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Relatório Final - PU Pego - Câmara Municipal de Abrantes

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ÍNDICE<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong><br />

Plural<br />

I - ÂMBITO DO RELATÓRIO E ESTRUTURA DO PLANO _________________________________ 1<br />

1 - ÂMBITO E ESTRUTURA DO PLANO_____________________________________________________ 2<br />

II - RELATÓRIO ___________________________________________________________________ 4<br />

1 - NOTA INTRODUTÓRIA _______________________________________________________________ 5<br />

2 - CONDICIONANTES __________________________________________________________________ 6<br />

2.1 - INTRODUÇÃO __________________________________________________________________ 6<br />

2.2 - RECURSOS HÍDRICOS___________________________________________________________ 8<br />

2.2.1 - Domínio Hídrico ___________________________________________________________ 8<br />

2.3 - Áreas <strong>de</strong> protecção a espécies animais e vegetais ______________________________________ 8<br />

2.3.1 - Montado <strong>de</strong> Sobro (povoamentos e indivíduos isolados) ____________________________ 8<br />

2.4 - INFRAESTRUTURAS BÁSICAS ____________________________________________________ 8<br />

2.4.1 - Linhas eléctricas ___________________________________________________________ 8<br />

2.5 - INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES ____________________________ 9<br />

2.5.1 - Re<strong>de</strong> Viária _______________________________________________________________ 9<br />

2.6 - EQUIPAMENTOS_______________________________________________________________ 10<br />

2.6.1 - Edifícios escolares ________________________________________________________ 10<br />

3 - PROPOSTA DE ZONAMENTO ________________________________________________________ 11<br />

3.1 - OPÇÕES DE INTERVENÇÃO _____________________________________________________ 11<br />

3.2 - OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E ACÇÕES PROGRAMÁTICAS ___________________________ 11<br />

3.3 - ZONAMENTO__________________________________________________________________ 14<br />

3.3.1 - Delimitação do perímetro urbano _____________________________________________ 14<br />

3.3.2 - Zonamento ______________________________________________________________ 17<br />

3.3.2.1 - Zona Consolidada _______________________________________________________ 17<br />

3.3.2.2 - Zonas <strong>de</strong> Preenchimento __________________________________________________ 18<br />

3.3.2.3 - Zonas <strong>de</strong> Expansão ______________________________________________________ 19<br />

3.3.2.4 - Zonas <strong>de</strong> Equipamento ___________________________________________________ 19<br />

3.3.2.5 - Zonas Turísticas_________________________________________________________ 20<br />

3.3.2.6 - Zona Industrial __________________________________________________________ 21<br />

3.3.2.7 - Zonas Ver<strong>de</strong>s___________________________________________________________ 22<br />

4 - UNIDADES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO__________________________________ 27<br />

5 - VALORES CULTURAIS ______________________________________________________________ 30<br />

5.1 - IMÓVEIS COM INTERESSE ______________________________________________________ 31<br />

5.2 - OUTROS ELEMENTOS COM INTERESSE___________________________________________ 31<br />

5.3 - CONJUNTOS COM INTERESSE___________________________________________________ 31<br />

6 - INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS ________________________________________________________ 32<br />

6.1 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 32<br />

6.2 - INSERÇÃO NA REDE EXTERIOR__________________________________________________ 32<br />

6.3 - ESTRUTURA E HIERARQUIZAÇÃO ________________________________________________ 32<br />

6.4 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS_____________________________________________________ 33<br />

6.5 - SINALIZAÇÃO E EQUIPAMENTO VIÁRIO ___________________________________________ 33<br />

6.6 - TRANSPORTES PÚBLICOS E ESTACIONAMENTO ___________________________________ 34


Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong><br />

Plural<br />

7 - INFRAESTRUTURAS URBANAS_______________________________________________________ 35<br />

7.1 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 35<br />

7.2 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA _____________________________________________________ 35<br />

7.3 - DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS ________________________________ 36<br />

7.4 - DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ________________________________________________ 36<br />

7.5 - RESÍDUOS SÓLIDOS ___________________________________________________________ 36<br />

III - PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO __________________________________ 37<br />

1 - PROGRAMA DE EXECUÇÃO E DE FINANCIAMENTO _____________________________________ 38


Plural<br />

I - ÂMBITO DO RELATÓRIO E ESTRUTURA DO PLANO<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 1


1 - ÂMBITO E ESTRUTURA DO PLANO<br />

Plural<br />

O presente <strong>Relatório</strong> constitui o resultado do trabalho <strong>de</strong>senvolvido na segunda fase do Plano <strong>de</strong><br />

Urbanização (P.U.) do <strong>Pego</strong>, <strong>de</strong> acordo com as condições do contrato celebrado entre a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Abrantes</strong> e a Plural, Planeamento Urbano Regional e <strong>de</strong> Transportes, Lda.<br />

Este contrato prevê o seguinte faseamento para a elaboração do Plano:<br />

1ª Fase - Caracterização, Diagnóstico e Proposta Base<br />

Esta fase constituiu o período <strong>de</strong> recolha da informação necessária à compreensão das condições físicas,<br />

urbanísticas e sócio-económicas da zona <strong>de</strong> intervenção, sua análise e interpretação. É efectuado o<br />

diagnóstico da situação, mediante a i<strong>de</strong>ntificação das principais carências e potencialida<strong>de</strong>s, e elaborada a<br />

Proposta Base, constituindo uma primeira aproximação aos elementos fundamentais da proposta <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senho urbano do Plano (traduzidos num primeiro esboço com as i<strong>de</strong>ias fundamentais para a Planta <strong>de</strong><br />

Zonamento e da Planta <strong>de</strong> Condicionantes).<br />

Fase Intercalar - Apreciação da 1ª Fase pela C.M.<br />

Fase <strong>de</strong> apreciação dos elementos entregues na fase anterior.<br />

2ª Fase - Anteplano<br />

Nesta fase <strong>de</strong>senvolveu-se a proposta anteriormente apresentada, integrando também o estudo prévio das<br />

infraestruturas urbanísticas. Foram elaboradas as versões finais da Planta <strong>de</strong> Zonamento e da Planta <strong>de</strong><br />

Condicionantes. Com base na solução urbanística adoptada, é também apresentado o Regulamento<br />

Urbanístico, o Programa <strong>de</strong> Execução e <strong>de</strong> Financiamento, culminando esta fase <strong>de</strong> trabalhos com a<br />

apresentação da Proposta do Plano.<br />

Fase Intercalar - Apreciação do Anteplano<br />

Fase <strong>de</strong> apreciação das propostas apresentadas na fase anterior.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 2


3ª Fase - Versão <strong>Final</strong> do Plano<br />

Plural<br />

Como resultado da Fase Intercalar, será realizada a introdução das alterações necessárias à preparação da<br />

fase final a enviar à Assembleia <strong>Municipal</strong> para aprovação e envio para registo (ou ratificação, caso seja<br />

necessário alterar qualquer disposição do PDM) e publicação em Diário da República.<br />

Em conformida<strong>de</strong> com o <strong>de</strong>finido contratualmente, esta Fase do Plano <strong>de</strong> Urbanização, procurando<br />

compatibilizar-se com a legislação em vigor, contempla o Regulamento, a Planta <strong>de</strong> Zonamento e a Planta<br />

<strong>de</strong> Condicionantes, que foram consi<strong>de</strong>rados como Elementos Fundamentais.<br />

Acompanham o Plano, o <strong>Relatório</strong>, o Programa <strong>de</strong> Execução e <strong>de</strong> Financiamento, os Estudos <strong>de</strong><br />

Caracterização e respectivas peças <strong>de</strong>senhadas, <strong>de</strong>signadas como Elementos Complementares.<br />

Como tal, a estrutura final do Plano <strong>de</strong> Urbanização contemplará os elementos tal como constam no quadro<br />

seguinte.<br />

ELEMENTOS<br />

FUNDAMENTAIS<br />

ELEMENTOS<br />

COMPLEMENTARES<br />

ELEMENTOS<br />

ANEXOS<br />

ESTRUTURA DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DO PEGO<br />

- Regulamento<br />

PEÇAS ESCRITAS PEÇAS DESENHADAS<br />

- <strong>Relatório</strong><br />

- Programa <strong>de</strong> Execução e <strong>de</strong><br />

Financiamento<br />

- Estudos <strong>de</strong> Caracterização<br />

- Extracto do Regulamento <strong>de</strong><br />

Plano mais abrangente<br />

- Planta <strong>de</strong> Zonamento<br />

- Planta <strong>de</strong> Condicionantes<br />

- Planta <strong>de</strong> Enquadramento<br />

- Extracto da Planta Síntese do Plano<br />

mais abrangente (salientando as<br />

disposições alteradas)<br />

- Extracto da Planta Actualizada <strong>de</strong><br />

Condicionantes do Plano mais<br />

abrangente<br />

- Plantas da Situação Existente<br />

- Plantas <strong>de</strong> Trabalho<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 3


Plural<br />

II - RELATÓRIO<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 4


1 - NOTA INTRODUTÓRIA<br />

Plural<br />

Este volume contempla três dos elementos que acompanham o Plano <strong>de</strong> Urbanização:<br />

• <strong>Relatório</strong>;<br />

• Programa <strong>de</strong> Execução e Financiamento;<br />

• Extracto do Regulamento do PDM <strong>de</strong> <strong>Abrantes</strong>.<br />

Genericamente, o <strong>Relatório</strong> correspon<strong>de</strong> à memória <strong>de</strong>scritiva das Plantas <strong>de</strong> Zonamento e <strong>de</strong><br />

Condicionantes, sendo completado com as principais opções ao nível das infraestruturas.<br />

Como primeiro ponto a apresentar, referem-se as diversas Condicionantes Legais que têm influência sobre a<br />

área <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong>ste Plano. Seguidamente, proce<strong>de</strong>-se à explanação das principais opções <strong>de</strong><br />

intervenção e estruturação do espaço, assim como à abordagem do zonamento preconizado para a área <strong>de</strong><br />

intervenção.<br />

Quanto às infraestruturas, são feitas algumas propostas <strong>de</strong> estruturação da re<strong>de</strong> viária, incluindo a <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> perfis tipo e o estudo das restantes infraestruturas urbanas, enquanto conceito global.<br />

Importa ainda lembrar que, sobre qualquer proposta <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento apresentada se sobrepõem as<br />

condicionantes legais existentes.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 5


2 - CONDICIONANTES<br />

2.1 - INTRODUÇÃO<br />

Plural<br />

De acordo com o D.L. nº 380/99 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro, a Planta <strong>de</strong> Condicionantes i<strong>de</strong>ntifica as servidões<br />

administrativas e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública em vigor, que possam constituir limitações ou impedimentos<br />

a qualquer forma específica <strong>de</strong> aproveitamento. (nº 1 do Artº 89º).<br />

Por vezes, a elaboração <strong>de</strong>sta carta encontra-se significativamente dificultada por razões que, entre outras,<br />

se po<strong>de</strong>m perceber através <strong>de</strong>ste trecho extraído <strong>de</strong> Oliveira (1991) 1 : “A varieda<strong>de</strong> dos tipos das servidões<br />

administrativas e das restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública ao direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, a sua dispersão por<br />

numerosos diplomas <strong>de</strong> natureza distinta, publicados em momentos diversos, a ausência, em muitos casos,<br />

