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um pouquinho de teatro infantil - Centro Cultural São Paulo

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Teatro Infantil ::<br />

A incursão pelo mundo paradoxal <strong>de</strong> Lewis Carrol em “Do Outro Lado<br />

do Espelho” (1978) ficou na memória da platéia brasileira como <strong>um</strong>a<br />

<strong>de</strong> suas experiências mais logradas e mais requintadas. “Al<strong>de</strong>barã” e<br />

“Alice” passaram a significar <strong>um</strong> nível radicalmente novo <strong>de</strong> linguagem<br />

cênica a qual, aliando à extrema beleza visual a sutileza do paradoxo<br />

<strong>de</strong>svendado, solicitava constantemente o espectador para complementar<br />

com a imaginação as imagens sugeridas no palco. Passando do brilho dos<br />

espelhos e da subversão lógica <strong>de</strong> “Alice” para a complexida<strong>de</strong> do mundo<br />

<strong>de</strong> Cortázar revelado às crianças, em “Souzalândia” (1979), lançaramse<br />

os al<strong>de</strong>barinos ao questionamento do próprio fazer teatral através da<br />

irreverência kitsch e sofisticada <strong>de</strong> “Quem Tem Medo <strong>de</strong> Itália Fausta”<br />

(1979). Sob o pretexto <strong>de</strong> <strong>um</strong> passeio pelas etapas fundamentais do Teatro<br />

<strong>de</strong>ste século, montaram <strong>um</strong> espetáculo faiscante <strong>de</strong> ironia e <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>.<br />

Finalmente, em 81, chegou a vez <strong>de</strong> Guimarães Rosa ser revisitado pelo<br />

grupo que acredita, como o genial escritor, no po<strong>de</strong>r infinito da fabulação.<br />

Partindo <strong>de</strong> “Pirlimpsiquice”, conto que trata <strong>de</strong> <strong>teatro</strong> e <strong>de</strong> crianças, os<br />

atores <strong>de</strong>senvolvem <strong>um</strong> trabalho aparentado ao do “Asdrubal” carioca,<br />

que dramatiza eficientemente a própria vivência. Na atual montagem as<br />

intérpretes do Al<strong>de</strong>barã chegam àquele nível <strong>de</strong> entrosamento que faz crer,<br />

a quem a eles assiste, que a ação <strong>de</strong>senvolvida em cena esteja brotando<br />

espontaneamente no mesmo momento da representação.<br />

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