27.06.2013 Views

renúncia de Bento XVI - Paróquia São Maximiliano

renúncia de Bento XVI - Paróquia São Maximiliano

renúncia de Bento XVI - Paróquia São Maximiliano

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

facções na Igreja a pressionar futuro papas a renunciar por outras razões que não a saú<strong>de</strong>. No<br />

entanto, o Código <strong>de</strong> Direito Canônico <strong>de</strong> 1917 previa a <strong>renúncia</strong> <strong>de</strong> um papa, assim como os<br />

regulamentos estabelecidos por Paulo VI em 1975 e por João Paulo II em 1996. No entanto,<br />

uma <strong>renúncia</strong> induzida por medo ou frau<strong>de</strong> seria inválida. Além disso, os canonistas argumentam<br />

que uma pessoa que renuncia <strong>de</strong> um ofício <strong>de</strong>ve po<strong>de</strong>r fazer o "uso da razão" (Cânone 187).<br />

Em 1989 e em 1994, João Paulo II secretamente preparou cartas oferecendo ao Colégio dos<br />

Car<strong>de</strong>ais a sua <strong>renúncia</strong> em caso <strong>de</strong> uma doença incurável ou outra condição que o impedisse <strong>de</strong><br />

cumprir o seu ministério, segundo Mons. Slawomir O<strong>de</strong>r, postulador da causa do papa falecido.<br />

O sítio Catholic News Service noticia: "A carta <strong>de</strong> 1989 era breve e direta ao ponto; ela diz que,<br />

no caso <strong>de</strong> uma doença incurável que o impeça <strong>de</strong> 'exercer suficientemente as funções do meu<br />

ministério apostólico' ou por causa <strong>de</strong> algum outro impedimento grave e prolongado, 'eu<br />

renuncio ao meu ofício sagrado e canônico, tanto como bispo <strong>de</strong> Roma, quanto como chefe da<br />

Igreja Católica'".<br />

"Em sua carta <strong>de</strong> 1994 – continua a notícia –, o papa disse que passou anos se perguntando se um<br />

papa <strong>de</strong>veria renunciar aos 75 anos, a ida<strong>de</strong> normal <strong>de</strong> aposentadoria para os bispos. Ele também<br />

disse que, dois anos antes, quando ele pensou que po<strong>de</strong>ria ter um tumor maligno <strong>de</strong> cólon, ele<br />

pensava que Deus já havia <strong>de</strong>cidido por ele."<br />

Então, segundo a reportagem, "ele <strong>de</strong>cidiu seguir o exemplo do Papa Paulo VI, que, em 1965,<br />

concluiu que um papa 'não po<strong>de</strong>ria renunciar ao mandato apostólico, exceto na presença <strong>de</strong> uma<br />

doença incurável ou <strong>de</strong> um impedimento que impedisse o exercício das funções do sucessor <strong>de</strong><br />

Pedro".<br />

"Fora <strong>de</strong>stas hipóteses, eu sinto uma grave obrigação <strong>de</strong> consciência a continuar a cumprir a<br />

tarefa para a qual Cristo, o Senhor, me chamou, enquanto, no misterioso <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> sua<br />

providência, ele <strong>de</strong>sejar", diz a carta.<br />

As provas históricas para as <strong>renúncia</strong>s papais são limitadas, especialmente se eliminarmos as<br />

<strong>renúncia</strong>s que po<strong>de</strong>m ter sido forçadas.<br />

1. Clemente I (92?-101): Epifânio afirmou que Clemente abriu mão do pontificado a Lino em<br />

prol da paz e se tornou papa novamente após a morte <strong>de</strong> Cleto.<br />

2. Ponciano (230-235): supostamente renunciou após ser exilado para as minas da Sar<strong>de</strong>nha<br />

durante a perseguição <strong>de</strong> Maximinus Thrax.<br />

3. Ciríaco: um personagem fictício criado na Ida<strong>de</strong> Média que supostamente recebeu um<br />

mandato celestial para renunciar.<br />

4. Marcelino (296-304): abdicou ou foi <strong>de</strong>posto <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cumprir a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Diocleciano <strong>de</strong><br />

oferecer sacrifício a <strong>de</strong>uses pagãos.<br />

5. Martinho I (649-655): exilado pelo imperador Constâncio II para a Crimeia. Antes <strong>de</strong><br />

morrer, o clero <strong>de</strong> Roma elegeu um sucessor que ele parece ter aprovado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!