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BIO capa.tif - ftc ead

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A diversidade nas condições ambientais onde podem ser encontrados organismos nectônicos resulta<br />

em especifi cidade e em um determinado grau de individualidade em alguns ecossistemas nectônicos.<br />

Ecossistema abissal<br />

Dentre todos os ecossistemas marinhos, o que mais estimula a imaginação popular, desafi a o conhecimento<br />

científi co e aterroriza às pessoas é o ecossistema abissal.<br />

Ele está restrito à região mais profunda dos oceanos, com profundidades superiores a dois mil metros. As<br />

condições ambientais aí reinantes em tudo desfavorece à vida: escuridão permanente, grandes pressões, frio constante<br />

e uniforme de 4oC e ausência de produtores. Entretanto, é espantosa a variedade de peixes e suas adaptações. O<br />

ecossistema abissal não é habitado apenas por peixes. Lá também podem ser encontrados camarões e lulas.<br />

O grande problema para se vivem nesse ecossistema é a pressão hidrostática, porém os peixes abissais<br />

conseguem suportá-la pelo fato de apresentarem um corpo que tende a ser compacto, não deixando espaços<br />

vazios entre os órgãos. E quando os há, eles são preenchidos com gases em altíssima pressão, que se equilibra<br />

com a pressão externa. Pois em um ambiente de alta pressão, todo espaço vazio é imediatamente esmagado.<br />

Ao contrário do que muitos imaginam, os peixes abissais não são enormes monstros, mas pequeninas<br />

criaturas, em geral, do tamanho de um lambari (5 cm). O tamanho reduzido é outra adaptação para<br />

a pressão esmagadora das grandes profundidades.<br />

O corpo fl exível, não oferece resistência à pressão. E o fraco esqueleto é o resultado da falta de<br />

cálcio nesse ambiente.<br />

Apesar da permanente escuridão em que vivem, nem todos os peixes abissais são cegos. A maioria,<br />

na verdade, possui grandes olhos e uma visão muito sensível, <strong>capa</strong>z de responder a estímulos de pequena<br />

intensidade luminosa.<br />

Inclusive, muitos deles são <strong>capa</strong>zes de gerar uma tênue luminosidade, graças à associação simbiótica<br />

com bactérias bioluminescentes que vivem em certos órgãos. Com a bioluminescência, os organismos<br />

podem atrair presas, auxiliar nas fugas ou usá-la como meio de iden<strong>tif</strong>i cação ou atração sexual.<br />

A camufl agem é garantida pela coloração negra ou vermelho escura que a maioria possui. Mas de<br />

todas as características, a que chama mais a atenção e faz a fama desses animais são as formas fantásticas,<br />

tendendo a serem longas, emolduradas por bocas enormes e longos dentes. Tratam-se de adaptações que<br />

facilitam a captura do raro alimento.<br />

O mar de Sargaço<br />

O mar de Sargaço é um bizarro ecossistema fl utuante dominado por sargaços, algas pardas de grande<br />

tamanho. Situa-se no oeste do Atlântico Norte, cercado pelas correntes do Golfo e das Canárias que criam<br />

uma área de calmaria cercada de correntes. O seu tamanho e distribuição variam sazonalmente. Esse ecossistema,<br />

uma autêntica fl oresta fl utuante, é constituído, basicamente, por duas espécies de sargaços:<br />

• S. natans<br />

• S. fl uitans<br />

Elas mantêm a fl utuação graças a vesículas cheias de gases.<br />

FTC FT EaD | <strong>BIO</strong>LOGIA<br />

Mais algumas adaptações de peixes abissais<br />

Organismo apresentando algumas das adaptações<br />

a vida no nécton<br />

Peixe exibindo os pontos de luminescência devido a<br />

relações simbióticas entre bactérias

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