15.05.2013 Views

Renovando atitudes - a era do espírito

Renovando atitudes - a era do espírito

Renovando atitudes - a era do espírito

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3<br />

Tempos da Ignorância<br />

Capítulo 18, itens 10 e 11<br />

“... Muito se pedirá àquele a quem se tiver muito da<strong>do</strong>, e se fará<br />

prestar maiores contas àqueles a quem se tiver confia<strong>do</strong> mais coisas.<br />

“... Somos nós, pois, também cegos? Jesus lhes respondeu: Se<br />

fôsseis cegos, não teríeis peca<strong>do</strong>; mas agora dizeis que vedes e é por<br />

isso que vosso peca<strong>do</strong> permanece em vós.”<br />

(Capítulo18, itens 10 e 11.)<br />

Lucas relata em Atos <strong>do</strong>s Apóstolos a seguinte orientação de Paulo de<br />

Tarso: “Deus não leva em conta os tempos da ignorância”. (1) Em outras<br />

oportunidades, confirmou também que “muito se pedirá àquele que muito<br />

recebeu”. (2) quer dizer, o agravamento das faltas é proporcional ao<br />

conhecimento que se possui.<br />

Compreendemos, dessa forma, que somos to<strong>do</strong>s nós protegi<strong>do</strong>s pela<br />

nossa “ignorância”, pois somente seremos avalia<strong>do</strong>s pela Divina Providência,<br />

de conformidade com as possibilidades <strong>do</strong> “saber” e “sentir”, isto é, segun<strong>do</strong> a<br />

nossa maneira de ver a nós próprios e o mun<strong>do</strong> que nos rodeia.<br />

As leis espirituais que dirigem a vida são sábias e justas e adaptam-se<br />

particularmente a cada criatura, levan<strong>do</strong> em conta suas individualidades.<br />

O eminente psicólogo e pedagogo suíço Jean Piaget, responsável pela<br />

teoria de que o desenvolvimento das crianças propicia seu aprendiza<strong>do</strong>, dizia<br />

que elas são diferentes entre si, que cada uma tem seu jeito de crescer e de se<br />

realizar como indivíduo, e que to<strong>do</strong>s poderíamos ajudá-las nesse crescimento,<br />

porém nunca impon<strong>do</strong> formas gen<strong>era</strong>lizadas e semelhantes.<br />

Piaget ensinava que cada criança pensa e interpreta o mun<strong>do</strong> com seu<br />

peculiar pensamento e com suas possibilidades orgânicas e mentais, quase<br />

sempre heterogêneas.<br />

Encontramos no mun<strong>do</strong> atual modernos méto<strong>do</strong>s pedagógicos que<br />

seguem esse raciocínio, levan<strong>do</strong> em conta que cada indivíduo, para assimilar<br />

sua realidade de vida, é porta<strong>do</strong>r de um processo psicológico de aprendizagem<br />

próprio. Cada um percebe de forma dissemelhante os estímulos da Vida,<br />

decodifica-os e em seguida os reelabora, forman<strong>do</strong> assim sua própria<br />

individualidade.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, encontramos também na reencarnação a guarida<br />

desses méto<strong>do</strong>s de ensino, pois ela se baseia na multiplicidade de<br />

experiências ocorridas nos diversos avatares por onde a alma percorre seus<br />

caminhos vivenciais, como um ser individual. As diversidades <strong>do</strong> nosso tempo<br />

de criação, nossas h<strong>era</strong>nças reencarnatórias, experiências emocionais e<br />

mentais, ambientes sociais onde ocorrem essas mesmas experiências,<br />

estruturas sexuais, masculinas ou femininas, e motivações várias<br />

desenvolvidas na atualidade particularizam os seres humanos com vocações,<br />

tendências, interesses, grau de raciocínio e discernimento “sui generis”.<br />

Relativos e não gen<strong>era</strong>liza<strong>do</strong>s devem ser os mo<strong>do</strong>s de ver as coisas e<br />

as pessoas. O próprio direito penal classifica e pune os crimes dentro <strong>do</strong>s<br />

padrões <strong>do</strong> “intencional” ou “<strong>do</strong>loso”, “passional” ou “ocasional”. Por que o<br />

Poder Inteligente que nos rege iria julgar-nos sem levar em conta nosso “tempo<br />

da ignorância” e nossa relatividade?<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!