um pouquinho de teatro infantil - Centro Cultural São Paulo
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:: Acervo - IDART 30 Anos<br />
O Estado <strong>de</strong> S. <strong>Paulo</strong>, 20/12/1980 – pág. 17<br />
Para a criança, com muita qualida<strong>de</strong><br />
(Rui Fontana Lopez)<br />
“De como o Dia Virou Noite e a Noite Virou Dia e Noite” é <strong>um</strong> espetáculo<br />
<strong>de</strong> <strong>teatro</strong> <strong>infantil</strong> da mais alta qualida<strong>de</strong>. Ancorado no lindo texto <strong>de</strong><br />
Lica Neaime, a “Cia Dramática Pieda<strong>de</strong>, Terror e Anarquia” construiu <strong>um</strong><br />
espetáculo mágico e encantador, <strong>um</strong>a lição <strong>de</strong> <strong>teatro</strong> para crianças. O<br />
grupo vem <strong>de</strong> <strong>um</strong>a rica experiência em <strong>teatro</strong> <strong>infantil</strong> e adulto e “De como<br />
a Noite Virou Dia...” parece ser o resultado necessário e natural <strong>de</strong> seu<br />
trabalho.<br />
32<br />
Estruturado à maneira dos contos <strong>de</strong> fada, patrimônio atemporal<br />
e coletivo <strong>de</strong> gente pequena e gran<strong>de</strong> também, o texto narra <strong>um</strong> mito<br />
heróico, vivido por crianças, em linguagem simples e cheia <strong>de</strong> beleza.<br />
Pai e filho conversam ao calor e à luz das últimas chamas que restaram<br />
<strong>de</strong>pois que o sol se apagou no firmamento. È <strong>um</strong>a época <strong>de</strong> frio, medo<br />
e escuridão. Os homens, os animais, as flores e as árvores pa<strong>de</strong>cem da<br />
falta <strong>de</strong> luz e calor. Conta-se que tempos atrás, o sol, enfeitiçado pelos<br />
encantos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a mulher que mora no fundo das águas, per<strong>de</strong>u seu brilho<br />
e, envergonhado, se escon<strong>de</strong>u na Floresta Gigante. Foi o início da noite.<br />
O menino Klinck quer resgatar a luz: liberar o sol é a sua aventura e<br />
<strong>de</strong>stino. Sua viagem é longa e penosa; os caminhos, cheios <strong>de</strong> perigo e<br />
armadilhas. Alcançar a verda<strong>de</strong>, pelo resgate do fogo, implica sacrifício, dor<br />
e medo. Mas como o prêmio é <strong>um</strong>a vida <strong>de</strong> luz, resolve partir em sua busca.<br />
No início da jornada o herói encontra Mirril, <strong>um</strong>a linda menina criada<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito cedo pelas aves e animais da floresta. É ela quem ajuda<br />
Klinck em sua viagem, vencendo o medo e ultrapassando os obstáculos. Da<br />
aliança do herói com esta menina, do encontro dos princípios masculinos<br />
e femininos, e só <strong>de</strong>ssa maneira, o sol po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>volvido ao céu.