13.05.2013 Views

PROBLEMAS NA PRODUÇÃO DO TEXTO JURÍDICO

PROBLEMAS NA PRODUÇÃO DO TEXTO JURÍDICO

PROBLEMAS NA PRODUÇÃO DO TEXTO JURÍDICO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

imprescindível. Essa imprescindibilidade pode ser direcionada para os profissionais<br />

da área do Direito, Administração, Comunicação Social, entre outros. Assim, para<br />

qualquer indivíduo que pretende, por meio da língua, não só comunicar, mas<br />

convencer alguém sobre alguma coisa, o estudo apurado das definições sobre<br />

textualidade e gramaticalidade é de extrema importância. Neste material, pretendemos<br />

abordar os principais problemas da produção de texto jurídico e argumentativo de<br />

uma forma geral, trabalhando tópicos como: vícios de linguagem, redundância e<br />

ambiguidade.<br />

1. VÍCIOS DE LINGUAGEM<br />

Segundo o autor e professor Evanildo Bechara, os vícios de linguagem são<br />

definidos como: “Solecismo que seria, segundo o autor um erro estrutural (ou<br />

sintático) que abrange "a concordância, a regência, a colocação e a má<br />

estruturação dos termos na oração que a torna incompreensível ou imprecisa a<br />

enunciação". Bem, nesse caso, não só a falta de compreensão é definida como uma<br />

espécie de vício de linguagem, mas sim a construção problemática do enunciado no<br />

que tange a gramaticalidade. Deve-se imaginar que o receptor de sua mensagem é um<br />

profundo conhecedor de gramática, assim como são praticamente todos os advogados<br />

e, qualquer falha gramatical, acarretaria na falta de valoração do seu enunciado<br />

fazendo com que o mesmo perdesse peso argumentativo; ora, como acreditar em uma<br />

pessoa que não sabe que não se pode colocar vírgula entre o sujeito e o predicado? É<br />

importante comentar que um enunciado claro, objetivo coerente e correto já é por si<br />

só o início de uma boa argumentação.<br />

Achamos por bem, apresentar alguns verbos e suas acepções neste tópico antes<br />

de darmos continuidade aos próximos comentários. Assim, segue que, segundo o<br />

linguista Adalberto J. Kazpary (1990: 60) alguns verbos são de extrema importância<br />

para a vida de quem lida com o Direito. Alguns desses verbos seguem abaixo:<br />

1. Arguir<br />

a) A defesa arguiu a sentença de injusta em suas razões de Apelação.<br />

b) A Contestação arguiu a incompetência do juiz para conhecer do pedido.<br />

“Aquele que argumenta não se dirige ao que consideramos como faculdades, como a razão, as emoções, a vontade.<br />

O orador dirige-se ao homem todo...”. Daí que a distinção entre persuasão e convencimento, quando centrada nos<br />

índices de confiabilidade e validação inerentes ao par racional/irracional, pareça nada poder vir a acrescentar à<br />

compreensão do acto retórico. (...)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!