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um ensaio sobre a coragem de ser Ida Mara Freire (UFSC)

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ecriar a própria existência: para isso é necessária a <strong>coragem</strong> <strong>de</strong> criar. Nas três últimas<br />

jornadas entrelaçam-se o feminino e o sagrado, celebramos a existência em sua plenitu<strong>de</strong> e<br />

beleza: a liberda<strong>de</strong> do vôo exige a <strong>coragem</strong> <strong>de</strong> amar.<br />

Dança enquanto jornada existencial: A <strong>coragem</strong> <strong>de</strong> Ser<br />

A ação criadora investida na Primeira Jornada é conhecer o espaço vital.<br />

Partimos da noção <strong>de</strong> kinesfera, <strong>de</strong>finida por Rudolf Laban (1879-1958) como a esfera do<br />

movimento ao redor do corpo É a esfera pessoal <strong>de</strong> movimento da qual nunca saímos, está<br />

sempre conosco, como <strong>um</strong>a carcaça. A kinesfera externa tem relação com a pele A interna<br />

tem relação com o esqueleto. A kinesfera média tem relação com os músculos. É gestual e<br />

formal. William Forsythe, propõe a noção <strong>de</strong> múltiplas kinesferas em diferentes partes do<br />

corpo, correspon<strong>de</strong>ndo a novos e diferentes centros do corpo (Rengel, 2000). O solo do<br />

casulo propõe as participantes dançar n<strong>um</strong>a esfera escura. Buscar em seu corpo os<br />

registros, os traços gestuais, os fios existenciais e tecer com movimentos interligados,<br />

formando <strong>um</strong> bela trama, <strong>um</strong> aconchegante casulo. Um lugar que irá acolher, proteger,<br />

abrigar e transformar. Recomenda-se atentar para os fios, notar se são coloridos ou<br />

transparentes, sentir a textura e a espessura <strong>de</strong> cada fio. Tecer e dançar ao redor <strong>de</strong> si<br />

mesma.<br />

Na Segunda Jornada a proposta está em reconhecer e vivenciar o movimento<br />

filogenético e ontogenético, ou seja, voltar ao começo. Nosso corpo se move como nossa<br />

mente se move. O <strong>de</strong>senvolvimento do movimento é trabalhado por Cohen (1997:4) tanto<br />

em termos filogenéticos como ontogenéticos. O <strong>de</strong>senvolvimento, explicita a autora, não é<br />

<strong>um</strong> processo linear, mas ocorre através <strong>de</strong> ondas <strong>sobre</strong>postas, com estágios, contendo<br />

elementos <strong>de</strong> todos os outros. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada estágio estabelecer e apoiar o seu<br />

sucessivo, qualquer salto, interrupção ou falha para completar o estágio <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento po<strong>de</strong> alterar o movimento e alinhamento na percepção, seqüência,<br />

organização, memória e criativida<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>senvolvimento material inclui, além dos reflexos<br />

positivos, reações ajustadas e equilibradas, o padrão neurológico básico que é pautado por<br />

padrões <strong>de</strong> movimentos pré-vertebrados e vertebrados. O primeiro dos quatro padrões pré-<br />

vertebrados é a respiração celular, seguida da irradiação <strong>um</strong>bilical para a boca e do<br />

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