Planejamento estratégico - IBGE
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Plano Estratégico 2012-2015<br />
consciência da cidadania. O desafio que aqui se coloca aos institutos oficiais<br />
é o de desenvolver condições que garantam uma contínua oferta de evidências<br />
empíricas (estatísticas e geocientíficas), em resposta às novas demandas,<br />
especialmente na área social, que crescem nos marcos da ação coletiva e<br />
na discussão de questões relativas a como se acelerar o desenvolvimento<br />
econômico e a governabilidade democrática, de um prisma mais prático. Não<br />
por outra razão, é possível hoje se observar no plano internacional o avanço da<br />
reflexão, por exemplo, sobre segmentos populacionais específicos de cunho<br />
étnico e cultural, bem-estar e progresso da sociedade, com base em indicadores<br />
com maior dose de subjetividade como sensação de felicidade, laços de<br />
confiança interpessoal, redes de vínculos associativos, mensuração de capital<br />
social, dentre outros aspectos. Evidentemente, o levantamento e o tratamento<br />
de informações com essas características terão implicações que deverão ser<br />
consideradas e bem avaliadas, em questões chaves ligadas à qualidade dos<br />
dados, aos princípios fundamentais, aos assuntos legais e ao estabelecimento<br />
de padrões mínimos que atendam às melhores práticas de pesquisa.<br />
Crescente relevância das questões ambientais: tal temática entrou definitivamente<br />
na pauta do debate nacional e, principalmente, internacional, dada as suas<br />
implicações cada vez mais reconhecidas na comunidade científica, nos processos<br />
econômicos e sociais e no âmbito do delicado jogo de interesses e conflitos<br />
geopolíticos, os quais acabam por condicionar a atuação e posicionamento<br />
do Brasil no contexto dos relacionamentos e fóruns internacionais sobre a<br />
temática da sustentabilidade ambiental; no caso específico da mudança<br />
climática, cuja gravidade decorre da própria dificuldade de identificação de<br />
respostas e de soluções, os impactos negativos sobre os diversos ecossistemas<br />
seriam suficientemente amplos a ponto de inviabilizar as ações e recursos<br />
públicos aplicados em áreas essenciais (agricultura, saneamento e gestão<br />
de recursos hídricos, meio ambiente etc.); as consequências decorrentes<br />
certamente implicam custos significativos, com o debate e manejo de soluções<br />
dependendo em muito da existência de uma base informacional sólida, com<br />
dados estatísticos e geocientíficos capazes de abarcar e integrar as diversas<br />
dimensões envolvidas na mudança climática (física, econômica, social e de<br />
ordenação territorial).<br />
Continuidade de um cenário de crescente descentralização e diferenciação da<br />
atividade econômica regional: tal processo implica uma inevitável tendência de<br />
“interiorização” do desenvolvimento, que tende a reforçar aqueles enfoques que<br />
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