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Renovando atitudes - a era do espírito

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Palavras <strong>do</strong> médium<br />

Vivi grande parte de minha infância, no perío<strong>do</strong> de 1956 a 1967, na<br />

fazenda Bela Vista, propriedade de meus pais nas re<strong>do</strong>ndezas de Catanduva.<br />

Morávamos em um casarão construí<strong>do</strong> no começo <strong>do</strong> século, muito alto e<br />

alicerça<strong>do</strong> sobre porões. Tinha grandes portas e janelas, uma ampla varanda a<br />

marcar a entrada, entrelaçada com trepadeiras que a refrescavam com sombra<br />

acolhe<strong>do</strong>ra. Era to<strong>do</strong> rodea<strong>do</strong> de “flamboyants” flori<strong>do</strong>s, cheirosos jambeiros e<br />

muitas outras árvores enormes.<br />

Apesar das diversas possibilidades de uma criança encontrar num lugar<br />

como esse motivos para brincar e divertir-se, eu me lembro de que meus<br />

entretimentos preferi<strong>do</strong>s <strong>era</strong>m escutar minha mãe tocar piano; e construir com<br />

argila í<strong>do</strong>los, estatuetas e templos com altas colunas, os quais eu utilizava para<br />

criar histórias curiosas. Fantasiava e imaginava as personagens durante a noite<br />

em meus sonhos, para materializá-las depois, durante o dia, entre dramas e<br />

acontecimentos interessantes.<br />

Outro fato que me marcou profundamente foi que ao amanhecer, quase<br />

to<strong>do</strong>s os dias, fazia <strong>do</strong> cria<strong>do</strong>-mu<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu quarto o altar de uma igreja,<br />

gesticulan<strong>do</strong> com as mãos, distribuin<strong>do</strong> bênçãos para os meus pais e minhas<br />

três irmãs, além de hóstias de miolo de pão feitas por mim.<br />

Se reúno aqui algumas dentre as muitas recordações de minha infância<br />

é somente para mostrar que, antes de entender-me como pessoa neste mun<strong>do</strong><br />

e antes de possuir plena consciência das coisas, já se manifestavam em mim<br />

fortes reminiscências de vidas passadas, assim como tendências profundas<br />

pela religiosidade e interesses vigorosos pela vida espiritual.<br />

Posteriormente, no início de minha a<strong>do</strong>lescência, mudamo-nos para a<br />

cidade, onde me recor<strong>do</strong> das sucessivas indagações a respeito <strong>do</strong> fenômeno<br />

“morte” que percorriam minha mente.<br />

Imensa curiosidade me envolvia quan<strong>do</strong> acompanhava meus pais nos<br />

velórios de parentes e de amigos da família, pois reflexionava naqueles<br />

momentos, queren<strong>do</strong> desvendar a qualquer preço os mistérios <strong>do</strong> além-túmulo.<br />

Durante os intervalos das aulas no Instituto de Educação Barão <strong>do</strong> Rio Branco,<br />

onde estudava, por seu prédio encontrar-se ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> cemitério local, eu tinha<br />

a possibilidade, às vezes, de acompanhar o sepultamento de pessoas das mais<br />

diversas classes sociais.<br />

Observan<strong>do</strong> os fun<strong>era</strong>is, sempre indagava de mim mesmo o porquê de<br />

caixões humildes com tampos de pano ou das umas caras com enfeites de<br />

bronze; das corbelhas de flores exóticas ou <strong>do</strong>s ramalhetes de flores caseiras;<br />

<strong>do</strong>s mausoléus suntuosos de mármore ou das covas rasas de terra batida. Se<br />

to<strong>do</strong>s tinham a mesma destinação com a morte <strong>do</strong> corpo físico, por que tantos<br />

contrastes? Para onde iam as almas? Como viviam? Quais os critérios para se<br />

viver bem após a morte?<br />

Precisamente aos dezessete anos, ao ser toca<strong>do</strong> pela mediunidade<br />

redentora, fui leva<strong>do</strong> a descobrir gradativamente todas as respostas para as<br />

perguntas que povoavam há anos meu <strong>espírito</strong> sedento pelas coisas<br />

espirituais. Passei, então, por diferentes correntes religiosas e em algumas<br />

exercitei a mediunidade, aprenden<strong>do</strong> as primeiras lições sobre a reencarnação<br />

e sobre a vida no além.<br />

No entanto, foi em 1973 que, pela primeira vez, tomei contato com as<br />

obras “O Livro <strong>do</strong>s Espíritos”, de Allan Kardec, e “Voltei”, <strong>do</strong> Irmão Jacob,<br />

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