16.05.2013 Views

Devisa de Coimbra - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Devisa de Coimbra - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Devisa de Coimbra - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

GVicente<br />

dir. José Camões<br />

<strong>Devisa</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

pues Dios te quiso hacer<br />

el bien que no sé <strong>de</strong>cillo.<br />

Toca Celipôncio sua bozina, pola qual a serpe e leão conheciam sua necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

os quais aco<strong>de</strong>m mui apressa<strong>da</strong>mente e matam o salvagem Mon<strong>de</strong>rigón, e logo se<br />

vão ao seu castelo e tiram a princesa Colimena e suas donzelas e irmãos. E entanto<br />

que vão ao castelo diz o Pelegrino que fez o argumento:<br />

Mon<strong>de</strong>rigón morto segundo se prova 770 112’<br />

fizeram-lhe a cova lá cima num pego<br />

polo qual se chama este rio Mon<strong>de</strong>go<br />

e a sepultura se diz Penacova.<br />

Fogiu Liberata <strong>da</strong> fúria disforme<br />

e indo fogindo mui fraca e mui febre 775<br />

tornou-se animal que se chama lebre<br />

que <strong>de</strong> Liberata tomou este nome.<br />

Entra Colimena e suas <strong>da</strong>mas com seus irmãos com gran<strong>de</strong> aparato <strong>de</strong> música, e a<br />

serpe e leão acompanhando a dita princesa. E acaba<strong>da</strong> a música diz o Pelegrino do<br />

argumento:<br />

Senhoras donzelas por vossas nobrezas<br />

que ũa e ũa <strong>de</strong>clareis a nós<br />

as antegui<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem fostes vós 780<br />

specialmente a suas altezas.<br />

Vós Belicrasta senhora primeiro.<br />

Belicrasta Eu edifiquei a vila do Crato<br />

que <strong>de</strong> Belicrasta se chamava o Crasto<br />

<strong>de</strong>pois corrompeu-se o nome ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro. 785<br />

Todos os Crastos proce<strong>de</strong>m <strong>de</strong> mi<br />

foram d’antigamente mui leais<br />

mui poucos <strong>de</strong>les vereis liberais<br />

pola maior parte são bôs pera si.<br />

As molheres <strong>de</strong> Crasto são <strong>de</strong> pouca fala 790<br />

fermosas e firmes como sabereis<br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />

Sala 67, Alame<strong>da</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> 1600-214 <strong>Lisboa</strong> • tel/fax: 21 792 00 86<br />

e-mail: estudos.teatro@mail.fl.ul.pt

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!