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Casa Tugendhat

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<strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong>


<strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong><br />

A “<strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong>” foi<br />

projectada pelo Arquitecto<br />

“Ludwing Mies Van Der Rohe” (<br />

1886-1969) e localiza-se em<br />

Brno, na República Checa.


O ARQUITECTO<br />

“Ludwing Mies Van der Rohe” nasceu<br />

na Alemanha em 1886 e é considerado, entre<br />

outros, como uma das figuras mais importantes<br />

da arquitectura moderna.<br />

“A arquitectura começa quando a<br />

técnica é superada.”<br />

“A forma não é a finalidade da nossa<br />

obra mas apenas o resultado.”<br />

Mies Van der Rohe<br />

A técnica ao serviço da criatividade é<br />

uma das preocupações de Van der Rohe, que<br />

pretende proporcionar, com o minimo de<br />

aparato, uma habitação (no caso da <strong>Casa</strong><br />

<strong>Tugendhat</strong>) estudada com o máximo de<br />

cuidado, demonstrando a lógica da estrutura e<br />

sua expressão.


Mies Van der Rohe teve sempre<br />

como objectivo a integração das suas<br />

construções ao urbanismo, existindo uma<br />

constante preocupação com o morador e<br />

com o seu modo de vida. Disse ele: “As<br />

cidades são os instrumentos da vida;<br />

devem estar a serviço da vida, levando em<br />

consideração as condições da existência;<br />

o urbanismo é uma ciência vital”.<br />

A <strong>Casa</strong> Tugenghat (1929-<br />

1930) foi a moradia mais importante<br />

do seu período de ascenção na<br />

Europa.


Em 1930 termina a <strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong>, com o uso livre de espaços amplos e<br />

materiais audaciosos como o vidro, o aço, mármores e o onix, completando a moradia<br />

com o mobiliário tubular de aço desenhado por ele.<br />

Em contraste com as tendências da arquitectura da época Mies Van der Rohe<br />

surgia em caminho ao modernismo disciplinado, explorando as possibilidades da<br />

estrutura do aço e da transparência do vidro, em que se refere, por palavras do<br />

próprio, “menos é mais”.<br />

Com esta nova forma de projectar incutiu uma nova expressão do fresco<br />

modernismo e simplicidade clássica.


DESCRIÇÃO<br />

A <strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong> situada em Brno<br />

encontra-se implantada num terreno suavemente<br />

inclinado, tendo virado para o acesso principal<br />

apenas um piso com cobertura plana, e na sua<br />

fachada posterior, virada para uma sublime e<br />

simples zona ajardinada, privilegiada por toda a<br />

harmonia e distribuição interior da moradia, com<br />

grandes espaços onde predomina o vidro.<br />

A moradia é constituída por 3 níveis. O<br />

primeiro, onde se situa a entrada principal; o<br />

segundo, numa leitura de cima para baixo, onde<br />

estão as zonas de estar, e um terceiro nível que<br />

pela sua configuração e acesso por escada em<br />

caracol terá um papel secundário na dinâmica e<br />

funcionamento da habitação.


A casa “<strong>Tugendhat</strong>” localiza-se no<br />

miolo de uma grande cidade, o que à<br />

partida não se diria em função do<br />

enquadramento urbanístico e paisagístico<br />

das fotos disponíveis. Isto prova<br />

que o edifício beneficiou da zona<br />

envolvente verde em detrimento do seu<br />

relacionamento com o arruamento que o<br />

serve.<br />

Nesta moradia a estrutura é<br />

modelada com especial cuidado e os<br />

espaços apresentam-se com manifesta<br />

volumetria aberta.<br />

Uma cobertura plana que não se<br />

impõe à natureza e ainda a independência<br />

da estrutura e dos compartimentos que se<br />

apresenta conforme a sua função, a<br />

primeira em pilares, em forma de cruz,<br />

metálicos com acabamento cromado e os<br />

compartimentos relacionando os espaços<br />

por meios de elementos cuidadosamente<br />

colocados e inseridos.


PLANTA DO PISO 0<br />

A planta do 1º nivel descreve<br />

zona dos quartos, as áreas de serviç<br />

acopoladas à garagem, salientando<br />

facto de se encontrar a entrada principal<br />

A entrada é ao nivel do 1<br />

andar e pela sua configuração, chegamo<br />

à conclusão que “Mies Van der Rohe<br />

voltou “as costas” ao arruament<br />

principal.


O arquitecto, na nossa opinião, pretendeu “voltar as costas” ao arruamento que<br />

serve a moradia.


Não existem aberturas de<br />

qualquer compartimento principal<br />

em contacto directo com o<br />

arruamento que serve a moradia.<br />

Existe uma preocupação de<br />

ligar o edificio ao espaço verde<br />

que o envolve tanto ao nivel dos<br />

compartimentos das zonas de<br />

estar como das zonas intimas.


