um pouquinho de teatro infantil - Centro Cultural São Paulo
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Teatro Infantil ::<br />
espírito do nosso trabalho nos três anos <strong>de</strong> <strong>teatro</strong> ao vivo e na televisão<br />
durante catorze anos. Foi <strong>um</strong> trabalho muito gran<strong>de</strong> cuja meta era <strong>teatro</strong><br />
educacional, lúdico formativo, não didático, não informativo. Didático<br />
e informativo é bom em <strong>teatro</strong> escolar feito na escola pelas crianças,<br />
pra ajudar a aula, tem seu lugar e sua utilida<strong>de</strong>, aquele que ensina<br />
coisas diretamente. Claro que tudo ensina coisas, tudo é educacional ou<br />
<strong>de</strong>seducacional quando não é bem feito, quando a mensagem não é boa.<br />
Tudo tem <strong>um</strong>a mensagem, implícita ou explícita, quer queiram quer não.<br />
O <strong>teatro</strong>, pra ser bom, tem que ser lúdico, tem que ser divertido, tem<br />
que ser emocionante, como disse <strong>um</strong>a vez minha netinha: Teatro que não<br />
dá pra rir, não dá pra chorar e não dá pra ter medo não interessa. (...)<br />
Tem que ser claro, lúdico, tem que ser estético, tem que ser bonito. Essa<br />
era a idéia, esse era o esquema, o esquemão que nos permitiu trabalhar<br />
tranqüilamente.<br />
Quando veio a televisão, o Ruggero Jacobbi foi o primeiro diretor<br />
artístico da primeira estação que começou a funcionar em São <strong>Paulo</strong>,<br />
a TV Paulista, na avenida Paulista. (...) Um dia, ele telefonou para o<br />
Júlio: Você não quer fazer <strong>um</strong>a pecinha <strong>de</strong> meia hora para experimentar<br />
na televisão? O Júlio escreveu <strong>um</strong>a adaptação, a primeira do Sítio do<br />
Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato, que era A Pílula Falante (...).<br />
O Júlio, naquele tempo, já era diretor do Teatro Amador do Sesc (...).<br />
Já tinha ligações com o TBC (...) com a fase amadora do TBC trabalhou<br />
como ator. Então, fez a pecinha e foi pra TV Paulista. Estreou A Pílula<br />
Falante com Lúcia Lambertini (...) Eu tinha (...) escrito peças infantis<br />
apresentadas por outros, por companhias profissionais, Vera Nunes, etc.<br />
Na televisão, foi o Júlio que começou mesmo, sozinho e a partir do<br />
texto.<br />
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Choveram convites (...). Já ficamos na TV Paulista pra fazer <strong>um</strong><br />
programa semanal chamado Fábulas Animadas... fábulas <strong>de</strong> Esopo, <strong>de</strong><br />
Fedro (...) fábulas clássicas e outras apresentadas, teatralizadas. (...) Eu<br />
fazia as adaptações e o Júlio fazia a direção artística. A Lúcia participou<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo, a Haidée Bittencourt (...) O programa pegou tão bem,<br />
gostaram tanto que em seguida (...) fomos convidados pela Tupi. Ficamos<br />
alg<strong>um</strong> tempo na Paulista, <strong>de</strong>pois fomos pra Tupi. (...)