<strong>de</strong> concretização gráfica das respectivas áreas <strong>de</strong> incidência ou <strong>de</strong> rigor das <strong>de</strong>limitações são factores, entre<br />

outros, que dificultam a i<strong>de</strong>ntificação física dos imóveis a elas sujeitos e transformam esta matéria num<br />

verda<strong>de</strong>iro labirinto.”<br />

Neste contexto, coloca-se a questão <strong>de</strong> se saber se, à luz do Decreto - Lei nº 69/90, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Março, a Planta<br />

Actualizada <strong>de</strong> Condicionantes <strong>de</strong>verá incluir outras condicionantes que não as <strong>de</strong>correntes do regime <strong>de</strong><br />

servidões administrativas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Ainda <strong>de</strong> acordo com o mesmo autor 2 , a Planta Actualizada <strong>de</strong><br />

Condicionantes “carece <strong>de</strong> carácter vinculativo, <strong>de</strong>stinando-se unicamente a assinalar as servidões<br />

administrativas e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública previamente estabelecidas através ou ao abrigo dos<br />

diplomas específicos sectoriais”; e “a Planta <strong>de</strong> Condicionantes, que não traduz graficamente o regime do<br />

Plano <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento em que se integra, possui apenas valor informativo”.<br />

Optou-se assim, por seguir a interpretação do autor acima referido, <strong>de</strong>marcando na Planta <strong>de</strong><br />

Condicionantes apenas as servidões administrativas e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública com estatuto legal.<br />

As servidões administrativas e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública com representação na área do presente Plano<br />

<strong>de</strong> Urbanização são:<br />

a) Recursos Hídricos<br />

• Domínio Hídrico<br />

b) Áreas <strong>de</strong> Protecção a Espécies Animais e Vegetais<br />

• Montado <strong>de</strong> Sobro (povoamentos e indivíduos isolados)<br />

1 Oliveira, L.P., Planos Municipais <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento do Território, Decreto-Lei nº 69/90, anotado, Coimbra, 1991<br />

2 Oliveira, L.P., op. cit.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 6


c) Infraestruturas básicas<br />

• Linhas eléctricas<br />

d) Infraestruturas <strong>de</strong> transporte e comunicações<br />

• Re<strong>de</strong> Viária<br />

e) Equipamentos<br />

• Edifícios escolares<br />

Plural<br />

Na primeira fase da elaboração <strong>de</strong>ste plano, e na sequência do alargamento do perímetro urbano, foram<br />

<strong>de</strong>tectadas sobreposições com a RAN, com uma mancha <strong>de</strong> Montado <strong>de</strong> Sobro e com uma Área Percorrida<br />

por Incêndios. Destas, foi efectuado o pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação das várias manchas da Reserva Agrícola, as<br />

quais obtiveram parecer positivo por parte da entida<strong>de</strong> competente.<br />

Relativamente à mancha <strong>de</strong> Montado <strong>de</strong> Sobro, foi aconselhada pela DRAOT a consulta da Direcção Geral<br />

<strong>de</strong> Florestas, no sentido <strong>de</strong> a retirar do perímetro urbano, uma vez que não é prática corrente incluir<br />

manchas <strong>de</strong> sobreiro nos perímetros. Por outro lado, esta mancha, <strong>de</strong> acordo com o PDM, sobrepõe-se a<br />

gran<strong>de</strong>s áreas edificadas. Assim, na sequência <strong>de</strong>ssa consulta, bem como da <strong>de</strong>slocação da equipa ao local,<br />

a mancha mencionada foi aferida, apresentando-se nesta fase re<strong>de</strong>limitada.<br />

Quanto à Área Percorrida por Incêndios, foi retirada conforme sugestão da DRAOT, uma vez que está<br />

ultrapassado o prazo proibitivo <strong>de</strong> 10 anos para qualquer intervenção relacionada com construção ou<br />

substituição <strong>de</strong> espécies florestais.<br />

A Planta <strong>de</strong> Condicionantes que integra a presente fase do Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> resulta assim da<br />

ampliação da mesma carta do PDM (para a escala 1:5000), encontrando-se a aguardar o resultado das<br />

correcções a realizar pela Direcção Geral <strong>de</strong> Florestas, na sequência da compatibilização <strong>de</strong> escalas<br />

(passagem da escala 1:25000 para 1:5000), obtendo-se então a Planta <strong>de</strong> Condicionantes final.<br />

O conteúdo introdutório <strong>de</strong> cada condicionante foi retirado, em termos gerais, da publicação: Servidões e<br />

Restrições <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública, DGOTDU, 2ª edição revista e ampliada, 1996, complementado com a<br />

consulta Servidões e Restrições <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública, DGOTDU, 3ª edição revista, actualizada e ampliada,<br />

1999, e <strong>de</strong> Planeamento Florestal e do Território - Legislação aplicável em 1999, DGF - Divisão <strong>de</strong><br />

Planeamento Estratégico e Controlo.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 7


2.2 - RECURSOS HÍDRICOS<br />

2.2.1 - Domínio Hídrico<br />

Plural<br />

De acordo com a legislação vigente sobre esta matéria, nomeadamente o D.L.nº 468/71, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Novembro<br />

consi<strong>de</strong>ram-se do domínio público do Estado os leitos e margens (...) <strong>de</strong> quaisquer águas navegáveis ou<br />

flutuáveis, sempre que tais leitos e margens lhe pertençam, e bem assim os leitos e margens das águas não<br />

navegáveis nem flutuáveis que atravessem terrenos públicos do Estado" (artº 5º).<br />

Foram assinaladas na Planta <strong>de</strong> Condicionantes todas as linhas <strong>de</strong> água constantes da base cartográfica<br />

fornecida, que correspon<strong>de</strong>m a situações não navegáveis ou flutuáveis, assim como uma faixa <strong>de</strong> 10 m para<br />

cada lado, <strong>de</strong>finindo o Domínio Hídrico.<br />

2.3 - ÁREAS DE PROTECÇÃO A ESPÉCIES ANIMAIS E VEGETAIS<br />

2.3.1 - Montado <strong>de</strong> Sobro (povoamentos e indivíduos isolados)<br />

As áreas ocupadas por montado <strong>de</strong> sobro, normalmente associadas a influências climáticas mediterrâneas,<br />

constituem ecossistemas <strong>de</strong> elevada sensibilida<strong>de</strong> e importância ambiental. Actualmente, alvo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

pressões da acção humana, quer pela eliminação do coberto e consequente afectação a outra utilização,<br />

quer pela aplicação <strong>de</strong> técnicas culturais incorrectas, foi consi<strong>de</strong>rada essencial a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> medidas e<br />

normas <strong>de</strong> protecção a<strong>de</strong>quadas e eficazes.<br />

A principal legislação que estabelece medidas <strong>de</strong> protecção ao sobreiro (e à azinheira) consiste no Decreto-<br />

Lei nº 11/97, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº 169/2001, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Maio.<br />

2.4 - INFRAESTRUTURAS BÁSICAS<br />

2.4.1 - Linhas eléctricas<br />

As linhas eléctricas <strong>de</strong> alta tensão e as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> baixa tensão, pelos problemas <strong>de</strong> segurança<br />

que implicam, justificam a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter distâncias mínimas entre os condutores <strong>de</strong> energia<br />

eléctrica, por forma a evitar contactos humanos.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 8


Plural<br />

A legislação que regula as servidões e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública das infraestruturas <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> energia eléctrica consiste nos seguintes diplomas:<br />

- Decreto-Lei nº 43335, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1960, que <strong>de</strong>termina a existência <strong>de</strong> servidões<br />

<strong>de</strong> passagem para a instalação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s eléctricas;<br />

- Decreto-Lei nº 446/76, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Junho, que <strong>de</strong>termina a existência <strong>de</strong> corredores <strong>de</strong><br />

protecção para Linhas <strong>de</strong> Alta Tensão;<br />

- Decreto-Lei nº 1/92, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Fevereiro - Regulamento <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Linhas Eléctricas<br />

<strong>de</strong> Alta Tensão.<br />

No caso da área <strong>de</strong> intervenção foram assinaladas como condicionantes, as linhas eléctricas <strong>de</strong> tensão igual<br />

a 30 Kw e os Postos <strong>de</strong> Transformação.<br />

2.5 - INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES<br />

2.5.1 - Re<strong>de</strong> Viária<br />

As servidões administrativas e outras restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública criadas pelas Vias <strong>de</strong> Comunicação, em<br />

geral, abrangem as faixas <strong>de</strong> terreno marginal às mesmas e <strong>de</strong>stinam-se a proteger essas vias <strong>de</strong><br />

ocupações <strong>de</strong>masiado próximas, nomeadamente, as que afectam a segurança do trânsito e a visibilida<strong>de</strong> e,<br />

a garantir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> futuros alargamentos das vias e a realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> beneficiação. A<br />

largura <strong>de</strong>ssas faixas <strong>de</strong> protecção é variável consoante a classificação da estrada e a ocupação pretendida.<br />

A principal legislação sobre esta matéria encontra-se no D.L. nº 380/85, <strong>de</strong> 26/9 (PRN que <strong>de</strong>fine o regime<br />

jurídico da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estradas nacionais; na Lei nº 2037 <strong>de</strong> 19/871949 (estatuto das estradas nacionais que<br />

integram os itinerários principais; e o D.L. nº 13/94, que <strong>de</strong>fine zonas “non aedificandi” nos IP’s, IC’s e outros<br />

novos traçados viários da re<strong>de</strong> nacional.<br />

Na área <strong>de</strong> intervenção foram assinaladas a Estrada Nacional nº 118 e o Caminho <strong>Municipal</strong> 1227.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 9


2.6 - EQUIPAMENTOS<br />

2.6.1 - Edifícios escolares<br />

Plural<br />

Os edifícios escolares dispõem <strong>de</strong> dois tipos <strong>de</strong> protecção, uma é relativa aos afastamentos mínimos que<br />

qualquer construção <strong>de</strong>ve manter relativamente aos recintos on<strong>de</strong> se inserem os edifícios (afastamento<br />

superior ou igual a 1.5 da altura do edifício ou, 12 metros) ou então, se for o caso <strong>de</strong> um edifício <strong>de</strong> interesse<br />

público, sujeito a uma faixa <strong>de</strong> protecção, situação em que é especificamente <strong>de</strong>finida.<br />

A principal legislação que regula os afastamentos mínimos a estes equipamentos consiste:<br />

- D.L. nº 21875, <strong>de</strong> 18/11/1932;<br />

- D.L. nº 34993, <strong>de</strong> 11/10/1945, que altera o anterior;<br />

- D.L. nº 36270, <strong>de</strong> 09/05/1947;<br />

- D.L. nº 37575, <strong>de</strong> 08/10/1949;<br />

- D.L. nº 37837, <strong>de</strong> 24/05/1950;<br />

- D.L. nº 40388, <strong>de</strong> 21/11/1955;<br />

- Parecer da Procuradoria - Geral da República nº85/56, <strong>de</strong> 23/10/56;<br />

- Acórdão da Relação <strong>de</strong> Coimbra <strong>de</strong> 17/03/1959;<br />

- D.L. nº 44220, <strong>de</strong> 03/03/1962;<br />

- Despacho nº 37/MAI, DR II Série, <strong>de</strong> 19/09/1979.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 10


