Renovando atitudes - a era do espírito
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Eu não merecia<br />
Capítulo 5, item 3<br />
“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada<br />
terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo,<br />
enquanto que para outros tu<strong>do</strong> parece sorrir?...”<br />
“... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus<br />
é justo, essa causa deve ser justa. Eis <strong>do</strong> que cada um deve compenetrarse<br />
bem...”<br />
(Capítulo 5. item 3.)<br />
Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em<br />
nossa vida, incluin<strong>do</strong> sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção<br />
a nossa maturidade e crescimento interior.<br />
A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mun<strong>do</strong> enfim, é<br />
tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprenden<strong>do</strong> a<br />
raciocinar assim, censuran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s e tu<strong>do</strong>, nunca examinan<strong>do</strong> o nosso próprio<br />
comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.<br />
Assimilamos o “mito <strong>do</strong> vitimismo” nas mais remotas religiões politeístas,<br />
vivenciadas por to<strong>do</strong>s nós durante as várias encarnações, quan<strong>do</strong> os deuses<br />
temp<strong>era</strong>mentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas<br />
decisões arbitrárias. Por termos si<strong>do</strong> vítimas nas mãos dessas divindades, é<br />
que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas,<br />
comercializan<strong>do</strong> favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas<br />
atividades <strong>do</strong> oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus <strong>do</strong>s mortos<br />
e <strong>do</strong>s infernos.<br />
Aprendemos ajustificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de<br />
comportamento, dizen<strong>do</strong> que fomos desampara<strong>do</strong>s pelos deuses, que a<br />
conjunção <strong>do</strong>s astros não estava propícia, que a lua <strong>era</strong> minguante e que<br />
nascemos com uma má estrela.<br />
Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> de Adão e Eva<br />
e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros,<br />
surgin<strong>do</strong> assim a idéia da hegemonia divina das nações.<br />
As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a<br />
apontar o mun<strong>do</strong> exterior como culpa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus infortúnios. Recusam<br />
absolutamente reconhecer a conexão entre seus mo<strong>do</strong>s de pensar e os<br />
acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem<br />
prejudicadas pela força <strong>do</strong>s hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como<br />
foram criadas, afirman<strong>do</strong> que não conseguem ser e fazer o que querem. Não<br />
sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o<br />
passa<strong>do</strong> determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.<br />
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel.<br />
Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “Eu não merecia<br />
isto”, “A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocorren<strong>do</strong>, porém, que o seu jeito de<br />
ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.<br />
Defendem seus gestos e <strong>atitudes</strong> infelizes dizen<strong>do</strong>: “Meus problemas<br />
são causa<strong>do</strong>s por meu lar”, “Os outros sempre se comportam desta forma<br />
comigo”. Desconhecem que as causas <strong>do</strong>s problemas somos nós e que, ao<br />
renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos.<br />
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