Infraestrutura - Fiesp
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3. <strong>Infraestrutura</strong><br />
Quais as principais necessidades da <strong>Infraestrutura</strong> como um todo e de<br />
seus principais setores? Quais são os gargalos mais relevantes? Há obstáculos de<br />
ordem regulatória e/ou dependentes diretamente de ações do setor público?<br />
Qual o volume de recursos necessários para os investimentos e qual a proporção<br />
que caberá ao setor privado?<br />
As respostas a estas questões nos permitirão identificar as principais ações<br />
e políticas que, segundo a visão integrada dos diversos agentes públicos e privados<br />
aqui representados, uma vez implementadas no curto prazo, deverão viabilizar<br />
a agenda de investimentos e o crescimento sustentável até 2022.<br />
O Brasil já tem mapeadas as prioridades de investimento em cada setor<br />
de infraestrutura para o curto e médio prazos (PAC-1 e PAC-2, até 2014) e, em<br />
alguns setores, para o longo prazo. Planos de investimento como os dos setores<br />
de Energia (planos decenais e para 30 anos) e Transportes (planos nacionais de<br />
logística e transporte, com horizonte de 10 anos e mais) são exemplos de Planos<br />
relativamente atualizados e abrangentes.<br />
No entanto, nem todos os setores têm mapeamento completo das necessidades<br />
de investimento para o longo prazo e tampouco têm uma clara definição<br />
das prioridades. Sobretudo, falta um elemento que assegure a inter-relação<br />
entre os diversos planos de investimento setoriais ou mesmo entre os empreendimentos<br />
prioritários, um órgão ou documento que esteja focado na identificação<br />
de problemas comuns às diversas áreas ou mesmo no diagnóstico de ações<br />
prioritárias que possam destravar a agenda de um ou mais setores da infraestrutura;<br />
vale dizer, faltam ações coordenadas e integradas entre as diversas<br />
pastas, ações estas estruturadas por uma área responsável por estudos,<br />
pelo planejamento integrado e pela viabilização das ações eleitas como<br />
prioritárias com vistas ao desenvolvimento de todos os setores da infraestrutura<br />
em seu conjunto.<br />
Entendemos que o exercício de planejamento e a responsabilidade pela<br />
execução das ações prioritárias (inclusive a eleição das prioridades) precisam ser<br />
integrados numa frente interministerial próxima ao comando do poder executivo<br />
da Presidência da República, que reúna quadros técnicos qualificados capazes<br />
de assegurar, de forma coordenada entre os principais setores da infraestrutura,<br />
a análise em detalhes dos principais projetos de cada área e suas interligações; é<br />
necessário que esta frente interministerial busque otimizar recursos e remover<br />
obstáculos comuns, muitas vezes ao alcance de uma ação ministerial.<br />
Sem isso, os esforços ficam difusos e dependentes da força política e institucional<br />
de cada setor individualmente; políticas de Governo não se viabilizam<br />
por não se configurarem como pauta de Estado, e assim o crescimento não se<br />
sustenta em governos sucessivos.<br />
A falta de planejamento integrado reflete-se ainda na insuficiência de informações,<br />
na indisponibilidade de projetos que antecipem, com baixas margens<br />
de erro, os montantes de investimento ao longo do tempo ou, ainda, na existência<br />
de entraves legais e burocráticos nem sempre necessários e geralmente dissociados<br />
das metas e objetivos prioritários de cada área ou ministério. Assim,<br />
questões cruciais – como o desenvolvimento da intermodalidade no setor de<br />
transportes com ferrovias e hidrovias interligadas a portos e aeroportos, inclusi-<br />
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