08.06.2013 Views

Perfil do encarcerado no Município de Rolândia - Escola de ...

Perfil do encarcerado no Município de Rolândia - Escola de ...

Perfil do encarcerado no Município de Rolândia - Escola de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

indivíduos <strong>do</strong>s estratos sociais mais baixos, são aprisiona<strong>do</strong>s na re<strong>de</strong> fina da<br />

repressão e acabam converti<strong>do</strong>s em tipos penais.<br />

De um mo<strong>do</strong> mais sistemático, reconhece-se que são três as principais<br />

teorias crimi<strong>no</strong>lógicas que procuram explicar a gênese <strong>do</strong>s <strong>de</strong>litos, conforme<br />

assinala Walter Reckless (1970, p. 68), professor <strong>de</strong> Sociologia da Ohio State<br />

University:<br />

• Teoria Biológica e Constitucional, segun<strong>do</strong> a qual os móveis principais<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> conduta se encontram na estrutura hereditária física e<br />

mental <strong>do</strong> indivíduo;<br />

• Teoria Psicogenética, segun<strong>do</strong> a qual a formação <strong>do</strong> caráter anti-social<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>de</strong>feituosos relacionamentos familiares <strong>no</strong>s primeiros<br />

a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> vida;<br />

• Teoria Sociológica, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que as pressões e as influências <strong>do</strong><br />

ambiente social geram o comportamento <strong>de</strong>linqüente.<br />

Garcia-Pablos (1999) cita também as teorias da associação diferencial <strong>de</strong><br />

Sutherland, que sustenta ser o crime fruto <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> e a i<strong>de</strong>ntificação<br />

diferencial, <strong>de</strong> Glaser (1978) segun<strong>do</strong> a qual o “[...] o crimi<strong>no</strong>so absorve os mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> comportamentos daqueles grupos <strong>de</strong> referência com os quais se i<strong>de</strong>ntifica, ainda<br />

que tal i<strong>de</strong>ntificação não <strong>de</strong>corra necessariamente da proximida<strong>de</strong> entre as pessoas<br />

<strong>do</strong> grupo eleito, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> dar-se mesmo à distância” (GARCIA-PABLOS, 1999, p.<br />

306).<br />

Reckless (1970) alu<strong>de</strong>, finalmente, à Teoria <strong>do</strong>s Contensores, que se baseia<br />

na afirmativa <strong>de</strong> que existem contensores inter<strong>no</strong>s e exter<strong>no</strong>s <strong>no</strong>s indivíduos. Para<br />

este autor<br />

[...] os contensores inter<strong>no</strong>s são os componentes <strong>do</strong> ego, como o<br />

autocontrole, o bom conceito <strong>de</strong> si mesmo, a força <strong>do</strong> ego, o superego bem<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, alta tolerância às frustrações, forte resistência aos estímulos<br />

perturba<strong>do</strong>res, profun<strong>do</strong> senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, orientação para fins<br />

precisos, habilida<strong>de</strong> para encontrar satisfações substitutivas,<br />

racionalizações que reduzam a tensão, e outros. Já os contensores<br />

exter<strong>no</strong>s constituem o freio estrutural que, operante <strong>no</strong> imediato contexto<br />

social <strong>do</strong> sujeito, permite-lhe não ultrapassar os limites <strong>no</strong>rmativos.<br />

RECKLESS (1970, p. 70).<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!