Nota de Abertura - Instituto de Informática

A primeira linha de acção, claramente da responsabilidade do Estado e, em particular, do Ministério da
Cultura, diz respeito ao apoio à criação e ao cruzamento de arte e tecnologia como factor de
desenvolvimento cultural e, consequentemente, social.
Estamos a apoiar os artistas que, na sua obra, façam uso das novas tecnologias como meio de expressão,
na convicção de que o acesso dos criadores artísticos às tecnologias de informação e comunicação
provoca não só efeitos directos no aparecimento de novas formas de expressão artística, mas também
efeitos induzidos ao nível da inovação e criatividade da produção do Multimédia.
Estamos, em conjunto com a Expo 98, a lançar as bases para a futura existência em Portugal de um
Estaleiro de Comunicação, Tecnologia e Arte, destinado a artistas, criadores e produtores na área do
multimédia, à semelhança de modelos já existentes na Europa e nos EUA, num quadro de cooperação
público/privado.
Estamos a apoiar festivais, encontros e prémios na área do multimédia e da arte e tecnologia, como forma
de promoção e estímulo da qualidade da produção portuguesa nesta área.
E torna-se claro que a promoção da criação está estreitamente associada à geração de qualidade ao nível
da produção.
Na área da produção, a responsabilidade deve ser partilhada entre os detentores de conteúdos culturais e
os seus autores, capazes de garantir a sua qualidade, e as empresas que deverão garantir o nível técnico e
o acesso ao mercado dos produtos gerados. É nesta perspectiva que a Iniciativa Mosaico intervém a este
nível.
Estamos a apoiar projectos de edição em suporte óptico ou em linha que façam uso dos conteúdos
culturais detidos pelas instituições na dependência do Ministério da Cultura.
Estamos a preparar um manual de negociação de conteúdos culturais e de contratos de co-edição,
destinado a enquadrar o nascimento de parceiras entre os detentores de conteúdos culturais e a indústria
multimédia.
Apoiar a produção de nada serve sem ter em permanente consideração o acesso ao mercado, factor último
a determinar o sucesso de um produto multimédia. A intervenção do Estado no mercado, contudo, está a
ser feita apenas pela criação de mecanismos de estímulo ou pelo apoio ao surgimento de novas redes de
distribuição e comercialização.
Estamos, em conjunto com o IPPAR e o IPM, a preparar o lançamento de áreas multimédia nas lojas dos
monumentos e museus nacionais.
Estamos a apoiar a internacionalização do multimédia português, nomeadamente pela presença em fóruns
internacionais de natureza cultural, científica ou comercial sobre o multimédia, como o Milia ’97 ou o
Conselho da Europa.
Participamos no consórcio que gere o nó nacional da MidasNET, a rede de divulgação e sensibilização
para o multimédia apoiada pelo programa comunitário na área da indústria multimédia de conteúdos, o
INFO2000.
O mote do Mosaico está definido, lançar a cultura portuguesa na Sociedade da Informação.
O método é este e passa em primeiro lugar por uma participação activa de um número vasto de parceiros
envolvidos. A Iniciativa Mosaico deve ser de todos. Só "juntando as pedrinhas" conseguiremos.