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FACOM - nº 14 - 1º semestre de 2005<br />
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Martin Cezar Feijó<br />
Bacharel em História pela FFLCH-USP e<br />
doutor em comunicação pela ECA-USP.<br />
Professor de Comunicação Comparada<br />
e coordenador de pesquisa na FACOM-<br />
FAAP e no programa de pós-graduação<br />
em Educação, Arte e História da Cultura<br />
na Universidade Presbiteriana Mackenzie.<br />
Autor de vários livros, entre eles, O que<br />
é herói (São Paulo: Brasiliense, 1984)<br />
e O revolucionário cordial (São Paulo:<br />
Boitempo/FAPESP, 2001)<br />
FACOM - nº 14 - 1º semestre de 2005<br />
Algumas considerações a respeito da<br />
Fortuna Crítica da obra de João Cabral<br />
de Melo Neto.<br />
Resumo<br />
Este artigo resgata alguns estudos a respeito da<br />
produção literária de João Cabral de Melo Neto<br />
a fim de discutir os princípios que orientam<br />
o projeto literário do poeta pernambucano. A<br />
discussão sobre a sua extensa obra é o objeto<br />
principal de investigação.<br />
Palavras-chave: João Cabral de Melo Neto, Lira,<br />
Modernismo<br />
Abstract<br />
is article rescues a few studies about João<br />
Cabral de Melo Neto´s literary work, to discuss<br />
the principles that guides the pernambucano<br />
poet´s project. e research about his work is the<br />
principal goal of this essay.<br />
Keywords: João Cabral de Melo Neto, Lyrics,<br />
Modernism<br />
Parte significativa das leituras a respeito da obra de João Cabral realizase<br />
sob a égide de uma discussão formal, motivada, creio, pelo fascínio que<br />
o trabalho de elaboração do verso, identidade dessa poética, provoca nos<br />
leitores. O resultado desse movimento de aproximação, de caráter geral, à<br />
poesia do autor de Pedra do sono é sentido na ausência de uma discussão<br />
que ambiciona relacionar a sua produção à realidade que a motivou. 1 A fim<br />
de revelar quais as conseqüências dessa ausência para o entendimento da<br />
produção de João Cabral, é preciso estabelecer um diálogo entre a fortuna<br />
crítica, os poemas e algumas declarações do poeta sobre o modo pelo qual<br />
ele compreende o exercício de sua função.<br />
Esses princípios de leitura não configuram novidade. Há inúmeros<br />
exemplos na história da crítica literária nos quais a motivação central é<br />
o diálogo entre a forma e o conteúdo, a literatura e a sociedade. Alguns<br />
estudos, considerados clássicos, da obra de João Cabral, contudo, resistem<br />
a esse movimento. Embora sejam trabalhos ambiciosos no que tange à<br />
compreensão dos meandros estéticos da poesia, eles são animados por<br />
uma certa ânsia formalista, explicada, possivelmente, por dois motivos:<br />
em primeiro lugar, grande parte da fortuna crítica concentra os seus textos<br />
mais relevantes no período histórico em que os ventos do estruturalismo<br />
varejaram os nossos estudos literários; depois, a prevalência de um discurso,<br />
sobretudo, estético nas declarações de João Cabral a respeito de sua obra,<br />
talvez tenha influenciado os seus leitores. 2<br />
Embora o grau de percepção de um escritor a respeito de sua produção<br />
estética nem sempre configure uma análise precisa de seus meandros,<br />
alguns estudos reproduziram, sem mediação, as declarações de João Cabral<br />
em suas perspectivas de análise. Muitas vezes, e a tradição é repleta de<br />
casos que confirmam essa formulação, o autor não é capaz de traduzir,<br />
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João Carlos Guedes da Fonseca