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Apostila_files/Capitulo 6 _REVASC.pdf

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Para o retorno do sangue oxigenado a aorta<br />

ascendente é canulada. Antes disso realiza-se anticoagulação<br />

sistêmica administrando-se 300 a 400 U / kg<br />

de heparina não fraccionada e deve-se reduzir a pressão<br />

arterial para abaixo de 100 mmHg para evitar dissecção<br />

aórtica². Ainda antes de se canular a aorta esta deve ser<br />

inspecionada e palpada manualmente, pois a presença<br />

de aneurisma ou calcificações da parede, por exemplo,<br />

são fatores que impedem a realização de tal<br />

procedimento. Nesses casos opta-se por canular a<br />

artéria femoral.<br />

Dentre os cuidados necessários durante a CEC<br />

pode-se destacar o hematócrito que deve se manter<br />

acima de 20%, abaixo disso é necessário adicionar<br />

sangue ao perfusato. A pressão arterial em geral deverá<br />

ser mantida entre 50-70 mm Hg. Se o paciente for<br />

diabético deve-se monitorar a cada 30 min de CEC a<br />

glicemia, se ultrapassar 250 mg% pode-se administrar 20<br />

unidades de insulina simples. A temperatura pode ser<br />

mantida entre 32º e 35º, não há necessidade de<br />

hipotermia em cirurgia de RM².<br />

Preservação Miocárdica<br />

Há vários meios de proteger o miocárdio<br />

durante a cirurgia de RM, pode-se administrar<br />

cardioplegia sanguínea quente ou fria, por via<br />

anterógrada ou retrógrada. Alguns cirurgiões utilizam<br />

essas duas últimas vias juntas: primeiro administra-se<br />

anterogradamente pela aorta ascendente proximal e<br />

depois retrogradamente no seio coronariano por meio de<br />

um cateter. Especialmente pacientes com vasos<br />

colaterais subótimos podem ser beneficiados com essa<br />

prática. Um subestudo<br />

do CABG Patch Trial revelou que a combinação das<br />

duas técnicas (anterógrada e retrógrada) foi associada à<br />

menor uso de inotrópico e disfunção ventricular após a<br />

cirurgia do que a administração de cardioplegia<br />

anterógrada sozinha 5 .<br />

Quanto ao tipo de cardioplegia a ser utilizada,<br />

algumas vantagens da sanguínea sobre cristalóide<br />

favorecem o seu uso. A sanguínea possui maior teor de<br />

oxigênio, proporciona um fluxo microvascular melhor,<br />

exerce melhor a função tampão, bem como diminui a<br />

lesão causada pelo radical O³, a resistência vascular<br />

coronariana e o edema².<br />

Durante a cirurgia monitora-se a preservação<br />

miocárdica por meio da medição da temperatura do<br />

miocárdio com sonda intra-cardíaca. O pH também pode<br />

ser utilizado para monitoração. Além disso, a cada 15 ou<br />

20 minutos administram-se doses adicionais de<br />

cardioplegia, e em casos especiais, como em pacientes<br />

com considerável hipertrofia ventricular, esse intervalo<br />

entre as aplicações torna-se mais curto.<br />

Arteriotomia<br />

Instalada a circulação extra-corpórea e dada a<br />

parada cardíaca palpa-se com cautela as paredes dos<br />

vasos-alvo a fim de escolher um local livre de lesões<br />

ateroscleróticas e que tenha um diâmetro de no mínimo<br />

1,5 mm para se fazer a anastomose.<br />

Primeiramente faz-se uma incisão com bisturi<br />

15 no epicárdio que reveste a coronária, este então é<br />

afastado com bisturi de ponta arredondada para permitir<br />

uma boa exposição da parede anterior da coronária<br />

(figura 19 letra A).<br />

Fonte: 12, pg 120<br />

Figura 19<br />

Fonte: 12, pg 121<br />

Figura 20<br />

Esta então é incisada, em sua linha mediana,<br />

com bisturi de lâminas 11 ou 15 e ampliada com tesoura<br />

Pott cerca de 5 a 7 mm (figura 19 letra B e figura 20).<br />

Deve-se ter o cuidado para não lesar a parede<br />

posterior da artéria. Exploradores são introduzidos na<br />

artéria para examinar sua luz bem como se existe a<br />

presença de processos ateroscleróticos ao redor da<br />

arteriotomia.

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