Escolas de Contas e de Gestão - Faculdade de Educação

pelo lado da população beneficiada, indo além das avaliações pelos critérios de
economicidade, eficiência e eficácia, que ocorrem no âmbito das próprias instituições.
A questão que colocamos é: servirão as escolas para aumentar a efetividade dos
Tribunais de Contas, através dos conhecimentos que irão transmitir?
Essas são questões que permearão o desenvolvimento de todo o trabalho a ser
desenvolvido.
Retomando o que foi levantado anteriormente, existe uma grande distância entre os
perfis e atribuições das funções públicas atuais e as necessidades exigidas no futuro. Isto
significa que precisamos proporcionar aos servidores o desenvolvimento de
competências que estão cada vez mais sendo exigidas para uma atuação pública mais
efetiva, como por exemplo, capacidade de tomar decisões, trabalho em equipe,
comunicação interpessoal, entre outras.
Não há dúvida de que a política institucional de capacitação assume um papel da maior
importância.
As escolas de contas e de gestão dos Tribunais devem incentivar a reflexão e a análise,
por intermédio das lentes de muitas disciplinas acadêmicas, diversas áreas de
conhecimento, tradicionalmente, segregadas em escolas deste tipo. Este é um indicador
muito importante e deverá ser colocado ao longo da pesquisa para se saber se no modelo
proposto de Escolas de Contas e de Gestão dos Tribunais de Contas dos Estados
analisados ele é contemplado.
O servidor público precisa saber mais do que o funcionamento das suas organizações e
os seus processos. Precisa se apropriar de conhecimentos de uma realidade maior, que
se transforma muito rapidamente, sem certezas absolutas. A sua formação deve ajudá-lo
a desenvolver habilidades adequadas a essa realidade, em uma perspectiva
multidisciplinar e a conjunção da teoria, reflexão e prática. Assim, mais do que agente
“recebedor” de conhecimentos, poderá desenvolver uma postura crítica, uma visão mais
objetiva sobre o seu próprio trabalho e da instituição a que pertence. Dito mais uma vez,
ser um agente transformador da sua realidade e não somente reprodutor de metas
institucionais estabelecidas.
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