 7.

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