Infraestrutura - Fiesp
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Introdução<br />
O Brasil vive um momento único: crescimento contínuo, com grandes pers-<br />
pectivas de novos investimentos decorrentes de vários eventos de grande porte<br />
como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Como marco desse momento,<br />
o Construbusiness faz em 2010 uma edição histórica, contemplando uma<br />
agenda de Estado para o desenvolvimento da cadeia da construção civil até 2022,<br />
ano do Bicentenário da Independência. Trata-se de uma agenda com visão de longo<br />
prazo com vistas ao crescimento sustentado.<br />
Assim, a tarefa deste Construbusiness é diagnosticar e apontar os principais<br />
desafios para os setores de infraestrutura e, a partir desse diagnóstico, definir metas<br />
e sugerir um conjunto de ações e proposições de políticas públicas que possam vir a<br />
ser adotadas pelo poder executivo nos âmbitos Federal e Estadual (São Paulo) e do<br />
Legislativo com vistas à superação desses desafios. Os diagnósticos e boa parte das<br />
proposições são específicos para cada um dos setores abordados, embora o caminho<br />
a ser percorrido seja o mesmo: planejar, construir, crescer.<br />
Para essa tarefa, a <strong>Fiesp</strong>, por meio do Deconcic, designou duas renomadas<br />
consultorias, a LCA Consultores e a FGV Projetos para atuarem em estreita colaboração,<br />
de modo a realizar uma análise abrangente das principais perspectivas e desafios<br />
do setor. A FGV foi responsável pela análise do cenário habitacional, o que implicou<br />
projetar as necessidades de moradia para os próximos 12 anos, considerando-se<br />
as principais variáveis demográficas e as projeções de crescimento econômico, fatores<br />
condicionantes da formação de famílias e, portanto, da demanda por moradia.<br />
Coube à LCA a análise da infraestrutura. Neste ano, o setor de infraestrutura<br />
teve o debate ampliado, subividido nos diversos setores que são tratados de forma<br />
específica: transporte (rodoviário; ferroviário; aeroviário; aquaviário – portos e hidrovias;<br />
e dutoviário); energia; telecomunicações e saneamento. Tanto o diagnóstico<br />
quanto as proposições deste trabalho foram feitos em conjunto com representantes<br />
da cadeia da construção civil, em reuniões do Grupo de Trabalho designado pela<br />
FIESP para esse fim. Refletem, portanto, a visão e a vivência dos agentes da cadeia.<br />
Da mesma forma, buscamos integrar a este trabalho a visão dos agentes públicos diretamente<br />
envolvidos nas questões aqui tratadas. Para isso, ouvimos os seguintes<br />
agentes: as agências reguladoras ANAC, ANATEL, ANEEL, ANP, ANTAQ, ANTT; as<br />
Comissões na Câmara dos Deputados de Fiscalização Financeira e Controle, de<br />
Desenvolvimento Urbano, de Meio Ambiente, de Minas e Energia e de Viação e<br />
Transporte; as Comissões no Senado de Meio Ambiente, de Desenvolvimento<br />
Regional e de <strong>Infraestrutura</strong>; e, por fim, as Comissões da Assembléia Legislativa do<br />
Estado de São Paulo de Transportes e Comunicações, de Defesa do Meio Ambiente,<br />
de Serviços e Obras Públicas, de Assuntos Metropolitanos e de Assuntos Municipais.<br />
Neste trabalho, serão apresentados inicialmente os atuais números da cadeia<br />
produtiva da construção, atualizados até 2009. Em seguida, é apresentada a análise<br />
do setor habitacional, o que engloba do cenário econômico e demográfico da FGV<br />
às propostas para o setor. Em seguida, desenvolve-se a análise de infraestrutura com<br />
diagnóstico, metas de desempenho e proposições para os diversos setores.<br />
Por fim, o documento se encerra com a análise, desenvolvida pela LCA, dos<br />
principais elementos necessários ao desenvolvimento sustentável rumo a 2022. Os<br />
pilares centrais, válidos tanto para habitação como para infraestrutura, são: (i) buscar<br />
o crescimento sustentável, de longo prazo; disponibilidade de recursos (projetos,<br />
insumos, capital, financiamento) e segurança jurídica são elementos vitais para assegurar<br />
este crescimento; (ii) aprimorar sensivelmente a gestão nas esferas pública e<br />
privada, com vistas a ampliar a capacidade de planejar e executar e a permitir ganhos<br />
de eficiência e produtividade; e (iii) garantir mão de obra de qualidade para toda a<br />
cadeia.<br />
FGV Projetos e LCA Consultores<br />
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