3 - PROPOSTA DE ZONAMENTO<br />

3.1 - OPÇÕES DE INTERVENÇÃO<br />

Plural<br />

As características naturais da área <strong>de</strong> intervenção, a proximida<strong>de</strong> à Se<strong>de</strong> do Concelho e a boa acessibilida<strong>de</strong><br />

ao IP6, vêm ao encontro das necessida<strong>de</strong>s e expectativas municipais, viabilizando três gran<strong>de</strong>s objectivos<br />

fundamentais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que se preten<strong>de</strong>m implementar:<br />

I - Estimular o surgimento <strong>de</strong> uma base industrial local tirando partido das acessibilida<strong>de</strong>s, facilitando a<br />

instalação <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> iniciativa local ou exterior;<br />

II - Dinamizar o aproveitamento das potencialida<strong>de</strong>s lúdicas e turísticas da área <strong>de</strong> intervenção, que se<br />

po<strong>de</strong>m enquadrar em tipos diferentes <strong>de</strong> oferta turística, nomeadamente: o turismo <strong>de</strong> repouso e<br />

estadia em pequenas e médias unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e em estreita ligação com a envolvente natural,<br />

promovendo o turismo <strong>de</strong> al<strong>de</strong>ia e turismo rural; e por fim, as activida<strong>de</strong>s lúdicas ligadas a percursos<br />

terrestres, caça e pesca;<br />

III - Repensar o espaço urbano e programar o seu crescimento através <strong>de</strong> uma estrutura coerente,<br />

<strong>de</strong>vidamente dimensionado e a<strong>de</strong>quado ao suporte físico e às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Desta forma, e para viabilizar estes objectivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento é importante criar um aglomerado<br />

apetecível, infraestruturá-lo a<strong>de</strong>quadamente por forma a assumir uma força polarizadora e possuir uma área<br />

<strong>de</strong> influência que abranja se possível, parte da região envolvente. Paralelamente, é da maior importância<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento turístico e melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana da população local, a recuperação<br />

e manutenção do património edificado do aglomerado e a valorização dos espaços exteriores.<br />

3.2 - OBJECTIVOS ESPECÍFICOS E ACÇÕES PROGRAMÁTICAS<br />

Os objectivos específicos e as acções programáticas preconizam uma maior aproximação à escala <strong>de</strong><br />

intervenção municipal, concorrendo para a concretização dos gran<strong>de</strong>s objectivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento/<br />

/or<strong>de</strong>namento para a Área <strong>de</strong> Intervenção.<br />

Os objectivos específicos estão apoiados em acções programáticas que correspon<strong>de</strong>m a um conjunto <strong>de</strong><br />

opções essenciais para apoiar uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico e social e <strong>de</strong>finir os princípios e<br />

regras para o uso e transformação do solo.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 11


Plural<br />

i) Racionalizar e programar o crescimento urbano e requalificar a estrutura funcional:<br />

- equacionar o perímetro urbano do <strong>Pego</strong>, estabelecido pelo PDM, a<strong>de</strong>quando-o a uma escala <strong>de</strong><br />

maior <strong>de</strong>talhe, constituindo um elemento <strong>de</strong> controle eficaz da expansão;<br />

- equacionar os indicadores urbanísticos <strong>de</strong>finidos pelo PDM, a<strong>de</strong>quando-os convenientemente às<br />

necessida<strong>de</strong>s e características da proprieda<strong>de</strong>, preconizando um crescimento equilibrado e uma<br />

ligação perfeita entre os diversos espaços urbanizados do aglomerado;<br />

- promover a reabilitação e reocupação do parque edificado existente, evitando operações sem critério,<br />

quer em termos <strong>de</strong> volumetrias, quer em termos <strong>de</strong> linguagem, estabelecendo-se medidas para as<br />

futuras intervenções;<br />

ii) Definir uma estrutura ver<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>s da população e que contribua para uma<br />

integração harmoniosa nos espaços naturais envolventes:<br />

- salvaguardar os recursos naturais;<br />

- valorizar os espaços exteriores públicos existentes;<br />

- <strong>de</strong>finir novos espaços ver<strong>de</strong>s públicos integrados nas áreas <strong>de</strong> expansão por forma a que assegurem<br />

um "continuum natural";<br />

iii) Prever zonas <strong>de</strong>stinadas a novas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> acordo com a importância e o papel<br />

do aglomerado a nível concelhio e sub-regional:<br />

- criar espaços <strong>de</strong> reserva suficientes para viabilizar intenções futuras;<br />

- localizar convenientemente estes espaços para evitar estrangulamentos e, simultaneamente,<br />

assumirem um papel estruturante nas novas zonas a urbanizar.<br />

iv) Incentivar a implementação <strong>de</strong> empreendimentos turísticos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>:<br />

- <strong>de</strong>finir zonas estrategicamente localizadas e suficientemente abrangentes para permitir a fixação <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e perfeitamente integradas na envolvente;<br />

- <strong>de</strong>finir os indicadores urbanísticos e características <strong>de</strong> ocupação que contribuam para a qualificação<br />

dos empreendimentos;<br />

- promover e incentivar a fixação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio ao turismo;<br />

- <strong>de</strong>finir percursos <strong>de</strong> interesse nas vertentes: pedonal, equestre e bicicleta;<br />

- promover a "venda do produto local", a investidores e operadores turísticos, como sejam, as<br />

condições naturais e o património construído;<br />

- divulgar a gastronomia e artesanato local.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 12


Plural<br />

v) Preservar, recuperar e proteger o património cultural existente:<br />

- i<strong>de</strong>ntificar os imóveis e conjuntos com interesse e sinalizá-los convenientemente;<br />

- <strong>de</strong>finir as regras <strong>de</strong> intervenção para esses imóveis e sua envolvente;<br />

- realização das obras necessárias ao seu bom estado <strong>de</strong> conservação;<br />

- cuidar a<strong>de</strong>quadamente dos espaços envolventes;<br />

- integrar estes imóveis nos circuitos locais e turísticos do Concelho;<br />

- i<strong>de</strong>ntificação e divulgação dos valores etnográficos.<br />

vi) Reformular e hierarquizar a re<strong>de</strong> viária, como opção <strong>de</strong> qualificação e funcionalida<strong>de</strong> urbana:<br />

- criar penetrações a partir das vias existentes que estruturem as zonas <strong>de</strong> expansão e contribuam<br />

para a valorização das existentes;<br />

- qualificar a re<strong>de</strong> viária existente com a melhoria dos perfis e pavimentos <strong>de</strong> algumas vias,<br />

estabelecendo novos troços <strong>de</strong> ligação perfeitamente hierarquizados, construindo uma malha viária<br />

legível;<br />

- estudo <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> tráfego e sinalização, com a passagem <strong>de</strong> algumas ruas a sentido único;<br />

- <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> espaços para estacionamento, nas novas vias a construir e, sempre que possível, junto<br />

às existentes.<br />

vii) Definir Unida<strong>de</strong>s Operativas <strong>de</strong> Planeamento e Gestão (UOPG´s) que correspondam à elaboração<br />

<strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Pormenor e que visam <strong>de</strong>senhar novas áreas e estruturar outras, <strong>de</strong>talhando e<br />

concretizando as disposições relativas à estrutura urbana e ao uso do solo <strong>de</strong>finidas no Plano <strong>de</strong><br />

Urbanização.<br />

viii) Avaliar as incompatibilida<strong>de</strong>s da proposta <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento resultante dos objectivos e acções<br />

programáticas com a RAN e a REN:<br />

- proce<strong>de</strong>r aos contactos necessários com as respectivas entida<strong>de</strong>s, para pedir a exclusão das zonas<br />

consi<strong>de</strong>radas fundamentais, procurando uma situação <strong>de</strong> consenso.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 13


3.3 - ZONAMENTO<br />

Plural<br />

A Área <strong>de</strong> Intervenção do Plano <strong>de</strong> Urbanização abrange a totalida<strong>de</strong> dos Espaços Urbanos e Urbanizáveis,<br />

<strong>de</strong>finidos no PDM. O plano divi<strong>de</strong> a área <strong>de</strong> intervenção em zonas a que correspon<strong>de</strong>m diversas tipologias<br />

<strong>de</strong> ocupação existentes ou pretendidas para o <strong>de</strong>senvolvimento futuro do aglomerado e, <strong>de</strong>fine para cada<br />

uma, regras urbanísticas, índices e parâmetros <strong>de</strong> dimensionamento e uso do solo.<br />

3.3.1 - DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO URBANO<br />

O Perímetro Urbano funciona como um elemento <strong>de</strong> contenção, evitando uma excessiva disseminação da<br />

ocupação humana que, por vezes, coli<strong>de</strong> nocivamente com os valores naturais.<br />

O Perímetro Urbano do <strong>Pego</strong>, <strong>de</strong>finido pelo PDM, foi ampliado da Planta do PDM - Delimitação do Perímetro<br />

Urbano, à escala 1:10000 para a escala 1:5000 e, analisado em função do seu traçado, com maior rigor, na<br />

base cartográfica em formato digital, tendo-se optado por fazer alguns ajustes (Figura I).<br />

As alterações ao traçado <strong>de</strong>finido pelo PDM pren<strong>de</strong>m-se essencialmente, com o cadastro, com edificado ou<br />

equipamentos existentes, e ainda, com propostas viárias.<br />

A inclusão da área <strong>de</strong> equipamento relativa ao cemitério e respectiva área <strong>de</strong> expansão foi a condicionante<br />

para o aumento do perímetro na zona su<strong>de</strong>ste do <strong>Pego</strong>, não se encontrando justificação para que este<br />

equipamento não esteja integrado no mesmo. Assim, a sua ampliação fica facilitada uma vez que a<br />

construção estará prevista, ao contrário do que suce<strong>de</strong> actualmente, estando fora do perímetro urbano. A<br />

nascente <strong>de</strong>sta zona, propõe-se um alargamento na faixa a urbanizar ao longo da E.N. 118 e da Circular<br />

proposta, para que se constitua uma área coerente, com alguma profundida<strong>de</strong>, por forma a permitir que as<br />

acessibilida<strong>de</strong>s se façam <strong>de</strong> outra forma que não seja directamente a partir da nova via, aproveitando<br />

simultaneamente, as boas cotas do terreno<br />

O edificado existente tem a ver, concretamente, com uma zona na entrada poente do <strong>Pego</strong>, <strong>de</strong> utilização<br />

industrial/oficinal e ainda comercial. Esta opção <strong>de</strong>corre da política <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento que se tem vindo a<br />

seguir, <strong>de</strong> incluir nos perímetros urbanos as áreas oficinais/industriais contíguas aos aglomerados.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 14


Plural<br />

A sudoeste o aumento é consubstanciado pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma via circular ao <strong>Pego</strong>, por<br />

forma a facilitar o trânsito <strong>de</strong> passagem. Embora, actualmente, o tráfego tenha diminuído graças à abertura<br />

do nó do IP6, em Mouriscas, é sempre <strong>de</strong>sagradável a sua passagem, dado que, por vezes, as velocida<strong>de</strong>s<br />

são algo excessivas, pondo em risco os transeuntes.<br />

Importa ainda referir que em termos <strong>de</strong> Reservas Agrícola e Ecológica, foi opção interferir o menos possível<br />

com as mesmas, pelo que a sobreposição só existia entre a RAN e o zonamento proposto. Esta<br />

sobreposição <strong>de</strong>corria, por um lado, das dificulda<strong>de</strong>s encontradas no terreno para a <strong>de</strong>finição do traçado da<br />