• A entrada do edificio abre directamente para um hall que o conduz a uma escada. Àreas<br />

dotadas de grandes envidraçados a marcar o ritmo do acesso e dotar de muita luz estes<br />

espaços, salientando-se o facto de ser sido executado com vidro fosco, o que mais uma vez<br />

vem reforçar a tese de completo “divórcio” premeditado com o arruamento.


PLANTA DO PISO 0 – ZONAMENTO<br />

Neste piso procurou-se a<br />

independência completa de três<br />

sectores, dois deles destinados a<br />

zonas de estar principais da habitação<br />

e um terceiro que inclui a garagem<br />

acopolada a restante zona da<br />

habitação do pessoal.<br />

Nesta planta verificamos uma<br />

simetria na relação dos espaços, zona<br />

da garagem e habitação do pessoal –<br />

volume fechado; segue-se um espaço<br />

aberto; volume fechado e a repetição<br />

do mesmo volume- aberto.<br />

Como iremos verificar nos<br />

restantes pisos existe uma<br />

predominância da simetria, assente<br />

numa estrutura modulada possuindo<br />

uma métrica e ortogonalidade rigida,<br />

que transmite uma sensação de rigor e<br />

leveza pela esbelteza dos elementos<br />

de sustentação e grandes planos<br />

envidraçados.


Como foi referido, existe uma simetria que se verifica no alçado.


Ainda neste piso é possivel o contacto<br />

com a zona verde da envolvente da<br />

moradia e com a vista panorâmica do<br />

centro Sul da Cidade através da<br />

abertura do corpo.<br />

A cobertura plana ao nivel deste piso<br />

pretende ser o prolongamento dos<br />

espaços interiores na procura e<br />

contacto com a zona verde a<br />

Sul/Poente.


• Os grandes terraços a este nivel pretende ser o prolongamento dos espaços<br />

interiores na procura e contacto com os espaços verdes envolventes.


Existem ainda mais duas circulações de articulação do interior/exterior, uma para acesso franco e<br />

apelativo em relação ao jardim/zona verde por escada muito larga e inclinação suave, a outra,<br />

claramente, destinada à circulação de serviço, o que permite total independência entre as zonas de<br />

estar e intima e o normal funcionamento de serviço.


PLANTA DO PISO -1<br />

Na planta do segundo nivel (numa contagem do piso de cima para baixo, visto<br />

considerarmos que o piso onde está a entrada principal é o primeiro nivel), semienterrada<br />

encontram-se as zonas de estar e das refeições, um só espaço fraccionado e qualificado<br />

através de elementos móveis e elementos fixos de materiais cuidadosamente eleitos,


• Neste piso também verificamos grandes<br />

planos envidraçados utilizados<br />

•<br />

preferencialmente nas zonas de estar onde,<br />

pelo sistema de vãos adptados, se pretende<br />

uma ligação directa/próxima com os<br />

espaços verdes.<br />

Existe uma exposição solar do edificio<br />

com fachadas de grandes envidraçados,<br />

tirando partido da incidência solar na<br />

rotação Nascente-Sul – Poente;<br />

• Mais uma vez se verifica que se procurou<br />

previligiar a ligação com a zona verde<br />

envolvente através da construção de<br />

grandes terraços com acesso a partir das<br />

zonas de estar/lazer, tal como no piso<br />

superior que existia uma ligação com a<br />

zona intima.


PLANTA DO PISO -1 - ZONAMENTO<br />

Nesta mesma planta encontra-se a cozinha e outros compartimentos de serviço.<br />

Da cozinha dá uma porta onde se desenvolve um enorme vestibulo que liga à zona de estar<br />

por outro lado liga à caixa de escadas que nos leva ao primeiro nível.<br />

A planta permite o máximo de transparência e vistas da paisagem.


Estes compartimentos, ao não<br />

estarem totalmente fechados e definidos<br />

por um painel de arestas vivas em<br />

mármore e por um painel curvo de<br />

madeira, convertem esta zona num grande<br />

espaço totalmente aberto ao ambiente<br />

exterior limitado apenas por um enorme<br />

envidraçado.<br />

A leitura destes espaços é reforçada<br />

por uma requintada distribuição do<br />

mobiliário, também desenhado por Mies<br />

Van der Rohe, onde predominam, como<br />

elementos estruturais, elementos<br />

metálicos.


O plano de grandes envidraçados da<br />

zona de estar com uma leitura<br />

sublime da estrutura em pilares<br />

esbeltos, possibilita assim uma maior<br />

e completa transparência,<br />

possibilitando a sensação de<br />

continuidade entre as salas e o jardim.<br />

A exposição da moradia permite<br />

disfrutar da vista panorâmica<br />

centro/sul da cidade.


