20.08.2013 Views

ICEM&SIIE 2011 Joint Conference - Universidade de Passo Fundo

ICEM&SIIE 2011 Joint Conference - Universidade de Passo Fundo

ICEM&SIIE 2011 Joint Conference - Universidade de Passo Fundo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Proceedings of ICEM&<strong>SIIE</strong>‘11 <strong>Joint</strong> <strong>Conference</strong><br />

Essa mudança <strong>de</strong> paradigma conce<strong>de</strong> aos mais jovens po<strong>de</strong>r e individualida<strong>de</strong>,<br />

especialmente com relação à informação. Já que, atualmente, eles fazem com que a<br />

informação se adapte a suas necessida<strong>de</strong>s e seus <strong>de</strong>sejos pessoais (TAPSCOOTT, 2010).<br />

A tecnologia tem mudado as formas <strong>de</strong> comunicação e acesso a informação na nossa<br />

cultura. Hoje, crianças e jovens ao chegar ao ambiente escolar já carregam consigo<br />

repertório informacional vasto e quantitativo, adquirido, especialmente, através dos media e<br />

das plataformas digitais, muitas vezes, mesmo antes <strong>de</strong> saber ler e escrever. Assim, tem-se<br />

a principal estratificação social do Século XXI, o fosso entre os que têm competência para<br />

acessar, compreen<strong>de</strong>r e utilizar as informações digitais e os que são abstraídos <strong>de</strong> tais<br />

competências. Nesse sentido, as instituições que têm como cerne a informação e a<br />

educação, como a biblioteca, tornam-se responsáveis pelo estreitamento <strong>de</strong>sse fosso entre<br />

os indivíduos (IFLA, 2002).<br />

As competências necessárias para ace<strong>de</strong>r e consumir informações diversas foram<br />

conceituadas como information literacy, termo usado pela primeira vez, em 1974, pelo<br />

bibliotecário Paul Zurkowsk, como técnicas e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong><br />

informação no ambiente <strong>de</strong> trabalho. Des<strong>de</strong> então a literatura científica arrola varieda<strong>de</strong><br />

terminológica para <strong>de</strong>finir tais habilida<strong>de</strong>s, porém, <strong>de</strong>staca-se que literacia como um termo<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> uso em Portugal.<br />

Hoje, está em uso transliteracy, que evoluiu <strong>de</strong> transliteracies, no âmbito do projeto<br />

Transliteracies Project, coor<strong>de</strong>nado por Alan Liu, do Department of English da University of<br />

California. A partir <strong>de</strong> então, a professora Sue Thomas, passou a trabalhar o termo<br />

transliteracy, em um conceito mais amplo, no grupo <strong>de</strong> pesquisa Production and Research in<br />

Transliteracy (PART), formado em 2006, na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> De Monfort.<br />

Segundo Thomas e outros (2007), transliteracy ―is the ability to read, write and interact<br />

across a range of platforms, tools and media‖. Andretta (2009) acrescenta que ―that<br />

research on transliteracy is primarily concerned with the interaction between people or<br />

learners and social networking technologies‖.<br />

A transliteracy concentra-se no uso da tecnologia, em um contexto social, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

tecnologia em uso e <strong>de</strong>riva das novas formas <strong>de</strong> comunicação e informação, que emanam<br />

das ferramentas interativas digitais. Portanto, fica evi<strong>de</strong>nte a relevância das re<strong>de</strong>s sociais no<br />

conceito da transliteracy, por absorver uso e compreensão <strong>de</strong> múltiplas linguagens, a prática<br />

participativa em canais <strong>de</strong> interação e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão nesses canais<br />

multimídias. Assim, observa-se que a base para a transliteracy é a leitura e escrita, apesar<br />

<strong>de</strong> que, torna-se revelante enfatizar que só estas não contemplam mais as necessida<strong>de</strong>s do<br />

mundo atual.<br />

Aponta-se então que, a transliteracy atribui competência aos indivíduos para ace<strong>de</strong>r,<br />

compreen<strong>de</strong>r e utilizar a informação, em formatos tradicionais e advindos das plataformas<br />

digitais e para as interações a partir <strong>de</strong>ssa informação, enfim transliteracy é a alfabetização<br />

<strong>de</strong>ntro do processo <strong>de</strong> convergência <strong>de</strong> pessoas e das mídias. Entretanto, Thomas e outros<br />

(2007, p. 13) esclarecem que os estudos sobre transliteracy ainda não estão amadurecidos<br />

e que ainda carece <strong>de</strong> pesquisas.<br />

Com a web 2.0 houve uma mudança no percurso da informação, enquanto a web 1.0<br />

encaminha os indivíduos para a informação, a web social leva a informação para as pessoas<br />

e produz a integração entre os indivíduos. Mas, no âmbito das bibliotecas, consi<strong>de</strong>ra-se que<br />

o basilar das mudanças foi à oportunida<strong>de</strong> dos usuários se converterem em produtores da<br />

informação e criadores <strong>de</strong> conteúdo.<br />

A utilização dos recursos da web 2.0 pela biblioteca acarretou que, a partir 2005, quando o<br />

termo Library 2.0 (L2) foi usado no Blog LibraryCrunch, <strong>de</strong> Michel Casey, a relação entre<br />

biblioteca e usuário tomou o rumo <strong>de</strong> comunicação multidirecional, proporcionando<br />

integração entre a biblioteca e seus utilizadores e <strong>de</strong> utilizador para utilizador. E os serviços<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!