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Perfil do encarcerado no Município de Rolândia - Escola de ...

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A falta da escola afeta as pessoas <strong>de</strong> duas formas: na formação <strong>de</strong> valores<br />

morais e na acumulação <strong>de</strong> capital huma<strong>no</strong>. Na primeira forma, a escola assume um<br />

papel fundamental na formação <strong>de</strong> valores morais, pois é na escola que se começa<br />

a interagir e ter relacionamentos fora da família, portanto passa as primeiras <strong>no</strong>ções<br />

<strong>de</strong> convivência em socieda<strong>de</strong>. Os professores, assim como os pais, po<strong>de</strong>m assumir<br />

o papel <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> valores morais, que serão importantes na construção <strong>do</strong>s<br />

valores próprios da criança. Vale lembrar, que estes valores serão auto construí<strong>do</strong>s<br />

e que cada etapa da vida <strong>de</strong> um indivíduo influenciará está construção. Na segunda<br />

forma, a ausência da escola diminuirá seu estoque <strong>de</strong> capital huma<strong>no</strong> individual, que<br />

implicará em baixos retor<strong>no</strong>s <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> legal <strong>no</strong> futuro e um baixo custo <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>.<br />

Para Farias Júnior (2001, p. 91), “[...] o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> exerce gran<strong>de</strong><br />

influência na prática <strong>do</strong> <strong>de</strong>lito. Po<strong>de</strong>-se aliar a falta <strong>de</strong> educação com a ig<strong>no</strong>rância. A<br />

ig<strong>no</strong>rância é a falta <strong>de</strong> representação da realida<strong>de</strong>; é a falta <strong>de</strong> vislumbre <strong>do</strong>s<br />

horizontes <strong>do</strong>s conhecimentos que só a sabe<strong>do</strong>ria, a cultura e os estímulos<br />

intelectuais po<strong>de</strong>m dar”.<br />

O processo <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> instrui, socializa, abre a mente para os valores da<br />

vida, a importância das relações humanas e a boa convivência social.<br />

Observa-se ainda (Tabela 4) que o crime <strong>de</strong> maior incidência entre os<br />

<strong>de</strong>tentos da Ca<strong>de</strong>ia Pública <strong>de</strong> <strong>Rolândia</strong> é o tráfico <strong>de</strong> substância entorpecente,<br />

segui<strong>do</strong> pelo crime <strong>de</strong> roubos e furtos, sen<strong>do</strong> que o mesmo fato foi constata<strong>do</strong> por<br />

Schaefer e Shikida (2000), na pesquisa feita na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tole<strong>do</strong>-PR .<br />

De acor<strong>do</strong> com A<strong>do</strong>r<strong>no</strong> (1998), “[...] consi<strong>de</strong>ra-se criminalida<strong>de</strong> violenta<br />

aquela que envolve violação grave <strong>de</strong> um direito fundamental, o direito à vida, “é um<br />

crime que coloca em risco a segurança e a vida das pessoas. Geralmente, são os<br />

assaltos, os roubos – como são conheci<strong>do</strong>s tecnicamente – estupros, homicídios. O<br />

tráfico <strong>de</strong> drogas também é incluí<strong>do</strong>, já que é uma variável extremamente importante<br />

<strong>no</strong> crescimento <strong>de</strong> homicídios”.<br />

Os usuários <strong>de</strong> entorpecentes acabam entran<strong>do</strong> <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> crime para<br />

pagar o próprio vício, acabam se tornan<strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s traficantes, roubam e<br />

até matam para conseguir algum dinheiro para comprar a droga.<br />

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