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O Empoderamento como estratégia de inclusão das mulheres nas ...

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<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homens e <strong>mulheres</strong>, indignar-se com esta situação e querer transformá-la. Para<br />

se empo<strong>de</strong>rarem, as <strong>mulheres</strong> <strong>de</strong>vem melhorar a auto-percepção que tem sobre si mesmas, acreditar<br />

que são capazes <strong>de</strong> mudar suas crenças em relação a submissão e <strong>de</strong>spertar para os seus direitos<br />

Para Friedmann (1996, p.50), “não são os indivíduos, mas as unida<strong>de</strong>s domésticas<br />

que são ‘pobres’, a própria pobreza <strong>de</strong>ve ser re<strong>de</strong>finida <strong>como</strong> um estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempo<strong>de</strong>ramento”. As<br />

<strong>mulheres</strong> pobres são excluí<strong>das</strong> dos direitos mínimos porque suas famílias não tiveram ou não têm<br />

acesso ao po<strong>de</strong>r social para melhorar as condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seus membros; elas não têm acesso ao<br />

po<strong>de</strong>r político porque não compartilham as toma<strong>das</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; não possuem o po<strong>de</strong>r da voz, nem<br />

o da ação coletiva. Da mesma forma, não têm acesso ao po<strong>de</strong>r psicológico que <strong>de</strong>corre da<br />

consciência individual <strong>de</strong> força e manifesta-se na autoconfiança. Em suma, não são consi<strong>de</strong>ra<strong>das</strong><br />

cidadãs.<br />

Tipos <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento<br />

Friedmann (1996, p. viii) afirma que empo<strong>de</strong>ramento “é todo acréscimo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que,<br />

induzido ou conquistado, permite aos indivíduos ou unida<strong>de</strong>s familiares aumentarem a eficácia do<br />

seu exercício <strong>de</strong> cidadania”. Ele aponta três tipos <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento, importantes para as unida<strong>de</strong>s<br />

domésticas: o social, o político e o psicológico. O social refere-se ao acesso a certas “bases” <strong>de</strong><br />

produção doméstica, tais <strong>como</strong> informação, conhecimento e técnicas, e recursos financeiros. Prevê<br />

o acesso à instituições e serviços e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influência à nível público. O político diz respeito<br />

ao processo pelo qual são toma<strong>das</strong> as <strong>de</strong>cisões; não é ape<strong>nas</strong> o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> votar, mas, principalmente,<br />

o po<strong>de</strong>r da voz e da ação coletiva que importa; significa maior participação no âmbito político<br />

inclusive o acesso a ocupar cargos <strong>de</strong> representação e direção. O psicológico ou pessoal inicia com<br />

o <strong>de</strong>spertar da consciência em relação à sua autonomia e <strong>de</strong>senvolvimento pessoal; envolve auto-<br />

estima e auto-confiança; ter controle sobre a sua própria sexualida<strong>de</strong>, sobre a reprodução e sobre a<br />

sua segurança pessoal; <strong>de</strong>corre da consciência individual <strong>de</strong> força.<br />

Portanto, a motivação primária consiste na superação da pobreza, que por sua vez exige a<br />

tomada <strong>de</strong> consciência, principalmente por parte <strong>das</strong> <strong>mulheres</strong> pobres, <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r social, político<br />

e psicológico. No combate à pobreza, o empo<strong>de</strong>ramento orienta-se para a conquista da cidadania,<br />

isto é, a conquista da plena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ator individual ou coletivo <strong>de</strong> usar seus recursos<br />

econômicos, sociais, políticos e culturais para atuar com responsabilida<strong>de</strong> no espaço público na<br />

<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus direitos, influenciando as ações dos governos na distribuição dos serviços e recursos.<br />

Para que haja empo<strong>de</strong>ramento Sonia Montaño (2001) propõe as seguintes condições:<br />

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