TECER, “TER SIDO”, TECENDO LEITURAS1: AS EXPERIÊNCIAS ...
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Durante o planejamento, foram selecionados os suportes textuais<br />
considerando o desafio de formar leitores de acordo com a cultura vivenciada no<br />
atual contexto social, o qual é fomentado por uma diversidade de práticas sociais,<br />
que mostram o cotidiano de uma sociedade industrial e tecnológica. Portanto, foram<br />
utilizados suportes como livros, revistas, filmes, obras de artes, romances,<br />
propagandas, álbuns, revista em quadrinhos, folhetos, calendários, entre outros.<br />
Além dos suportes, os alunos e professores tiveram o contato com instrumentos<br />
tecnológicos como: TV, vídeo, DVD, retroprojetor, jornal, microssistem, cd,<br />
multimeios de comunicação.<br />
Os conteúdos básicos também foram elencados nos encontros de<br />
planejamentos. Constituíram o rol de conteúdos para as oficinas: as concepções de<br />
língua e linguagem; a leitura na formação do professor (aspectos conceituais, sócioculturais<br />
e metodológicos); a leitura e interdisciplinaridade; a leitura e a construção<br />
do sentido; as estratégias de leitura para textos de todas as áreas do conhecimento;<br />
os fundamentos básicos sobre o processo de ensino de aprendizagem; a relação<br />
texto/autor a leitura e a literatura popular; a leitura e os meios de comunicação de<br />
massa e avaliação da aprendizagem da leitura; conceito de texto (aspectos<br />
lingüísticos e estruturais), coerência e coesão textual. Os conteúdos básicos<br />
priorizam a construção de um acervo teórico para o professor e a apropriação dos<br />
aspectos teóricos da leitura por meio da vivência de práticas leitoras para o alunos.<br />
O entrelaçar da teoria-prática no ato da leitura, advém do nosso crédito de que não<br />
existe uma prática leitora sem o conhecimento de uma base teórica, mesmo que o<br />
sujeito leitor não tenha a consciência explícita desse pilar teórico.<br />
As situações didáticas eram planejadas e variavam a cada oficina; nelas se<br />
concretizam a leitura de poemas; a conversa informal com alunos e professores;<br />
audição de músicas; projeção de filmes; discussões/debates; visitas a espaços de<br />
leitura; dinamização de espaços de leitura; vivências de contação de história;<br />
produção oral do baú de memórias; a produção da linha do tempo com a história de<br />
leitura dos alunos e professores leitores. A orientação priorizada era para que, em<br />
todas as situações didáticas, fossem centralizadas a discussão e o diálogo e que<br />
não fossem levadas verdades absolutas; conceitos, fechados, prontos; que, a todo<br />
momento, se abrisse a possibilidade para a desconstrução de mitos e (pré)<br />
conceitos a respeito do ato de ler e da sua função social, bem como propiciar ações<br />
leitoras que mostrassem que a leitura deve ser, antes de tudo, um ato de prazer de<br />
encantamento. O sentido maior das oficinas era desconstruir a idéia de que se lê<br />
apenas na escola, para responder provas ou cumprir deveres escolares. Lê-se para<br />
a vida, para se fortalecer como sujeito no mundo.<br />
A cada oficina, eram sistematizados os instrumentos de avaliação,<br />
considerando a concepção de avaliação defendida no PTL. Assim, eram<br />
organizadas pautas avaliativas, levando-se em conta o caráter processual e<br />
formativo, em que os alunos e professores se constituíssem como sujeitos ativos no<br />
processo, que considerassem o momento de avaliação, o momento de retomada<br />
para a reconstrução das práticas leitoras.<br />
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