Nesta moradia a estrutura é<br />

modelada com especial cuidado e os<br />

espaços apresentam-se com manifesta<br />

volumetria aberta.<br />

Uma cobertura plana que não se<br />

impõe à natureza e ainda a independência da<br />

estrutura e dos compartimentos que se<br />

apresenta conforme a sua função, a primeira<br />

em pilares, em forma de cruz, metálicos<br />

com acabamento cromado e os<br />

compartimentos relacionando os espaços por<br />

meios de elementos cuidadosamente<br />

colocados e inseridos.


Como se verifica, representada a vermelho, a estrutura modelada de forma simetrica<br />

e uniforme permite uma leitura clara do funcionamento estrutural da moradia.


Neste piso verificamos que as zonas de estar ficaram num espaço único, onde a zona<br />

das refeições, da biblioteca/”escritório”, mesa de “Jogo”/piano e zona de sala de estar<br />

estão, por um lado, em pleno contacto e, por outro, “gozam” da suficiente privacidade e<br />

acolhimento que lhe é concedido por elementos/divisórias e móveis construídos em<br />

materiais nobres e pormenorizadamente desenhados e escolhidos (madeira, pedra<br />

polida e aço) por “Mies Van der Rohe”.


• O acesso ao interior da moradia após o hall de entrada e o percurso descendente ao longo da<br />

escada “desagua” num espaço amplo intensamente iluminado de onde é possivel disfrutar<br />

imediatamente do contacto visual e prolongamento com a área verde exterior envolvente,<br />

através de dois “canais” distintos, separados pela divisória em pedra (esta é sem dúvida a<br />

primeira impressão marcante para quem chega ao interior do edificio).


• Nesta moradia procura-se um contacto permanente com a natureza, levado ao<br />

pormenor de ser prevista uma zona de Jardim interior na<br />

continuidade/prolongamento da “grande” zona de estar.


• Os materiais utilizados são<br />

indicadores de uma preocupação de<br />

“Ostentação”-brilho, onde com as<br />

pedras polidas se conjugam os pilares<br />

em elementos cromados, a madeira e<br />

o vidro.


O uso livre de espaços amplos e a utilização de materiais audaciosos como o<br />

vidro, o aço, mármores e o onix, completando a moradia com o mobiliário tubular de<br />

aço desenhado pelo próprio Arquitecto, completam esta magnifica moradia, onde está<br />

presente a simplicidade e o conforto.


PLANTA DI PISO -2<br />

Neste piso localizam-se arrumos diversos e os sistemas de aquecimento central.


O acesso ao piso -2, que consideramos ser a cave, para além de duas portas<br />

que abrem directamente para o terreno, pode ainda ser realizado por escada em<br />

“caracol” com ligação à zona de serviço.


ALÇADO DO ARRUAMENTO DE ACESSO<br />

Vão tipo 1 Vão tipo 2<br />

Verificamos que<br />

largura do vão tipo<br />

é idêntica à altura d<br />

vão tipo 2.


ALÇADO POSTERIOR


ALÇADO LATERAL ESQUERDO


ALÇADO LATERAL DIREITO


ALÇADO LATERAL DIREITO<br />

Neste alçado verificamo<br />

que os vãos sã<br />

proporcionais, existind<br />

uma leitura d<br />

simetrias.


FOTO3<br />

1<br />

8<br />

FOTO1<br />

FOTO8<br />

FOTO11<br />

FOTO6<br />

FOTO5<br />

FOTO15<br />

FOTO17<br />

FOTO10<br />

FOTO13<br />

FOTO16<br />

FOTO18<br />

FOTO9<br />

FOTO12<br />

FOTO20<br />

FOTO4<br />

FOTO14<br />

FOTO19<br />

FOTO7<br />

FOTO2


FOTO Nº 1


FOTO Nº 2


FOTO Nº 3


FOTO Nº 4


FOTO Nº 5


FOTO Nº 6


FOTO Nº 7


FOTO Nº 8


FOTO Nº 9


FOTO Nº 10


FOTO Nº 11


FOTO Nº 12


FOTO Nº 13


FOTO Nº 14


FOTO Nº 15


FOTO Nº 16


FOTO Nº 17


FOTO Nº 18


FOTO Nº 19


FOTO Nº 20


<strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong><br />

-PEÇAS DESENHADAS<br />

-PLANTAS<br />

-ALÇADOS<br />

-CORTES<br />

-PLANTAS DE ZONAMENTO


<strong>Casa</strong> <strong>Tugendhat</strong><br />

Trabalho realizado:<br />

-António Moreira Rebelo;<br />

-Nuno Manuel Sousa Pinto de Carvalho Gonçalves<br />

-Jorge Manuel Monteiro Sequeira


BIBLIOGRAFIA:<br />

- <strong>Casa</strong>s do Século XX

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