Circular, por outro, as pequenas manchas a norte da EN118 <strong>de</strong>stinavam-se a regularizar a proposta <strong>de</strong><br />

perímetro urbano e, simultaneamente, as Zonas afectadas. Importa ainda referir que esta área não apresenta<br />

características agrícolas, localizando-se na continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma área urbanizável, com potencialida<strong>de</strong>s para<br />

a construção. Assim, foi necessário proce<strong>de</strong>r ao pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação <strong>de</strong>sta Reserva, <strong>de</strong> todas as áreas<br />

do zonamento que a sobrepunham, a qual foi concedida.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 15


Plural<br />

Figura I - Delimitação do Perímetro Urbano (Alterações ao traçado <strong>de</strong>finido pelo PDM em vigor)<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 16


3.3.2 - ZONAMENTO<br />

Plural<br />

Para respon<strong>de</strong>r às tendências observadas e às necessida<strong>de</strong>s sentidas, optou-se por fazer um zonamento<br />

que se irá reflectir nos usos do solo e numa normativa <strong>de</strong> base morfológica que recorre a indicadores<br />

facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis como cérceas, alinhamentos, tipologias, áreas mínimas, índices <strong>de</strong> implantação e<br />

construção, etc., e numa previsão <strong>de</strong> realizações ao longo do período <strong>de</strong> vigência do Plano.<br />

Para a melhor concretização dos objectivos estratégicos, o espaço urbano foi sujeito a um zonamento, cujo<br />

suporte foram o conhecimento do local, os estudos <strong>de</strong> caracterização, as infraestruturas existentes, as<br />

tendências <strong>de</strong> crescimento, as expectativas e a análise dos estrangulamentos dos últimos anos. Este<br />

zonamento é então, constituído pelas seguintes zonas:<br />

- Zona Consolidada<br />

- Zona <strong>de</strong> Preenchimento<br />

- Zona <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Média Densida<strong>de</strong><br />

- Zona <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong><br />

- Zona <strong>de</strong> Equipamento Existente<br />

- Zona <strong>de</strong> Reserva para Equipamento<br />

- Zona Turística Existente<br />

- Zona Turística Proposta<br />

- Zona Industrial<br />

- Zona Ver<strong>de</strong> Urbana<br />

- Zona Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> Protecção<br />

Este zonamento preconiza uma organização espacial que estabeleça uma gradação <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, diluindo<br />

a ocupação do território <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o centro, com maiores <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, até ao limite do perímetro, que<br />

correspon<strong>de</strong> a menores <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s e ao predomínio <strong>de</strong> espaços naturalizados.<br />

3.3.2.1 - Zona Consolidada<br />

São zonas on<strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção se limita, na generalida<strong>de</strong>, a operações <strong>de</strong> renovação, quer ao<br />

nível do edificado, quer <strong>de</strong> conjuntos urbanos, ou a obras <strong>de</strong> conservação e beneficiação. Estão relacionados<br />

com os espaços, outrora centrais e mais antigos, preten<strong>de</strong>ndo-se a sua valorização e preservação. Po<strong>de</strong>m<br />

ainda correspon<strong>de</strong>r a situações menos antigas, mas que constituem um tecido urbano coeso. De um modo<br />

geral, apresentam um estado <strong>de</strong> conservação predominantemente regular, existindo funções significativas ao<br />

nível comercial e <strong>de</strong> serviços. Genericamente, foram assinaladas como zonas consolidadas a maior parte<br />

das zonas edificadas da área <strong>de</strong> intervenção.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 17


Plural<br />

As preocupações vão no sentido <strong>de</strong> alguma colmatação e manutenção das características <strong>de</strong> ocupação, e<br />

preservação do património edificado.<br />

Nas Zonas Consolidadas serão permitidos 2 pisos como volumetria máxima. Recomenda-se, no entanto, a<br />

preservação das características do edificado e o respeito pela cércea dominante. Privilegiam-se as<br />

intervenções <strong>de</strong> recuperação em vez <strong>de</strong> novas construções, a correcção das dissonâncias e o respeito pela<br />

traça dos edifícios com interesse arquitectónico.<br />

Sugere-se ainda a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitar alguns edifícios <strong>de</strong> arquitectura civil <strong>de</strong> feição popular e erudita<br />

para fins turísticos e culturais.<br />

A promoção da activida<strong>de</strong> comercial e da instalação <strong>de</strong> serviços, sem nunca negligenciar o uso habitacional,<br />

são também objectivos para esta zona.<br />

As tipologias habitacionais são a unifamiliar e a colectiva, sendo as tipologias <strong>de</strong> construção, edifícios<br />

isolados, geminados ou em banda.<br />

3.3.2.2 - Zonas <strong>de</strong> Preenchimento<br />

Os usos propostos para estas zonas são habitação, comércio, serviços e equipamentos. O tipo <strong>de</strong> ocupação<br />

previsto é preferencialmente, <strong>de</strong> edifícios em banda que permitem a implantação <strong>de</strong> comércio/serviços no<br />

piso térreo, e habitação no primeiro piso, ou, eventualmente <strong>de</strong> moradias unifamiliares em banda, geminadas<br />

ou isoladas. Estas zonas abrangem as situações em que se verifica a existência <strong>de</strong> edificações, <strong>de</strong>ixando<br />

diversos espaços intersticiais livres ou, nos casos <strong>de</strong> zonas a urbanizar, que se encontrem entre zonas<br />

consolidadas e zonas <strong>de</strong> equipamentos. Constituem áreas privilegiadas <strong>de</strong> expansão e consolidação<br />

habitacional e económica, fazendo a ligação com equipamentos estruturantes já existentes.<br />

As novas construções <strong>de</strong>verão integrar-se harmoniosamente no tecido urbano existente, procurando<br />

respeitar alinhamentos e cérceas. São zonas consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> intervenção prioritária.<br />

Preten<strong>de</strong>-se a manutenção <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong>safogado dos arruamentos e o acompanhamento com espaços<br />

ver<strong>de</strong>s e estacionamento.<br />

Nas Zonas <strong>de</strong> Preenchimento, o número máximo <strong>de</strong> pisos correspon<strong>de</strong> a r/c+1.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 18


3.3.2.3 - Zonas <strong>de</strong> Expansão<br />

Plural<br />

São zonas pouco urbanizadas que constituem áreas <strong>de</strong> expansão e que po<strong>de</strong>rão assumir diferentes<br />

expressões consoante a sua localização, características e envolvente.<br />

Preten<strong>de</strong>-se, <strong>de</strong>sta forma, criar espaços <strong>de</strong> transição e, ao mesmo tempo, combater a <strong>de</strong>nsificação da<br />

ocupação, em contínuo, ao longo das estradas que se encontram fora do centro urbano.<br />

Zona <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Média Densida<strong>de</strong><br />

São zonas <strong>de</strong> expansão que, pelas suas características, envolvência e/ou proximida<strong>de</strong>, têm apetência e<br />

potencialida<strong>de</strong>s para uma ocupação por edifícios isolados, geminados ou em banda, com um máximo <strong>de</strong><br />

dois pisos. Estes edifícios <strong>de</strong>verão ser predominantemente <strong>de</strong> tipologia unifamiliar, prevendo-se, contudo, a<br />

construção <strong>de</strong> tipologias <strong>de</strong> habitação colectiva <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (4 ou 6 fogos por edifício). Para além da<br />

habitação, são permitidos usos como comércio, serviços e equipamentos.<br />

Zona <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong><br />

As zonas <strong>de</strong> Expansão <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong> surgem na sequência das anteriores e localizam-se na periferia<br />

do aglomerado ou em estreita ligação, com as principais zonas da estrutura ver<strong>de</strong> principal. Os indicadores<br />

<strong>de</strong>finidos preten<strong>de</strong>m salvaguardar a boa qualida<strong>de</strong> do solo, valorizando uma estrutura ver<strong>de</strong> privada. Para<br />

tal, <strong>de</strong>fine-se uma percentagem máxima <strong>de</strong> impermeabilização <strong>de</strong> 50%. A habitação unifamiliar é a tipologia<br />

permitida e o número máximo <strong>de</strong> pisos é 2.<br />

3.3.2.4 - Zonas <strong>de</strong> Equipamento<br />

As zonas <strong>de</strong> equipamentos colectivos correspon<strong>de</strong>m a todos os espaços ou edifícios on<strong>de</strong> se prestam ou<br />

po<strong>de</strong>rão prestar serviços públicos <strong>de</strong> carácter social, administrativo ou económico, ou ainda, on<strong>de</strong> se<br />

praticam activida<strong>de</strong>s culturais, <strong>de</strong>sportivas ou <strong>de</strong> recreio e lazer.<br />

A sua localização pren<strong>de</strong>-se não só com uma opção <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do espaço, como também, com a pré-<br />

<strong>de</strong>finição da natureza dos equipamentos a implementar, embora estes não se encontrem nomeados na<br />

Planta <strong>de</strong> Zonamento, uma vez que não será <strong>de</strong>sejável um carácter <strong>de</strong>masiado vinculativo do equipamento<br />

atribuído a cada zona.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 19


Plural<br />

As zonas subdivi<strong>de</strong>m-se em Zonas <strong>de</strong> Equipamento Existente e Zonas <strong>de</strong> Reserva para Equipamento,<br />

consoante a sua vocação (Figura II).<br />

Zona <strong>de</strong> Equipamento Existente<br />

Na Planta <strong>de</strong> Zonamento, foram assinaladas as zonas <strong>de</strong> equipamentos existentes, com expressão à escala<br />

do Plano. Estes equipamentos estão essencialmente ligados ao ensino, <strong>de</strong>sporto, saú<strong>de</strong>, cultura e religião.<br />

Zona <strong>de</strong> Equipamento Proposto<br />

Aten<strong>de</strong>ndo às intervenções e projectos existentes, bem como à área abrangida pelo perímetro urbano, às<br />

áreas a urbanizar propostas e às características/potencialida<strong>de</strong>s locais, houve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir<br />

zonas para novos equipamentos ou ampliação dos existentes, capazes <strong>de</strong> absorver futuras necessida<strong>de</strong>s em<br />

investimentos que possam surgir durante a vigência do Plano.<br />

Os novos equipamentos a implementar serão <strong>de</strong> natureza cultural, recreativa ou social.<br />

A localização <strong>de</strong>stas zonas pren<strong>de</strong>-se essencialmente com opções <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do espaço, sendo<br />

qualquer das zonas <strong>de</strong>finidas, dotada <strong>de</strong> boas acessibilida<strong>de</strong>s e fácil ligação ao actual centro do aglomerado.<br />

3.3.2.5 - Zonas Turísticas<br />

A localização geográfica e as suas características físicas/naturais, conferem ao Concelho um conjunto <strong>de</strong><br />

potencialida<strong>de</strong>s no sector turístico. O rio, a paisagem e o património construído reúnem-se para tornar<br />

<strong>Abrantes</strong> num Concelho com potencialida<strong>de</strong>s turístico-recreativas que ainda não foram <strong>de</strong>vidamente<br />

exploradas e enquadradas.<br />

O turismo direccionado para a natureza e <strong>de</strong>scoberta do património, é hoje em dia, um dos principais alvos<br />

dos operadores turísticos e da procura do consumidor. Esta região tem diversas potencialida<strong>de</strong>s para a<br />

implementação <strong>de</strong> percursos e activida<strong>de</strong>s terrestres e repouso (cicloturismo, equitação, passeios <strong>de</strong> jipe,<br />

etc.).<br />

Na área <strong>de</strong> intervenção existe pouca oferta turística, pelo que se enten<strong>de</strong>u benéfico criar outra área<br />

