28.04.2013 Views

OSWALDO CRUZ E A FEBRE AMARELA NO PARÁ - Governo do ...

OSWALDO CRUZ E A FEBRE AMARELA NO PARÁ - Governo do ...

OSWALDO CRUZ E A FEBRE AMARELA NO PARÁ - Governo do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estavam prontos, também, os <strong>do</strong>is carros para o transporte desde o bonde até o hospital, ambos feitos<br />

de madeira, tela<strong>do</strong>s com arame, cada um comportan<strong>do</strong> duas camas, em tu<strong>do</strong> semelhantes às <strong>do</strong> elétrico.<br />

A presença de Oswal<strong>do</strong> Cruz fazia-se necessária, porém, no Rio de Janeiro, para atender a outra<br />

missão não menos importante: representar o Brasil na Exposição Internacional de Higiene na cidade de<br />

Dresden, na Alemanha. Havia que selecionar e ordenar ainda to<strong>do</strong> o material científico, providenciar<br />

acerca da construção <strong>do</strong> pavilhão brasileiro, compor a comissão de auxiliares etc. Tu<strong>do</strong> no breve espaço<br />

90<br />

de poucas semanas, pois contava poder seguir para a Europa em mea<strong>do</strong>s de março .<br />

Assim, logo que se considerou dispensável em Belém, transferiu a chefia <strong>do</strong> serviço a João Pedroso<br />

de Albuquerque e viajou para o Rio a 5 de dezembro, a bor<strong>do</strong> <strong>do</strong> paquete Brasil, onde foi deixá-lo,<br />

91, 92<br />

pessoalmente, o Governa<strong>do</strong>r João Coelho .<br />

A CAMPANHA DE PROFILAXIA 103<br />

A primeira grande tarefa de João Pedroso seria estabelecer, em definitivo, as medidas de vigilância<br />

sanitária <strong>do</strong> porto de Belém. Precisava-se impedir a entrada de mosquitos vin<strong>do</strong>s de outros portos.<br />

Oswal<strong>do</strong> Cruz percorrera, dias antes, a baía de Guajará, visan<strong>do</strong> escolher ancora<strong>do</strong>uros distantes da<br />

cidade, tanto para os navios de cabotagem como para os de longo curso. Só poderiam atracar no cais se<br />

93<br />

previamente submeti<strong>do</strong>s a rigoroso expurgo . Mas a decisão não assumira ainda caráter oficial.<br />

o<br />

A convite <strong>do</strong> Dr. Jerônimo Gesteira, diretor <strong>do</strong> 3 . Distrito Sanitário Marítimo, João Pedroso<br />

91<br />

conferenciou com representantes de várias companhias de navegação para uma deliberação em comum .<br />

Depois de examinada a planta da baía, acertou-se que todas as embarcações deveriam fundear a<br />

uma distância mínima de mil metros da margem. Os navios procedentes de Manaus e Iquitos ancorariam<br />

em frente ao cais da “Port of Pará”. Os gaiolas, entre o Arsenal de Marinha e a foz <strong>do</strong> Guamá. Os vapores<br />

<strong>do</strong> Lloyd, em frente ao respectivo trapiche. E os estrangeiros, no quadro de franquia, à altura de Val-de-<br />

Cães. Os passageiros poderiam desembarcar depois de procedida a visita de praxe.<br />

90<br />

SALES GUERRA, 1940, p. 540.<br />

91<br />

DR. <strong>OSWALDO</strong> Cruz. A Provincia <strong>do</strong> Pará, Belém, ano 35, n. 10.999, 6 de dezembro de 1910, terça-feira, p. 1.<br />

92<br />

PROPHYLAXIA da febre amarella. Folha <strong>do</strong> Norte, Belém, ano 15, n. 4.708, 6 de dezembro de 1910, terça-feira, p. 1. Seção Gazetilha.<br />

93<br />

A <strong>FEBRE</strong> ..., A Provincia <strong>do</strong> Pará, 11 de novembro de 1910, p. 1.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!