Selos de Portugal - Álbum III - FEP - Universidade do Porto
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
1959 – Emissão Comemorativa <strong>do</strong> Milenário <strong>de</strong> Aveiro<br />
Desenho <strong>de</strong> Álvaro Duarte, representan<strong>do</strong> as armas da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro, em estilização. Impressos em<br />
off-set pela Casa da Moeda sobre papel liso, em folhas <strong>de</strong> 50 selos com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 13,5. Foram emiti<strong>do</strong>s<br />
9 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$00 ouro e violeta e 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 5$00 cinzento, ouro e ver<strong>de</strong> escuro.<br />
Circularam <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1959 a 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1961.<br />
AVEIRO - Assinalada no testamento <strong>de</strong> Muma<strong>do</strong>na em 959, Aveiro é terra portuguesa <strong>de</strong> comprovada<br />
antiguida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> cida<strong>de</strong> há duzentos anos, e cabeça <strong>de</strong> concelho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Século XII. Com<br />
o nome <strong>de</strong> Alavario, figura no referi<strong>do</strong> pergaminho <strong>do</strong> Século X, pelo qual a riquíssima Con<strong>de</strong>ssa, lega ao<br />
Mosteiro que fundara em Guimarães, as terras e salinas em Aveiro. Primeiro, pequeno aglomera<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
pesca<strong>do</strong>res, salineiros e cultiva<strong>do</strong>res <strong>de</strong> terra, tornou-se mais tar<strong>de</strong> importante vila. Filipe II distinguia-a<br />
com o epíteto <strong>de</strong> “Nobre e Notável”, e D. José conce<strong>de</strong>u-lhe honras <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>, no ano <strong>de</strong> 1759. O mar e<br />
a Ria, um fomentan<strong>do</strong> a pesca e a navegação, e outra propician<strong>do</strong> as margens ao estabelecimento <strong>de</strong><br />
marinhas, foram os essenciais factores <strong>de</strong>sse prestígio, como o são também da prosperida<strong>de</strong> presente.<br />
Já na primeira meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> Século XIV o Rei conce<strong>de</strong> privilégios e regalias à gente <strong>do</strong> mar. Entretanto,<br />
intensifica-se a activida<strong>de</strong> marítima, e a Vila sobe <strong>de</strong> importância e riqueza, e <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se penetrar <strong>do</strong><br />
sopro artístico da Renascença e sobretu<strong>do</strong> da Pos-Renascença, encheu-se <strong>de</strong> igrejas que magnificamente<br />
<strong>de</strong>corou com talha <strong>do</strong>urada. Presentemente é das regiões mais progressivas <strong>do</strong> país. Ao comemorar o<br />
milenário da sua existência como simples aglomera<strong>do</strong> populacional, comemora na mesma data o segun<strong>do</strong><br />
século da sua elevação a cida<strong>de</strong>.