<strong>de</strong>vidamente localizada que possa vir a acolher mais iniciativas nesta matéria, dirigindo-se para uma<br />

promoção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

As zonas subdivi<strong>de</strong>m-se em Zona Turística Existente e Zona Turística Proposta.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 20


Zona Turística Existente<br />

Plural<br />

Na Planta <strong>de</strong> Zonamento, foi i<strong>de</strong>ntificada a área <strong>de</strong> utilização turística existente correspon<strong>de</strong>nte a uma<br />

pequena unida<strong>de</strong> hoteleira, sendo-lhe acrescida uma área para expansão, no sentido <strong>de</strong> aí serem<br />

implantados equipamentos <strong>de</strong> apoio que a entida<strong>de</strong> gestora consi<strong>de</strong>re necessários.<br />

Zona Turística Proposta<br />

A zona turística <strong>de</strong>finida <strong>de</strong>stina-se à implantação <strong>de</strong> equipamentos turísticos integrados na estrutura urbana<br />

e na paisagem envolvente, respeitando os objectivos fundamentais <strong>de</strong>finidos para o conjunto do Espaço<br />

Urbano e, simultaneamente, contribuindo para a qualificação <strong>de</strong> alguns espaços.<br />

A sua localização pren<strong>de</strong>-se, essencialmente, com uma opção <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do espaço, sendo dotada <strong>de</strong><br />

boas acessibilida<strong>de</strong>s e fácil ligação ao actual centro do aglomerado.<br />

O tipo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s permitidas a implantar <strong>de</strong>verão estar enquadradas na legislação em vigor.<br />

3.3.2.6 - Zona Industrial<br />

O perímetro urbano do <strong>Pego</strong>, tal como <strong>de</strong>finido no PDM em vigor, não integra áreas <strong>de</strong> carácter<br />

exclusivamente oficinal/industrial. No entanto, existem edificações, numa área contígua, cujas utilizações<br />

permitem <strong>de</strong>finir uma zona <strong>de</strong>ste tipo.<br />

Assim, serão abrangidos por esta, uma indústria <strong>de</strong> lacticíneos, um parque <strong>de</strong> sucata e duas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

comércio.<br />

A zona <strong>de</strong>limitada correspon<strong>de</strong> a uma faixa <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> relativamente constante, ocasionando a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedir a <strong>de</strong>safectação da RAN, uma vez que sobrepõe esta Reserva em algumas áreas.<br />

Relativamente ao parque <strong>de</strong> sucata, sugere-se a sua relocalização, uma vez que contribui para a<br />

<strong>de</strong>svalorização do aglomerado por parte <strong>de</strong> quem chega ao <strong>Pego</strong> pelo lado poente (<strong>Abrantes</strong>).<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 21


3.3.2.7 - Zonas Ver<strong>de</strong>s<br />

Plural<br />

Os principais pressupostos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento biofísico e valorização paisagística, <strong>de</strong> extrema importância para<br />

uma correcta salvaguarda dos valores naturais ocorrentes no território abrangido pelo presente Plano <strong>de</strong><br />

Urbanização, apontam-se nesta fase <strong>de</strong> proposta preliminar e serão numa fase posterior, alvo <strong>de</strong> estudo<br />

mais <strong>de</strong>talhado e regulamentação a<strong>de</strong>quada.<br />

A estratégia <strong>de</strong> “contínuo natural” a implantar traduz-se, objectivamente, numa forma estrutural que se <strong>de</strong>fine<br />

pela sucessão <strong>de</strong> espaços ver<strong>de</strong>s que percorrem e vivificam a malha urbana, garantindo a penetração da<br />

estrutura ver<strong>de</strong> envolvente na zona urbanizada. As linhas <strong>de</strong> água e encostas que <strong>de</strong>limitam a área <strong>de</strong><br />

intervenção assumem extrema importância no prolongamento e introdução da referida estrutura ver<strong>de</strong>, que<br />

partindo <strong>de</strong> uma tipologia ver<strong>de</strong> muito naturalizada vai progressivamente assumindo outras tipologias mais<br />

urbanas e humanizadas, em espaços ver<strong>de</strong>s individualizados, <strong>de</strong>limitados e regulamentados conforme as<br />

sua integração e função pretendida <strong>de</strong>ntro da malha urbana.<br />

A estruturação dos espaços exteriores <strong>de</strong>verá atribuir aspectos <strong>de</strong> melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida urbana;<br />

pela hierarquização, dignificação; preservação, valorização ambiental, paisagística e cultural; <strong>de</strong>finindo e<br />

atribuindo usos preferenciais para cada espaço ver<strong>de</strong>, tendo em atenção as necessida<strong>de</strong>s da população bem<br />

como as condicionantes e compromissos das entida<strong>de</strong>s administrativas.<br />

Especial atenção é dada a alterações relacionadas com o uso do solo que respon<strong>de</strong>m a novas necessida<strong>de</strong>s<br />

culturais, recreativas ou habitacionais, <strong>de</strong> forma a que a transformação dos espaços actualmente ver<strong>de</strong>s<br />

garanta a salvaguarda <strong>de</strong> uma estrutura ver<strong>de</strong>, integrada numa paisagem urbana requalificada, mantendo<br />

quando possível características naturais inerentes.<br />

As referidas zonas <strong>de</strong> encostas <strong>de</strong>clivosas e linhas <strong>de</strong> água são então elementos extremamente importantes<br />

na estruturação do aglomerado do <strong>Pego</strong>, que <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>vidamente preservados e valorizados<br />

biofisicamente, não só pela <strong>de</strong>finição do contínuo natural como também para garantir o controlo <strong>de</strong> acções<br />

<strong>de</strong> erosão e escoamento superficial <strong>de</strong> água pluviais, contribuindo assim para o equilíbrio ecológico e a<br />

criação <strong>de</strong> habitats importantes na biodiversida<strong>de</strong> local, sendo para tal, essencial a preservação <strong>de</strong><br />

vegetação relevante estabelecida.<br />

É importante manter e reforçar uma relação da área <strong>de</strong> intervenção com os espaços envolventes também<br />

através da preservação <strong>de</strong> amplas vistas panorâmicas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a área do Plano para a sua envolvente e vice-<br />

versa.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 22


Plural<br />

A estrutura paisagística urbana é normalmente entendida em níveis estruturais on<strong>de</strong> os espaços exteriores<br />

são vistos e concebidos como parte <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> coerente e funcional, numa perspectiva <strong>de</strong> solução <strong>de</strong><br />

valorização, assente numa i<strong>de</strong>ia global integrada na estrutura ver<strong>de</strong> que seguidamente se <strong>de</strong>screve aplicada<br />

à especificida<strong>de</strong> do presente caso:<br />

- Estrutura Ver<strong>de</strong> Primária - constituída pelos espaços exteriores <strong>de</strong> maior dimensão, valor ambiental e<br />

aptidão paisagística, expressa-se por um conjunto <strong>de</strong> terrenos <strong>de</strong> encostas, linhas <strong>de</strong> água e situações<br />

<strong>de</strong> franja urbana que actuam como espaço <strong>de</strong> transição para a envolvente, como protecção do sistema<br />

<strong>de</strong> valor biológico e fisiográfico, estruturante da paisagem e pretendido como um corredor ecológico.<br />

- Estrutura Ver<strong>de</strong> Secundária - inclui os espaços ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> menor dimensão que os anteriores e mais<br />

agarrados ao tecido construído; proporcionam diversos usos e funções consoante as características dos<br />

espaços adjacentes em causa. Engloba zonas ajardinadas, pracetas, largos, zonas <strong>de</strong> enquadramento<br />

e também todos os logradouros privados. Estes espaços por vezes dispersos, contribuem para a<br />

diversificação do mosaico urbano como factor <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> edificada.<br />

- Ligações e Alinhamentos - com efeito <strong>de</strong>terminante no melhoramento da qualida<strong>de</strong> urbana e <strong>de</strong> espaços<br />

qualificados para fluxos <strong>de</strong> circulação, correspon<strong>de</strong> a uma forma <strong>de</strong> ligação dos dois tipos <strong>de</strong> estruturas<br />

ver<strong>de</strong>s atrás referidas, dando coerência a um contínuo natural e cultural que através <strong>de</strong> alinhamentos<br />

arbóreos percorre e vivifica o tecido urbano, proporcionando zonas <strong>de</strong> ensombramento e funções <strong>de</strong><br />

orientação direccional.<br />

Com base na análise <strong>de</strong> caracterização, valoriza-se a estrutura ver<strong>de</strong> existente, dando-lhe tanto ênfase<br />

quanto possível e re<strong>de</strong>fine-se todo um sistema integrado numa nova estrutura ver<strong>de</strong> que será composto por<br />

espaços organizados e hierarquizados que consi<strong>de</strong>rem a presença da vegetação como elemento <strong>de</strong><br />

composição, diversida<strong>de</strong> e activação biofísica <strong>de</strong>ntro do espaço urbano, traduzindo imagens especificas <strong>de</strong><br />

cada situação e procurando assegurar um contínuo natural vivificador do funcionamento ecológico.<br />

Obe<strong>de</strong>cendo ao plano <strong>de</strong> estrutura ver<strong>de</strong> (estrutura primária, estrutura secundária, ligações e alinhamentos)<br />

<strong>de</strong>finem-se diversas tipologias <strong>de</strong> espaços exteriores, que se regem por princípios <strong>de</strong> manutenção, tipos <strong>de</strong><br />

uso e ocupação do solo, tempo <strong>de</strong> estabilização, relevo e valorização da paisagem, <strong>de</strong> forma a criar uma<br />

ferramenta <strong>de</strong> regulamentação para que todos os espaços sejam correctamente planeados, executados e<br />

geridos.<br />

São privilegiadas as utilizações polivalentes para os espaços exteriores <strong>de</strong> uso público, integrando os<br />

elementos naturais (vegetação relevante, linhas <strong>de</strong> água, relevo) e culturais (moinho, eiras, poços, fontes e<br />

bebedouros) existentes e dignificando-os <strong>de</strong> modo a que as memórias da área possam ser conservadas e<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 23


Plural<br />

valorizadas, oferecendo condições <strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong> à população e visitantes. A sinalética e mobiliário urbano<br />

<strong>de</strong>verão ser um elemento <strong>de</strong> coesão que revele uma unida<strong>de</strong> e ligação <strong>de</strong> todos os espaços públicos.<br />

Importa referir que as diversas manchas <strong>de</strong> sobro existentes no perímetro urbano proposto, bem como os<br />

vários alinhamentos <strong>de</strong> sobreiros, ou mesmo os espécimes isolados, consi<strong>de</strong>ram-se parte integrante da<br />

estrutura ver<strong>de</strong> proposta, pelo que qualquer intervenção, quer em termos <strong>de</strong> loteamentos ou apenas<br />

edificações, <strong>de</strong>verá ter em consi<strong>de</strong>ração a conservação <strong>de</strong>stes importantes elementos.<br />

Neste âmbito, as diversas zonas ver<strong>de</strong>s encontram-se cartografadas em <strong>de</strong>senho próprio (planta <strong>de</strong><br />

zonamento) e a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada tipologia é efectuada seguidamente:<br />

Zonas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> protecção<br />

As zonas limítrofes da área do Plano, são espaços que por vezes se caracterizam por encostas acentuadas<br />

e linhas <strong>de</strong> água encaixadas, sujeitas a influências das condições hidrográficas, e que por serem alvo <strong>de</strong><br />

riscos ambientais, <strong>de</strong>vem ser tratados com especial atenção e favorecidas condições a<strong>de</strong>quadas à estadia e<br />

fruição do contacto visual com a zona envolvente. Também as zonas mais planas em localização limítrofe<br />

