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ECOS DA DIRETORIA<br />

26<br />

Juros e carga<br />

tributária, duas<br />

assinaturas pendentes<br />

na agenda econômica<br />

A questão dos juros foi levantada pelo<br />

diretor Euclides Carli. “Não seria o caso<br />

de o Poder Público interferir de forma democrática?”,<br />

perguntou. “Não na Selic,<br />

mas nos juros que o sistema bancário está<br />

cobrando da economia brasileira, como,<br />

por exemplo, o cartão de crédito com 11%<br />

ao mês, 300% ao ano”, completou.<br />

Para Euclides Carli, em vez de a sociedade<br />

concentrar as críticas nos juros<br />

da Selic, a taxa básica determinada pelo<br />

Comitê de Política Monetária (COPOM)<br />

do Banco Central, seria mais razoável<br />

viabilizar uma diminuição a partir do próprio<br />

sistema bancário. “Outra questão é<br />

a carga tributária”, lembrou o diretor da<br />

<strong>CNC</strong>, mencionando o fato de o impostômetro,<br />

em São Paulo, ter apontado a chegada<br />

da arrecadação à cifra de R$ 1,210<br />

trilhão no ano de 2010, até o dia 10 de dezembro.<br />

“O Brasil não deveria fazer uma<br />

reforma tributária e acabar com a guerra<br />

entre os Estados e o imperialismo que<br />

existe nas decisões fi scais?”, questionou<br />

Euclides Carli.<br />

Ernane Galvêas observou que existem<br />

muitas taxas de juros no Brasil. “A agricultura<br />

familiar se fi nancia a 2,5% ao ano;<br />

a agricultura, de um modo geral, a 8%.<br />

O BNDES faz empréstimos à indústria<br />

a 4%, ou com a TJLP mais 2%, são 6%<br />

de juros ao ano”, disse. Os números dos<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Janeiro 2011 n°131<br />

cartões de crédito ou do crédito pessoal,<br />

embora pareçam absurdos, não representam<br />

a média da taxa de juros no Brasil.<br />

O preocupante, segundo Galvêas, é outro<br />

aspecto. “O crédito não pode crescer 20%<br />

ao ano, quando o produto cresce 7% e a<br />

infl ação é da ordem de 5%”, alertou.<br />

Em relação à carga tributária, Ernane<br />

Galvêas não vê alternativas imediatas. “O<br />

Governo está, hoje, com compromissos<br />

em áreas sociais, com despesas de pessoal,<br />

gastos e custeio; não sobra dinheiro<br />

para investir em infraestrutura. E não é só<br />

a carga tributária que é pesada: o sistema<br />

é burocrático, complicado e caro. A administração<br />

para o empresário, para pagar<br />

essa carga tributária, tem ainda um custo<br />

muito pesado, dos maiores do mundo”,<br />

disse Galvêas, observando que, em termos<br />

da mobilizção administrativa voltada<br />

para o pagamento de tributos e impostos,<br />

as empresas brasileiras são as que gastam<br />

o maior número de horas, quando comparadas<br />

às dos outros países.<br />

O vice-presidente Financeiro, Luiz Gil<br />

Siuffo Pereira, disse acreditar que a implementação<br />

do cadastro positivo, objeto<br />

de uma medida provisória assinada em<br />

dezembro pelo ex-presidente Lula (leia<br />

reportagem na página 51), poderá signifi -<br />

car uma solução para o problema dos juros<br />

altos, ao valorizar os bons pagadores.

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