O jornal de literatura do Brasil Preciso escrever ... - Jornal Rascunho
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16<br />
150 • outubro_2012<br />
No aNdar <strong>do</strong> teMPo<br />
iberê Camargo<br />
Cosac naify<br />
80 págs.<br />
Publicada pela primeira vez em 1988,<br />
esta coletânea traz nove contos<br />
escritos e ilustra<strong>do</strong>s pelo pintor e<br />
gravurista iberê Camargo. são nove<br />
narrativas que tratam da relação<br />
abstrata entre cria<strong>do</strong>r e criatura,<br />
com personagens imersos num<br />
ambiente <strong>de</strong> angústia perante o<br />
tempo que passa. acompanha esta<br />
edição o manuscrito original <strong>do</strong><br />
conto o rato (il topo), em italiano.<br />
a úLtiMa Madrugada<br />
João Paulo Cuenca<br />
leya<br />
24o págs.<br />
o mal <strong>de</strong> amor, a noite sem<br />
sono, a ressaca implacável, a<br />
falta <strong>de</strong> assunto, a erudição<br />
(especialmente em questões<br />
literárias), a filosofia <strong>de</strong> botequim.<br />
to<strong>do</strong>s estes são temas <strong>de</strong>stas<br />
crônicas publicadas em jornais<br />
cariocas entre 2003 e 2010.<br />
Mas é o rio <strong>de</strong> Janeiro a gran<strong>de</strong><br />
personagem <strong>de</strong> Cuenca, as ruas<br />
<strong>do</strong> boêmio que agora vai à praia,<br />
a cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> samba e <strong>do</strong> rock.<br />
história, teatro<br />
e PolítiCa<br />
org.: Kátia rodrigues Paranhos<br />
boitempo<br />
248 págs.<br />
historia<strong>do</strong>res, críticos e<br />
pesquisa<strong>do</strong>res voltam seus<br />
olhares para discursos teatrais<br />
não ilumina<strong>do</strong>s pela crítica e<br />
relacionam teatro, história e<br />
política, além <strong>de</strong> discutir fontes<br />
para se estudar os gêneros<br />
maiores ou menores <strong>do</strong> teatro,<br />
seja na rússia revolucionária<br />
ou no brasil <strong>do</strong> golpe militar.<br />
o teMPo eM<br />
esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong><br />
tércia Montenegro<br />
grua<br />
112 págs.<br />
as personagens das 18 histórias<br />
<strong>de</strong>sse livro <strong>de</strong>param-se com a<br />
solidão, o ciúme, a morte, o sexo,<br />
o mun<strong>do</strong> contemporâneo que as<br />
modifica e é modifica<strong>do</strong> por elas.<br />
errantes, <strong>de</strong>sejam se consertar.<br />
enigmáticos, tentam se <strong>de</strong>cifrar.<br />
alguns reaparecem em mais <strong>de</strong><br />
uma narrativa, compon<strong>do</strong> uma<br />
teia <strong>de</strong> encontros e <strong>de</strong>sencontros<br />
sempre permeada pelo tempo.<br />
MeLHoreS coNtoS<br />
Walmir ayala<br />
sel.: Maria da glória bordini<br />
global<br />
176 págs.<br />
os contos <strong>de</strong> ayala, mais<br />
conheci<strong>do</strong> como poeta, versam<br />
sobre relacionamentos, sistemas<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, aspiração à pureza e<br />
ao amor <strong>de</strong>sinteressa<strong>do</strong>, vidas<br />
mantidas à sombra <strong>de</strong> si mesmas.<br />
Po<strong>de</strong>-se afirmar que seus contos,<br />
carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mistério, inquietação,<br />
<strong>de</strong>safios e angústia, foram uma<br />
continuação <strong>de</strong> sua poética.<br />
o Livro braNco<br />
org.: henrique rodrigues<br />
record<br />
160 págs.<br />
reunião <strong>de</strong> 19 contos (mais<br />
uma bonus track) inspira<strong>do</strong>s<br />
em canções <strong>do</strong>s beatles.<br />
Clássicos como hey Ju<strong>de</strong>, let<br />
it be e eleanor rigby ganham<br />
novo olhar pela imaginação<br />
<strong>de</strong> autores como nelson<br />
Motta, Marcelino freire, Carola<br />
saavedra, Marcelo Moutinho,<br />
andré <strong>de</strong> leones, Márcio<br />
renato <strong>do</strong>s santos e zeca<br />
Camargo, entre outros.<br />
a gorda<br />
anatole Jelihovschi<br />
ímã editorial<br />
140 págs.<br />
um homem sozinho e recémdivorcia<strong>do</strong><br />
escolhe um restaurante<br />
qualquer para almoçar. É véspera <strong>de</strong><br />
ano-novo e o lugar é comanda<strong>do</strong><br />
por uma enigmática e encanta<strong>do</strong>ra<br />
mulher gorda. ela convida o homem<br />
para o espetáculo <strong>de</strong> réveillon<br />
que vai apresentar naquela<br />
noite. ao aceitar o convite, ele<br />
se vê preso numa trama onírica<br />
protagonizada pela gorda.<br />
Prateleira : : NacioNaL<br />
QUEM SOMOS C O N TA T O ASSINATURA DO JORNAL IMPRESSO C A R TA S<br />
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eM aLguM Lugar<br />
<strong>do</strong> Paraíso<br />
luis fernan<strong>do</strong> verissimo<br />
objetiva<br />
198 págs.<br />
nessas 41 crônicas inéditas em<br />
livro e escritas ao longo <strong>do</strong>s últimos<br />
cinco anos, verissimo fala sobre<br />
a vida, a morte, o tempo, o amor,<br />
sempre com um ar nostálgico<br />
e reflexivo acerca das escolhas<br />
feitas ao longo da existência.<br />
o Papai noel <strong>de</strong> shopping, o<br />
maître <strong>de</strong> um restaurante fali<strong>do</strong>,<br />
a caça<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> viúvos, to<strong>do</strong>s<br />
possuem as mesmas inquietações.<br />
MaNHÃS adiadaS<br />
eltânia andré<br />
<strong>do</strong>bra<br />
168 págs.<br />
ambienta<strong>do</strong>s tanto na metrópole<br />
como na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> interior, os 14<br />
contos <strong>de</strong>ste livro abordam os<br />
dramas, conflitos e perplexida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />
homem contemporâneo. a solidão,<br />
a falta <strong>de</strong> perspectivas e a miséria<br />
material e moral são fenômenos<br />
comuns numa socieda<strong>de</strong> pragmática<br />
da tecnologia, <strong>do</strong> consumo, que<br />
vive um rápi<strong>do</strong> escalonamento<br />
<strong>de</strong> valores e <strong>de</strong>mandas.<br />
leituras <strong>de</strong> maCuNaíma:<br />
Primeira oNda (1928-1936)<br />
José <strong>de</strong> Paula ramos Jr.<br />
edusp<br />
424 págs.<br />
nos primeiros anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
publica<strong>do</strong>, Macunaíma alcançou<br />
mo<strong>de</strong>sta repercussão. este livro analisa<br />
a recepção crítica da obra, entre<br />
1928 e 1936, perío<strong>do</strong> em que vigorou<br />
a primeira edição. o estu<strong>do</strong> tanto<br />
efetua quanto sugere a observação<br />
e a análise das consequências<br />
culturais <strong>do</strong> clássico <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong><br />
andra<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> recompor o perfil<br />
das polêmicas <strong>do</strong> momento.