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POLÍTICA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E OS PROGRAMAS ... - UCDB

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O governo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) agiu sob forte<br />

influência neoliberal, e a educação, principalmente a superior, entrou no processo de<br />

adaptação ao sistema de qualidade total, segundo destaque de Chauí (1999), é um período em<br />

que a universidade se torna uma Universidade Operacional, ou seja, uma instituição voltada<br />

para a formação de profissionais para o mercado, tendo ela mesma que tomar uma posição<br />

empresarial e submetida às leis de mercado, o que necessariamente se afasta de seu objetivo<br />

como instituição social.<br />

A visão neoliberal de meritocracia, onde, o indivíduo passa a ser responsabilizado<br />

por seu sucesso ou fracasso, não mais o Estado em si, também recai sobre a sociedade como<br />

um todo, diminuindo as responsabilidades do Estado, de modo que por esse entendimento<br />

muitas empresas públicas são privatizadas, dando início a um extenso processo de<br />

particularizações em todo o país.<br />

Para o Banco Mundial, segundo Simionatto (2001), o Estado pós Segunda Guerra<br />

Mundial (1939-1945), direciona recursos significativos em Seguridade Social, e, nem sempre<br />

estes ‘altos’ investimentos implicam na qualidade dos serviços prestados, pois prioriza a<br />

quantidade em detrimento da qualidade, não atendendo as necessidades dos segmentos<br />

populacionais mais pobres.<br />

Nesta visão, o Banco Mundial entende que as principais funções do Estado, ou<br />

seja, suas principais ações devem traduzir-se em ações de cunho social e/ou medidas que<br />

atendam às necessidades dos grupos mais empobrecidos. Entende ainda que, o Estado<br />

provedor não atende nem às necessidades dos mais pobres e nem age de acordo com os atuais<br />

parâmetros da economia mundial globalizada, “pois as mudanças tecnológicas têm ampliado<br />

as funções dos mercados e obrigado as nações a assumirem competências novas”<br />

(SIMIONATTO, 2001, p.2). Segundo essa lógica é necessário que o Estado ao diminuir seu<br />

papel e fortalecer ações destinadas ao espaço privado, haja de acordo com as orientações do<br />

Banco Mundial, as quais preconizam competências para que este seja capaz de ter articulação<br />

para racionalizar os investimentos na área social. Neste sentido, para o Banco Mundial as<br />

funções do Estado consistem em:<br />

a) Estabelecimento de um ordenamento jurídico básico;<br />

b) Manutenção de um conjunto de políticas macroeconômicas;<br />

c) Investimentos em serviços sociais básicos e infra-estrutura;<br />

d) Proteção dos grupos vulneráveis;<br />

e) Defesa do meio ambiente (SIMIONATTO, 2001, p. 2).<br />

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