<strong>de</strong>verão ser zonas essencialmente ver<strong>de</strong>s ou edificadas <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, visto serem zonas <strong>de</strong><br />

plataforma elevada, dominantes sobre a paisagem, que não só facultam amplas vistas panorâmicas sobre a<br />

envolvente do Plano, como também seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e negativo impacto paisagístico a presença <strong>de</strong><br />

volumetrias edificadas muito <strong>de</strong>nsas, localizadas nestas linhas <strong>de</strong> transição fisiográfica.<br />

Uma outra situação <strong>de</strong> zona ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> protecção correspon<strong>de</strong> a uma faixa <strong>de</strong> 10 m ao longo da via Circular<br />

proposta, que po<strong>de</strong>rá integrar uma via distribuidora <strong>de</strong> sentido único, por forma a garantir a acessibilida<strong>de</strong> às<br />

zonas que lhe são contíguas. Nestas situações, o perfil transversal <strong>de</strong>ve garantir a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> arbórea em<br />

pelo menos 50% do mesmo (5 m), <strong>de</strong>stinando-se a área restante à faixa <strong>de</strong> rodagem.<br />

Zonas ver<strong>de</strong>s urbanas<br />

A existência <strong>de</strong> espaços não edificados nas áreas <strong>de</strong> expansão urbana, apresentam gran<strong>de</strong> potencial para<br />

contribuir para a melhoria da qualida<strong>de</strong> urbana e paisagística, privilegiando a criação <strong>de</strong> novos espaços<br />

ver<strong>de</strong>s públicos. Nas zonas ver<strong>de</strong>s propostas, incluindo as existentes, <strong>de</strong>verão ser garantidos vários<br />

elementos polarizadores da paisagem urbana (miradouros, jardins, praças, elementos alusivos a activida<strong>de</strong>s<br />

agrícolas tradicionais, zonas <strong>de</strong> exuberante vegetação, parque infantil, etc.), que ofereçam facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

estadia, encontro e recreio.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 24


Plural<br />

Privilegiam-se também situações <strong>de</strong> consolidação e preenchimento <strong>de</strong> pequenos espaços ainda livres<br />

integrados na malha urbana já consolidada, para novos espaços exteriores <strong>de</strong> uso público, que criem<br />

situações microclimáticas, <strong>de</strong> valor estético, recreativo e simultaneamente valorização da malha urbana.<br />

Estes espaços inserem-se em zonas <strong>de</strong> forte centralida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> urbana, contribuindo para a<br />

<strong>de</strong>scompressão dos fluxos urbanos, pelo que po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> zonas essencialmente pavimentadas com<br />

forte presença <strong>de</strong> elementos arbóreos a zonas totalmente ocupadas por coberto vegetal, criando situações<br />

microclimáticas <strong>de</strong> valor estético e valorização da malha urbana.<br />

Mais ou menos equipadas, ou sem qualquer equipamento, estas zonas são fundamentais na valorização da<br />

vivência nos espaços públicos, respon<strong>de</strong>ndo a necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer e recreio dos vários estratos etários da<br />

população.<br />

Ainda no âmbito das zonas essencialmente pavimentadas, po<strong>de</strong>m incluir-se as situações <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>stinadas a estacionamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam fortemente complementadas com elementos arbóreos.<br />

Alinhamentos arbóreos<br />

Os novos eixos viários a criar oferecem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> alinhamentos arbóreos que<br />

consolidam a estrutura ver<strong>de</strong>, ligam pequenos espaços públicos integrados na malha urbana mais <strong>de</strong>nsa e<br />

servem como orientadores direccionais e <strong>de</strong> hierarquia da estrutura viária. Devem ser implementados<br />

sempre que possível mesmo que não estejam marcados no presente plano.<br />

O conjunto <strong>de</strong> zonas ver<strong>de</strong>s privadas integradas na malha urbana fazem também parte da estrutura ver<strong>de</strong>,<br />

embora sejam regulamentadas como parte integrante das manchas <strong>de</strong> zonamento referentes às zonas<br />

edificadas. As zonas <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> apresentam especial importância na consolidação da<br />

estrutura ver<strong>de</strong>.<br />

Preten<strong>de</strong>-se assim que esta Estrutura Ver<strong>de</strong> seja a base <strong>de</strong> critérios da requalificação e do tratamento dos<br />

espaços públicos e privados integrados na malha urbana, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r uma lógica <strong>de</strong> contínuos<br />

ver<strong>de</strong>s que, especialmente nas zonas <strong>de</strong> expansão, traduzirá uma imagem <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> urbana.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 25


Figura II - Equipamentos existentes e propostos<br />

Plural<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 26


Plural<br />

4 - UNIDADES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO<br />

Para a melhor concretização e mais correcta implementação do Plano seleccionaram-se da área <strong>de</strong><br />

intervenção algumas zonas, para as quais se propõe a realização <strong>de</strong> estudos mais <strong>de</strong>talhados, sem prejuízo<br />

da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> outras áreas a longo prazo.<br />

Estas UOPG's <strong>de</strong>verão fornecer indicadores mais pormenorizados e <strong>de</strong>finir a implantação e imagem<br />

pretendidas para as áreas assinaladas, permitindo ao município a criação <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> gestão<br />

urbanística por unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> território.<br />

São então propostas duas UOPG's que <strong>de</strong>verão correspon<strong>de</strong>r a Planos <strong>de</strong> Pormenor:<br />

- UOPG 1 - Zona <strong>de</strong> Expansão Noroeste<br />

- UOPG 2 - Zona <strong>de</strong> Expansão Su<strong>de</strong>ste<br />

PP da Zona <strong>de</strong> Expansão Noroeste<br />

A realização <strong>de</strong>ste plano <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar a criação <strong>de</strong> uma zona central, cujas tipologias <strong>de</strong>verão<br />

contemplar comércio/serviços e habitação, diminuindo-se a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> no sentido do perímetro urbano.<br />

É uma área que tem alguma ocupação linear contígua aos arruamentos existentes. A área <strong>de</strong> intervenção<br />

integra uma reserva para equipamento, no sentido <strong>de</strong> satisfazer futuras necessida<strong>de</strong>s e, algumas zonas<br />

ver<strong>de</strong>s.<br />

Esta zona <strong>de</strong>verá integrar unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> classificadas em Turismo Rural ou Turismo <strong>de</strong> Al<strong>de</strong>ia.<br />

Porventura, se o promotor consi<strong>de</strong>rar que os edifícios existentes têm algumas potencialida<strong>de</strong>s para tal,<br />

po<strong>de</strong>rá aí implementar-se uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> Habitação. Esta zona está beneficiada relativamente à<br />

sua localização, uma vez que tem boas acessibilida<strong>de</strong>s.<br />

Este plano <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>finir, edifício a edifício, cérceas, tipologias e usos.<br />

PP da Zona <strong>de</strong> Expansão Su<strong>de</strong>ste<br />

A área objecto <strong>de</strong>ste plano <strong>de</strong>verá visar a concepção da maior parte da área proposta a su<strong>de</strong>ste do<br />

aglomerado, assumindo-se como um espaço relativamente <strong>de</strong>scomprometido. É uma zona que oferece a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar espaços coerentes e pensados <strong>de</strong> raiz como um todo hierarquizado e funcional.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 27


Plural<br />

Esta zona está altamente beneficiada pela sua localização relativamente à EN 118 e à Circular, integrando<br />

alguma ocupação <strong>de</strong> carácter consolidado.<br />

As zonas ver<strong>de</strong>s existentes são maioritariamente <strong>de</strong> protecção, assumindo a maior, a sul do <strong>Pego</strong>, um<br />

carácter complementar da área <strong>de</strong> equipamento contígua. O programa para esta zona ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá<br />

contemplar espaços <strong>de</strong> estadia complementados por percursos pedonais/bicicletas, assumindo um carácter<br />

<strong>de</strong> parque urbano. As estruturas <strong>de</strong> apoio que possam vir a ser implementadas <strong>de</strong>verão ser aligeiradas,<br />

preferencialmente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

A realização <strong>de</strong>ste plano <strong>de</strong>verá contemplar a <strong>de</strong>finição, edifício a edifício, <strong>de</strong> cérceas, tipologias e usos.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 28


Plural<br />

Figura III - Unida<strong>de</strong>s Operativas <strong>de</strong> Planeamento e Gestão (UOPG's)<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 29


5 - VALORES CULTURAIS<br />

Plural<br />

O património cultural, nas suas diferentes componentes, constitui um legado e um marco dos vários povos e<br />

gerações que ocuparam ou passaram por um <strong>de</strong>terminado território. Como tal, representam sempre uma<br />

importante referência na caracterização e or<strong>de</strong>namento <strong>de</strong> qualquer espaço.<br />

Com maior ou menor expressão existe sempre algo, por muito recente ou discreto que seja, que assume, no<br />

contexto e no universo <strong>de</strong> qualquer estudo, um importante papel na valorização e enriquecimento, neste<br />

caso, do aglomerado do <strong>Pego</strong>.<br />

Embora não passe <strong>de</strong> um breve apontamento, há que inventariar e caracterizar os casos mais significativos<br />

do património existente, com vista à sua salvaguarda, valorização e divulgação.<br />

A preservação e valorização <strong>de</strong>sse património passa pela <strong>de</strong>finição precisa das zonas <strong>de</strong> protecção aos<br />

imóveis e suas envolventes construídas, contemplando sempre os pontos <strong>de</strong> vista e percursos <strong>de</strong> chegada<br />

aos imóveis. Por outro lado, o património construído <strong>de</strong>ve ser objecto <strong>de</strong> especial cuidado através <strong>de</strong> acções<br />

<strong>de</strong> recuperação - renovação e arranjos exteriores, nomeadamente, as áreas mais antigas. Devendo ser<br />

incentivada a construção que respeite as tipologias e os materiais tradicionais evitando-se assim, a crescente<br />

<strong>de</strong>scaracterização arquitectónica dos aglomerados.<br />

Uma das medidas mais importantes é, sem dúvida, a sensibilização da população para a importância <strong>de</strong> todo<br />

um espólio móvel e imóvel, que constitui um conjunto <strong>de</strong> memórias e manifestações que nos prece<strong>de</strong>ram. A<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>sempenhar um papel na <strong>de</strong>fesa do património e na construção e preservação<br />

da integrida<strong>de</strong> histórica do seu Concelho, mediante a sensibilização da população e evitando que interesses<br />

especulativos provoquem não só <strong>de</strong>molições e revolvimentos, mas também a construção <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> duvidosa.<br />

No <strong>Pego</strong> não existem imóveis classificados, no entanto, ainda se encontram diversos edifícios, não só <strong>de</strong><br />

arquitectura erudita, mas também <strong>de</strong> feição mais popular, que constituem o património edificado local.<br />

O Plano, na sua versão final, numa <strong>de</strong>signação mais abrangente, classificará as situações com interesse<br />

como valores culturais, subdividindo-os em:<br />

- Imóveis com Interesse<br />

- Outros Elementos com Interesse<br />

- Conjuntos com Interesse<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 30


Plural<br />

Para estes valores culturais serão <strong>de</strong>finidas regras e cuidados <strong>de</strong> intervenção próprios, que integrarão o<br />

