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Selos de Portugal - Álbum III - FEP - Universidade do Porto

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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

1962 – Emissão Comemorativa <strong>do</strong> V<strong>III</strong> Dia <strong>do</strong> o Selo<br />

Desenho <strong>de</strong> Martins da Costa, apresentan<strong>do</strong> São Zenão “O Correio” junto das suas armas. Impressão a<br />

off-set pela Casa da Moeda sobre papel liso, em folhas <strong>de</strong> 50 selos com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 13,5. Foram emiti<strong>do</strong>s<br />

6 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$00 castanho-vermelho ver<strong>de</strong> e preto, 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 2$00 cinzento-azul<br />

ver<strong>de</strong> e preto, e 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 3$50 azeitona ver<strong>de</strong> e preto. Postos em circulação, a 1 <strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 1962.<br />

SÃO ZENÃO “O CORREIO” - Nasci<strong>do</strong> na Província <strong>do</strong> Ponto, na Ásia Menor, São Zenão (<strong>do</strong> grego<br />

Zénon) O Correio, <strong>de</strong> pais nobres e ricos, era senhor <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> fortuna, constituída por proprieda<strong>de</strong>s<br />

situadas na Capadócia, vizinha <strong>do</strong> Ponto, províncias englobadas no Império Romano <strong>do</strong> Oriente. Não<br />

obstante tais recursos, inscreveu-se no exército como correio especial <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r Flávio Valente,<br />

governante da parte oriental <strong>do</strong> Império Romano. As constantes <strong>de</strong>slocações com o Impera<strong>do</strong>r, por efeito<br />

<strong>de</strong> guerras, e o transporte continuo das mensagens imperiais a que era obriga<strong>do</strong> em galope <strong>de</strong>senfrea<strong>do</strong><br />

através <strong>do</strong>s inseguros caminhos <strong>de</strong>ssa época (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as margens <strong>do</strong> Bósforo em que tinha assento a<br />

corte <strong>de</strong> seu amo às fronteiras da Mesopotâmia, da Arábia Pétres, <strong>do</strong> Egipto, da Arménia, etc.,), tornavam<br />

o ofício <strong>de</strong> Zenão, pouco invejável, e pouco compreensível a sujeição <strong>de</strong> um jovem rico a tal mister,<br />

quan<strong>do</strong> encarada por outro prisma que não fosse o da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> servir o Impera<strong>do</strong>r Valente, por espírito<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação, e talvez por comunhão <strong>de</strong> crenças religiosas, visto o soberano se ter feito baptizar no ano<br />

<strong>de</strong> 368. Um facto leva a acreditar nessa <strong>de</strong>dicação e amiza<strong>de</strong> - é o <strong>de</strong> Zenão, logo após a morte <strong>do</strong><br />

Impera<strong>do</strong>r a 9 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 378 nos campos <strong>de</strong> batalha, aban<strong>do</strong>nar as funções postais e militares e<br />

consagrar-se inteiramente a Deus, recolhi<strong>do</strong> numa caverna isolada <strong>do</strong>s montes <strong>de</strong> Antioquia, on<strong>de</strong> em<br />

vida <strong>de</strong> oração e pieda<strong>de</strong>, e alimentan<strong>do</strong>-se unicamente <strong>de</strong> pão que lhe levava um amigo e <strong>de</strong> água que<br />

ia ele buscar muito longe, passou os últimos anos da sua vida. Parece ter morri<strong>do</strong> no ano <strong>de</strong> 417, e pelas<br />

virtu<strong>de</strong>s e auréola <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> com que se finou, a igreja cristã inscreveu-o nos bem-aventura<strong>do</strong>s. O dia<br />

<strong>do</strong> selo é comemora<strong>do</strong> em <strong>Portugal</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1955 e tem por fim chamar a atenção <strong>de</strong> novos a<strong>de</strong>ptos para<br />

a filatelia.

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