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BIO capa.tif - ftc ead

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didade, em vastas áreas dos oceanos, uma camada conhecida como SOFAR, cuja densidade a torna refl exiva<br />

às ondas sonoras e faz com que sejam propagadas mais rapidamente. Sabe-se que as baleias aproveitam essa<br />

condição para se comunicarem com cantos, mesmo estando distantes entre si muitas centenas de quilômetros.<br />

O valor da densidade é o resultado da interação de três fatores limitantes: temperatura, salinidade e<br />

pressão. A densidade cresce com o aumento das duas últimas e diminui conforme a temperatura aumenta.<br />

Assume o valor padrão de 1,025 quando a temperatura é de 20°C; a salinidade é de 35 ups e a pressão<br />

corresponde a 1 atm, próprio de águas superfi ciais.<br />

SALINIDADE, PH, GASES DISSOLVIDOS E<br />

NUTRIENTES<br />

Salinidade<br />

A água dos oceanos contém, em solução, uma quantidade variável de sólidos e de gases. Em 1000g<br />

de água salgada podemos encontrar cerca de 35g de substâncias dissolvidas que se englobam na designação<br />

geral de sais. Em outras palavras, 96,5% da água salgada é constituída por água e 3,5% por substâncias dissolvidas.<br />

A quantidade total destas substâncias dissolvidas é designada salinidade. A salinidade é, habitualmente,<br />

defi nida em unidade padrão de salinidade (ups). As substâncias dissolvidas incluem sais inorgânicos,<br />

compostos orgânicos provenientes dos organismos marinhos e gases dissolvidos. A maior parte do material<br />

dissolvido é composta por sais inorgânicos presente sob a forma iônica. Seis íons inorgânicos totalizam<br />

99,28% em peso da matéria sólida. Quatro íons adicionais representam 0,71% em peso de tal modo que<br />

estes dez íons totalizam 99,99% em peso das substâncias dissolvidas. A salinidade nos oceanos pode variar<br />

entre 34 e 37ups, e a sua média é de aproximadamente 35ups. Apesar desta variação a proporção relativa dos<br />

diversos sais mantém-se sensivelmente constante. As diferenças de salinidade são devidas à dinâmica entre a<br />

evaporação e a precipitação. Os valores mais elevados são registrados nas regiões tropicais onde a evaporação<br />

registrada é elevada, e os valores mais baixos podem ser observados nas zonas temperadas. A salinidade<br />

nas regiões costeiras é mais variável e pode oscilar entre valores próximos de 0 ups nas regiões adjacentes a<br />

estuários e valores por vezes superiores a 40ups no Mar vermelho e no Golfo Pérsico.<br />

A salinidade, em mar aberto, não é muito variável; possuindo valores aproximados de 35 ups (lê-se<br />

trinta unidades padrão de salinidade), equivalente a 35 g de sal em um quilo de água; com extremos medidos<br />

em 34 e 37 ups . No Mar Vermelho, o mais salgado dos mares, a salinidade média é de 40 ups.<br />

O Mar Morto é o corpo d’água mais salgado do mundo, possui salinidade sete vezes maior do que<br />

a do mar. Cerca de um terço do seu volume é constituído por sais. Nessas condições, apenas sobrevivem<br />

organismos unicelulares pouco complexos.<br />

As pequenas variações locais na salinidade superfi cial do mar ocorrem devido às chuvas, evaporação<br />

e atividade biológica consumidora de sais. A salinidade tende a ser maior nos trópicos em conseqüência<br />

das altas taxas de evaporação. Suprimentos novos de sais são fornecidos pelos rios, aproximadamente<br />

na mesma taxa em que são consumidos pelos diversos processos físicos, químicos e biológicos.<br />

A presença de sais na água marinha diminui seu ponto de congelamento para –1,9°C. A densidade da<br />

água salgada decresce consideravelmente após a congelamento o que resulta na fl utuabilidade dos gelos.<br />

Somente atua como um fator limitante nos estuários (áreas da costa onde deságuam rios), onde as<br />

variações podem ser drásticas.<br />

As espécies aquáticas, em relação à <strong>capa</strong>cidade de suportar grandes variações de salinidade, podem<br />

ser divididos em euri-halinas e esteno-halinas.<br />

São euri-halinas as espécies que suportam variações na salinidade. Incluem as espécies estuarinas<br />

(de água salobra) ou as <strong>capa</strong>zes de mudar de água doce para marinha, ou vice-versa, como o salmão.<br />

Biologia Marinha 11

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