Regulamento do Plano.<br />

Torna-se fundamental para a valorização cultural e turística do Concelho, que o património existente, embora<br />

não classificado, seja <strong>de</strong>vidamente sinalizado, divulgado e integrado em circuitos.<br />

Uma das maiores heranças culturais <strong>de</strong> qualquer região é o seu património etnográfico. Este património<br />

reveste-se <strong>de</strong> diferentes formas, e nem sempre tem uma expressão física. A gastronomia, música popular,<br />

trajes, costumes, artesanato, crenças e lendas, são valores extremamente importantes e que se têm vindo a<br />

per<strong>de</strong>r. A sua preservação e divulgação <strong>de</strong>vem constituir uma das priorida<strong>de</strong>s culturais do município,<br />

po<strong>de</strong>ndo inclusivamente, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar-se acções <strong>de</strong> formação nestas áreas.<br />

5.1 - IMÓVEIS COM INTERESSE<br />

Os Imóveis com Interesse, correspon<strong>de</strong>m a “peças” arquitectónicas, qualquer que seja a época <strong>de</strong><br />

construção, que se <strong>de</strong>stacam pela sua qualida<strong>de</strong> e/ou importância. São exemplos <strong>de</strong> arquitectura religiosa<br />

(erudita ou popular) e civil (pública ou privada), que contribuem para a valorização do conjunto urbano em<br />

que se inserem. Uns são <strong>de</strong> feição popular e, outros, <strong>de</strong> feição mais erudita, e estão i<strong>de</strong>ntificados na Planta<br />

<strong>de</strong> Zonamento.<br />

5.2 - OUTROS ELEMENTOS COM INTERESSE<br />

“Outros Elementos com Interesse” correspon<strong>de</strong>m outros imóveis encontrados na área do Plano, <strong>de</strong> cariz<br />

popular ou administrativo, como os cruzeiros, os poços, as eiras, o moinho, que assumem igualmente,<br />

particular importância no âmbito do património local.<br />

5.3 - CONJUNTOS COM INTERESSE<br />

Consi<strong>de</strong>rou-se a categoria <strong>de</strong> “Conjuntos com Interesse” sempre que se verifica uma concentração <strong>de</strong><br />

edifícios e/ou espaços que conservam o traçado, imagem, volumetria, materiais ou outras características<br />

primitivas.<br />

Estes conjuntos estão inseridos em áreas que correspon<strong>de</strong>m ao tecido mais antigo do <strong>Pego</strong>.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 31


6 - INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS<br />

6.1 - INTRODUÇÃO<br />

Plural<br />

Apresenta-se nesta fase a explanação das intervenções propostas, na re<strong>de</strong> viária, no âmbito dos contactos<br />

havidos com a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e a Junta <strong>de</strong> freguesia.<br />

6.2 - INSERÇÃO NA REDE EXTERIOR<br />

Sendo uma das principais funções das re<strong>de</strong>s viárias urbanas o assegurar das ligações rodoviárias ao<br />

exterior, a solução que agora se apresenta preten<strong>de</strong> que o <strong>Pego</strong> evolua da actual situação, em que o eixo<br />

principal a EN 118, que atravessa a povoação, é um elemento <strong>de</strong> perturbação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, para outra situação em que o eixo principal passe a ser uma Circular, criada a Sul da povoação,<br />

ficando a EN 118 apenas com a função <strong>de</strong> distribuição e ligação entre as malhas urbanas existentes.<br />

6.3 - ESTRUTURA E HIERARQUIZAÇÃO<br />

A estrutura da re<strong>de</strong> viária proposta no âmbito do presente Plano <strong>de</strong> Urbanização, está representada em<br />

planta no <strong>de</strong>senho C15.1 e está interligada com a solução proposta para a inserção na re<strong>de</strong> exterior.<br />

Com efeito, mantêm-se as vias principais do aglomerado, foram criadas novas vias estruturantes nos novos<br />

espaços a urbanizar e foi criada uma Circular a sul da povoação.<br />

No entanto, é <strong>de</strong>finida uma nova hierarquização funcional da re<strong>de</strong> viária composta por dois sistemas:<br />

• Sistema primário - constituído pelos troços iniciais da E.N.118 e a Circular, a sul do <strong>Pego</strong>,<br />

beneficiando o tráfego <strong>de</strong> passagem e a urbanida<strong>de</strong> do aglomerado.<br />

• Sistema secundário - constituído pela maior parte do troço urbano da E.N. 118, entre os nós<br />

propostos em “rotunda”, <strong>de</strong>sempenhando funções <strong>de</strong> ligação entre as áreas norte e sul do <strong>Pego</strong>, e a<br />

partir do qual se faz a distribuição para as várias zonas propostas.<br />

• Sistema terciário - constituído por todas as restantes vias urbanas, que têm como função principal o<br />

acesso às zonas propostas.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 32


6.4 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS<br />

Plural<br />

Em termos <strong>de</strong> perfil transversal e estrutural existem quatro níveis <strong>de</strong> vias propostas:<br />

• Nível 1 - Circular com duas faixas <strong>de</strong> rodagem e separador central. As faixas <strong>de</strong> rodagem têm 6.50m<br />

cada uma, o separador 1.00m e os passeios 2.25m <strong>de</strong> largura cada um. Em termos estruturais será<br />

constituída por uma base com 0.30m <strong>de</strong> espessura em Tout-Venant, uma camada <strong>de</strong> regularização<br />

com 0.06m em betão asfáltico e uma camada <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste com 0.07m também em betuminoso. Os<br />

passeios terão um pavimento em betão esquartejado, assente sobre uma base <strong>de</strong> Tout-Venant com<br />

0.10m <strong>de</strong> espessura.<br />

• Nível 2 - A EN 118, com o traçado pelo interior da vila, mantém o perfil existente e o pavimento<br />

encontra-se em bom estado <strong>de</strong> conservação.<br />

• Nível 3 - Os novos arruamentos propostos nas áreas a urbanizar a interligar na malha urbana<br />

existente. A faixa <strong>de</strong> rodagem terá, no mínimo, uma largura <strong>de</strong> 6.50m e os passeios 2.25m <strong>de</strong><br />

largura cada, consoante as zonas em que se integram. Estruturalmente, a faixa <strong>de</strong> rodagem será<br />

constituída por uma camada com 0.20m <strong>de</strong> Tout-Venant, uma camada <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> 0.04m e<br />

uma camada <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste com 0.05m. Os passeios serão em mosaico hidráulico a imitar calçada.<br />

• Nível 4 - Neste nível incluem-se todas os restantes arruamentos que fazem parte da malha urbana.<br />

Os perfis transversais mantêm-se, propondo-se apenas intervenção a nível <strong>de</strong> pequenas correcções<br />

em planta e tipo <strong>de</strong> pavimentos.<br />

No <strong>de</strong>senho A15 serão indicados os arruamentos a recuperar e a pavimentar <strong>de</strong> novo, enquanto no <strong>de</strong>senho<br />

A16 se apresentam os perfis transversais tipo.<br />

6.5 - SINALIZAÇÃO E EQUIPAMENTO VIÁRIO<br />

Na localida<strong>de</strong> do <strong>Pego</strong>, a sinalização <strong>de</strong> trânsito existente na área <strong>de</strong> intervenção é constituída, na sua maior<br />

parte, por sinalização <strong>de</strong> regulação do trânsito e sinalização informativa direccional. Toda a sinalização<br />

encontra-se em bom estado <strong>de</strong> conservação e consi<strong>de</strong>rada suficiente para os objectivos que se preten<strong>de</strong><br />

atingir.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 33


Plural<br />

6.6 - TRANSPORTES PÚBLICOS E ESTACIONAMENTO<br />

Pensamos que a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes públicos a cargo da Rodoviária do Tejo, com carreiras diárias para<br />

<strong>Abrantes</strong> e Gavião, é suficiente e satisfaz as necessida<strong>de</strong>s do momento.<br />

O estacionamento <strong>de</strong> uma maneira geral é suficiente, conjugando-se a via pública com as garagens próprias<br />

<strong>de</strong> algumas habitações, enquanto nas novas zonas a urbanizar serão criadas bolsas <strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong><br />

acordo com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> habitacional.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 34


7 - INFRAESTRUTURAS URBANAS<br />

7.1 - INTRODUÇÃO<br />

Plural<br />

Neste capitulo proce<strong>de</strong>-se à explanação do conceito global proposto para as principais infraestruturas<br />

urbanas, concretamente no que se refere a:<br />

• Abastecimento <strong>de</strong> Água<br />

• Drenagem e Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais<br />

• Drenagem das Águas Pluviais<br />

• Eliminação <strong>de</strong> Resíduos Sólidos<br />

7.2 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA<br />

Em termos <strong>de</strong> armazenamento e <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adução, o <strong>Pego</strong> encontra-se satisfatoriamente servido,<br />

havendo necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a curto prazo prever uma intervenção no reforço na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

armazenamento, adução e no sistema <strong>de</strong> tratamento, <strong>de</strong>vendo este ser objecto <strong>de</strong> um estudo pormenorizado<br />

<strong>de</strong> modo a dotar o sistema <strong>de</strong> meios mais mo<strong>de</strong>rnos e eficazes.<br />

No que diz respeito à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição, existem dois tipos <strong>de</strong> intervenção distintos: uma intervenção a<br />

efectuar nas novas zonas urbanizadas, e uma outra, a realizar nas actuais zonas urbanas.<br />

Relativamente às novas zonas a urbanizar, prevê-se a realização <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> malhada em tubagem <strong>de</strong> PVC<br />

com diâmetros a <strong>de</strong>finir em projecto da especialida<strong>de</strong>.<br />

Em relação às actuais zonas urbanas prevê-se em zonas mais críticas da re<strong>de</strong>, a substituição <strong>de</strong> algumas<br />

condutas, por outras <strong>de</strong> diâmetro compatível com as áreas a abastecer. Esta substituição <strong>de</strong>verá ser feita à<br />

medida que se forem fazendo intervenções nos pavimentos e ou em recuperação.<br />

Na planta A17 é representada esquematicamente a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição proposta para as novas zonas a<br />

urbanizar, <strong>de</strong> acordo com o presente Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 35


Plural<br />

7.3 - DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS<br />

A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> colectores existentes no <strong>Pego</strong>, assim como os colectores a construir nas novas zonas a urbanizar,<br />

drenam todos para a ETAR existente.<br />

As intervenções a efectuar consistem em dotar as novas zonas a urbanizar com uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> colectores,<br />

executada em PVC e a sua drenagem para a re<strong>de</strong> já existente. Em alguns casos pontuais po<strong>de</strong>rá haver<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar as secções <strong>de</strong> algumas condutas existentes <strong>de</strong>vido ao aumento <strong>de</strong> caudal,<br />

proveniente das novas áreas a urbanizar.<br />

Estas substituições serão feitas à medida que se forem fazendo intervenções nos vários arruamentos.<br />

Na planta A18 é representada esquematicamente a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> colectores proposta para as novas áreas a<br />

urbanizar , <strong>de</strong> acordo com o presente Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

7.4 - DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS<br />

As intervenções a realizar são <strong>de</strong> dois tipos distintos: por um lado, há que dotar as novas zonas a urbanizar e<br />

os novos arruamentos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colectores; por outro lado, há que intervir na área urbana existente, em<br />

algumas zonas críticas em termos <strong>de</strong> drenagem, e dotá-las <strong>de</strong> condições suficientes para uma drenagem<br />

eficaz para os caudais existentes.<br />

Todas as novas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colectores a construir serão executadas em tubagem <strong>de</strong> PVC e betão com<br />

diâmetros a <strong>de</strong>finir em projecto da especialida<strong>de</strong>.<br />

