Perfil do encarcerado no Município de Rolândia - Escola de ...
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De acor<strong>do</strong> com Schaefer e Shikida (2000, p. 212), “[...] surpreen<strong>de</strong>u o fato <strong>de</strong><br />
um expressivo percentual <strong>de</strong> entrevista<strong>do</strong>s estarem trabalhan<strong>do</strong> na época que<br />
praticaram o crime. Embora uma pequena fração tenha como motivo para a prática<br />
<strong>do</strong> crime o fato <strong>de</strong> estarem <strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>s, a relação crime-<strong>de</strong>semprego não se<br />
verificou tão fortemente neste estu<strong>do</strong>. Mas as profissões <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s sugerem<br />
baixos salários”.<br />
Em outro estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> nas Penitenciárias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná<br />
(Penitenciária Estadual <strong>de</strong> Piraquara, Penitenciária Central <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e<br />
Penitenciária Feminina <strong>de</strong> Piraquara), on<strong>de</strong> foram entrevista<strong>do</strong>s presos que<br />
cumprem penas por crimes <strong>de</strong> natureza econômica, Shikida e Borilli (2005) também<br />
observaram que a gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s eram jovens até 28 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> sexo masculi<strong>no</strong>, brancos e com escolarida<strong>de</strong> somente até o ensi<strong>no</strong><br />
fundamental.<br />
Observan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s autores cita<strong>do</strong>s, <strong>no</strong>ta-se que os jovens <strong>do</strong> sexo<br />
masculi<strong>no</strong>, estão mais propensos a ingressarem na criminalida<strong>de</strong>, geralmente por<br />
não verem perspectiva <strong>de</strong> melhora <strong>de</strong> situação econômica, por possuírem baixos<br />
níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e andarem com más companhias.<br />
Para Fernan<strong>de</strong>z e Mal<strong>do</strong>na<strong>do</strong> (1999), as principais causas para as pessoas<br />
<strong>de</strong>cidirem praticar o crime <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> drogas estão tanto nas razões individuais<br />
como nas <strong>de</strong> cunho social. As causas <strong>de</strong> cunho social estão ligadas a fatores como<br />
pobreza, <strong>de</strong>semprego e ig<strong>no</strong>rância. As razões individuais são: cobiça; ambição;<br />
ganho fácil, entre outras.<br />
Araújo Jr. e Fainzylber (2000) constataram que maiores níveis educacionais<br />
implicam me<strong>no</strong>res taxas <strong>de</strong> crime contra a proprieda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> renda<br />
está associada a maiores taxas <strong>de</strong> homicídios e me<strong>no</strong>res taxas <strong>de</strong> roubo <strong>de</strong><br />
veículos.<br />
Na próxima seção será efetua<strong>do</strong> um breve histórico <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Rolandia<br />
apresentan<strong>do</strong> os principais motivos que contribuíram para o crescimento da<br />
criminalida<strong>de</strong> <strong>no</strong> município.<br />
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