Relatório Cientıfico Desenvolvimento do Facilita ... - ICMC - USP
Relatório Cientıfico Desenvolvimento do Facilita ... - ICMC - USP
Relatório Cientıfico Desenvolvimento do Facilita ... - ICMC - USP
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), um <strong>do</strong>s trabalhos mais conheci<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s<br />
no desenvolvimento de aplicações web acessíveis [Kelly et al., 2005] [Freire et al., 2007], já apresenta<br />
recomendações direcionadas a usuários com dificuldade em leitura.<br />
Uma das guidelines da WCAG 1.0 é direcionada à simplicidade e clareza <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos (guideline<br />
14) [W3C, 1999]. Esta guideline está vinculada ao princípio de compreensibilidade da aplicação e sugere<br />
a utilização de técnicas que focam o estilo de escrita (tornar os conteú<strong>do</strong>s mais fáceis de serem li<strong>do</strong>s) e<br />
equivalentes multimídia para o conteú<strong>do</strong> (gráficos, linguagem <strong>do</strong>s sinais e versões narradas <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>).<br />
A WCAG 2.0, que atingiu o status de recomendação da W3C em dezembro de 2008, contempla,<br />
em seu princípio de compreensibilidade (understandable), um requisito de acessibilidade relativo ao<br />
nível de escrita das aplicações [W3C, 2008f]. Neste requisito (critério de sucesso 3.1.5) é especifica<strong>do</strong><br />
que textos que requerem habilidade de leitura superior a de indivíduos com ensino secundário inferior<br />
(lower secondary education, fazen<strong>do</strong> menção ao sistema de ensino inglês - quinta a oitava séries no<br />
Brasil), devem apresentar uma versão alternativa <strong>do</strong> mesmo conteú<strong>do</strong> ou um conteú<strong>do</strong> complementar<br />
que seja destina<strong>do</strong> a indivíduos sem essa habilidade (disponibilização de sumário textual com conteú<strong>do</strong><br />
simplifica<strong>do</strong>; ilustrações, fotos e símbolos para facilitar o entendimento; versões narradas <strong>do</strong> texto; entre<br />
outros).<br />
É importante destacar, no entanto, que essas recomendações de acessibilidade (checkpoint 14.1<br />
da WCAG 1.0 e Critério de sucesso 3.1.5 da WCAG 2.0) descrevem características relacionadas ao<br />
conteú<strong>do</strong> da aplicação web. E, para satisfazê-las, torna-se necessária a implementação manual desses<br />
requisitos no conteú<strong>do</strong> da aplicação. Ou seja, para garantir a acesso à informação por indivíduos anal-<br />
fabetos funcionais, os autores <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> devem considerar a utilização desses recursos (utilização de<br />
conteú<strong>do</strong> simplifica<strong>do</strong>, ilustrações, fotos, símbolos, versões narradas, entre outros) na aplicação. No<br />
entanto, para grande maioria <strong>do</strong>s casos, os responsáveis pela elaboração <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> não são também<br />
os responsáveis pelo desenvolvimento <strong>do</strong> site ou aplicação web (autores de conteú<strong>do</strong> contratam outros<br />
indivíduos que sejam desenvolve<strong>do</strong>res web para implementar seus sites, ou até mesmo, no contexto da<br />
Web 2.0, os próprios usuários são dissemina<strong>do</strong>res de informação nas aplicações web) e por isso, muitas<br />
vezes, não possuem conhecimento a respeito das guidelines de acessibilidade na web.<br />
Um outro aspecto a ser destaca<strong>do</strong>, diz respeito ao fato de que usuários com baixo nível de<br />
alfabetização, são, muitas vezes também, classifica<strong>do</strong>s como analfabetos computacionais e, portanto,<br />
requerem interações simples de utilização, dadas sua dificuldade e pouca familiaridade com o uso de<br />
3