Na planta A19 é representada esquematicamente a re<strong>de</strong> proposta para as novas zonas a urbanizar e para as<br />

intervenções no interior do aglomerado urbano.<br />

7.5 - RESÍDUOS SÓLIDOS<br />

No que diz respeito à recolha <strong>de</strong> resíduos sólidos no <strong>Pego</strong>, consi<strong>de</strong>ra-se que será <strong>de</strong> manter a periodicida<strong>de</strong><br />

diária e o transporte para o aterro sanitário da Associação do Município, localizado na Barrada - freguesia <strong>de</strong><br />

S.Facundo.<br />

Será <strong>de</strong> manter também a limpeza urbana, efectuada pela Junta <strong>de</strong> Freguesia.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 36


Plural<br />

III - PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 37


Plural<br />

1 - PROGRAMA DE EXECUÇÃO E DE FINANCIAMENTO<br />

O Programa <strong>de</strong> Execução correspon<strong>de</strong> a uma orientação ou escalonamento temporal das diversas<br />

activida<strong>de</strong>s a realizar no âmbito do Plano <strong>de</strong> Urbanização.<br />

O facto <strong>de</strong> se proporem áreas <strong>de</strong> expansão, novas infraestruturas ou a melhoria das existentes,<br />

equipamentos, espaços ver<strong>de</strong>s e todo um conjunto <strong>de</strong> espaços e estruturas a implementar, correspon<strong>de</strong> a<br />

um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong> investimento por parte do município, daí que, as propostas apresentadas,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo à concretização física dos objectivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e or<strong>de</strong>namento, têm,<br />

teoricamente, e <strong>de</strong> acordo com a vigência do Plano <strong>de</strong> Urbanização, uma sequência para a sua execução.<br />

Este Programa <strong>de</strong> Execução encontra-se organizado num quadro indicativo das intervenções previstas ao<br />

longo dos próximos 10 anos, <strong>de</strong> acordo com o escalonamento estimado para as intervenções <strong>de</strong> carácter<br />

público do <strong>PU</strong>. Estas intervenções po<strong>de</strong>m, no entanto, não se esgotar neste período, assumindo um carácter<br />

indicativo.<br />

Este Programa <strong>de</strong> Execução encontra-se subdividido em 4 gran<strong>de</strong>s grupos <strong>de</strong> intervenção (zonas ver<strong>de</strong>s,<br />

re<strong>de</strong> viária, infraestruturas urbanas, estudos e projectos), tal como se explicita no quadro que indica as<br />

priorida<strong>de</strong>s e tempo <strong>de</strong> execução das intervenções, cuja materialização assenta em 10 anos, partindo do<br />

princípio que no ano <strong>de</strong> 2006 não haverá intervenções significativas, uma vez que o plano ainda está em<br />

elaboração durante este ano.<br />

Relativamente a equipamentos não foram <strong>de</strong>terminadas intervenções, tendo apenas sido reservada área<br />

para a implementação <strong>de</strong> equipamentos novos ou para expansão <strong>de</strong> equipamentos existentes.<br />

O faseamento que foi consi<strong>de</strong>rado para a execução do <strong>PU</strong> é algo flexível, assumindo um carácter indicativo,<br />

e servindo <strong>de</strong> suporte ao Programa <strong>de</strong> Financiamento.<br />

Permite-se assim que a <strong>Câmara</strong> possa seleccionar os espaços e as intervenções consoante as expectativas<br />

e necessida<strong>de</strong>s sentidas durante o prazo <strong>de</strong> vigência do Plano, e em função das solicitações, ao nível da<br />

iniciativa privada.<br />

Em seguida proce<strong>de</strong>-se à <strong>de</strong>scrição sumária dos grupos <strong>de</strong> intervenção.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 38


Zonas Ver<strong>de</strong>s<br />

Plural<br />

Nesta matéria, a priorida<strong>de</strong> vai para o tratamento e melhoramento das zonas ver<strong>de</strong>s urbanas existentes e,<br />

na criação <strong>de</strong> outras, propostas para tal, localizadas em zonas consolidadas, entre frentes edificadas ou na<br />

proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos. De qualquer das formas, a implementação da totalida<strong>de</strong> das zonas está<br />

prevista para a totalida<strong>de</strong> do prazo <strong>de</strong> vigência do Plano, em sintonia com a dinâmica construtiva e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano do aglomerado.<br />

Os valores apresentados contemplam apenas o custo por m 2 na implementação <strong>de</strong> cada zona ver<strong>de</strong>, ou por<br />

metro linear (ou unida<strong>de</strong>), no caso <strong>de</strong> alinhamentos arbóreos.<br />

Re<strong>de</strong> Viária<br />

Quanto à re<strong>de</strong> viária são feitas algumas propostas <strong>de</strong> vias estruturantes, nomeadamente, uma Circular a sul<br />

e diversos outros arruamentos que estruturam as zonas <strong>de</strong> expansão.<br />

Será também <strong>de</strong> prever a melhoria <strong>de</strong> diversos arruamentos existentes.<br />

No âmbito do traçado viário, e em situações i<strong>de</strong>ais, a implementação da re<strong>de</strong> viária prevê-se possível em 2<br />

anos (Quadro 2), no entanto, tendo o Plano um prazo <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong> 10 anos, e estando <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

iniciativa particular, a construção das novas vias far-se-á em função do <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Pego</strong> e das<br />

necessida<strong>de</strong>s sentidas.<br />

Infraestruturas urbanas<br />

No que respeita às re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> abastecimento e drenagem, foram previstos dois tipos <strong>de</strong> intervenção:<br />

construção das infraestruturas propostas e reparação/substituição das existentes. Assim sendo, consi<strong>de</strong>rou-<br />

se que, ao longo do prazo <strong>de</strong> vigência do plano, as intervenções serão contempladas anualmente, em<br />

função do <strong>de</strong>senvolvimento do aglomerado e das necessida<strong>de</strong>s e solicitações progressivamente sentidas.<br />

Estudos e Projectos<br />

Neste grupo <strong>de</strong> intervenções, foi contemplada a realização dos projectos e planos consi<strong>de</strong>rados<br />

significativos para o correcto <strong>de</strong>senvolvimento do aglomerado, prevendo-se a sua elaboração faseada ao<br />

longo dos primeiros 9 anos do horizonte do plano, por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 39


Plural<br />

O Programa <strong>de</strong> Financiamento <strong>de</strong>ve, por sua vez, incluir a “estimativa do custo das realizações municipais<br />

previstas no Plano”.<br />

A valida<strong>de</strong> do Programa <strong>de</strong> Financiamento está directamente associada às opções feitas em <strong>de</strong>terminado<br />

contexto, pelo que dado o seu carácter dinâmico, <strong>de</strong>verá ser aferido à medida que surjam evoluções<br />

capazes <strong>de</strong> afectar os resultados previstos.<br />

Deste modo, o Programa <strong>de</strong> Financiamento <strong>de</strong>ve funcionar como uma orientação geral das activida<strong>de</strong>s a<br />

realizar no futuro, não constituindo um programa <strong>de</strong> gestão financeira <strong>de</strong> aplicação directa.<br />

A elaboração do orçamento para as realizações do Plano <strong>de</strong> Urbanização obe<strong>de</strong>ce a critérios técnicos<br />

associados aos projectos, sendo a sua distribuição sustentada pelas priorida<strong>de</strong>s do município e pelas<br />

tendências e pressões <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e or<strong>de</strong>namento manifestadas.<br />

O Quadro consolida o Orçamento das realizações, mais significativas, previstas, tendo por base os preços<br />

<strong>de</strong> 2006.<br />

O último aspecto referido é fundamental na concretização do <strong>PU</strong> e para a gestão municipal, o qual obrigará<br />

a uma actualização sistemática dos valores, com base num indicador da inflacção anual que consi<strong>de</strong>re a<br />

componente do sector da construção.<br />

Importa ainda esclarecer que algumas das intervenções indicadas, ou parte <strong>de</strong>las, nomeadamente, no que<br />

respeita a infraestruturas e espaços ver<strong>de</strong>s, não estarão a cargo do Município, uma vez que a<br />

implementação dos loteamentos <strong>de</strong> iniciativa privada irá absorver gran<strong>de</strong> parte dos custos atribuídos a<br />

essas intervenções.<br />

Para as restantes intervenções, o recurso a candidaturas e programas <strong>de</strong> financiamento, constitui também,<br />

um meio <strong>de</strong> minimizar os encargos apresentados.<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 40


DESIGNAÇÃO<br />

Zonas ver<strong>de</strong>s<br />

Re<strong>de</strong> viária<br />

Infraestruturas<br />

urbanas<br />

Estudos e<br />

projectos (d)<br />

PP - Plano <strong>de</strong> Pormenor<br />

Plural<br />

QUADRO 1 - PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO<br />

(valores em euros)<br />

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Sub-total TOTAL<br />

Zonas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Protecção (a)<br />

Zonas ver<strong>de</strong>s urbanas (b)<br />

Alinhamentos arbóreos (c)<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água 84,60€<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas residuais 200,90€<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas pluviais 512,83€<br />

PP Zona Expansão Noroeste (39 Ha) 58,16€<br />

PP Zona Expansão Su<strong>de</strong>ste (51 Ha) 68,74€<br />

900€ 900€<br />

(a) Para estas zonas não se <strong>de</strong>finem valores totais, no entanto, <strong>de</strong>fine-se um custo para a sua implementação <strong>de</strong> 1,06 € po<strong>de</strong>ndo concluir-se ser excessivo,<br />

aquando da realização dos respectivos projectos.<br />

(b) Para estas zonas não se <strong>de</strong>finem valores totais, no entanto <strong>de</strong>fine-se um custo para a sua implementação <strong>de</strong>32€/m2, e 8€/m2 na manutenção,<br />

po<strong>de</strong>ndo concluir-se serem excessivos, aquando da realização dos respectivos projectos.<br />

(c) Na implementação dos alinhamentos arbóreos, consi<strong>de</strong>ra-se que o seu custo seja 5€ por metro linear, ou 80€ por árvore, consi<strong>de</strong>rando-se que estas<br />

sejam plantadas <strong>de</strong> 15 em 15 metros.<br />

(d) A orçamentação da realização dos Planos <strong>de</strong> Pormenor não contempla a implementação dos mesmos. Aos valores <strong>de</strong>finidos para estes PP’s <strong>de</strong>verão<br />

ser acrescidos os orçamentados pelas equipas responsáveis pela sua elaboração.<br />

126,9€<br />

1.825,23€<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 41<br />

798,33€


Plural<br />

QUADRO 2 - CALENDARIZAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS E URBANAS<br />

DESIGNAÇÃO<br />

Re<strong>de</strong> Viária e Passeios<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Águas Residuais<br />

ANOS<br />

Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Águas Pluviais<br />

(Euros)<br />

MESES 3 6 9 12 3 6 9 12<br />

112.486,40 €<br />

112.486,40 €<br />

1 ANO 2 ANOS<br />

Plano <strong>de</strong> Urbanização do <strong>Pego</strong> 42<br />

291.830,19 €<br />

369.965,28 €<br />

369.965,28 €<br />

216.560,78 €<br />

112.486,40 €<br />

112.486,40 €<br />

1.698.267,13 € 730 Dias<br />

TOTAIS

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