um pouquinho de teatro infantil - Centro Cultural São Paulo
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:: Acervo - IDART 30 Anos<br />
Jornal da Tar<strong>de</strong>, 11/06/1980 – pág. 17<br />
Crítica: Modo <strong>de</strong> Vida / Criança<br />
A beleza e a perfeição marcam <strong>um</strong> encontro no palco<br />
(Fanny Abramovich)<br />
Em 1974, precisamente em julho daquele ano, <strong>um</strong> grupo carioca se<br />
apresentava em Curitiba com a peça “História <strong>de</strong> Lenços e Ventos” e a<br />
partir daí nunca mais o nosso <strong>teatro</strong> <strong>infantil</strong> foi o mesmo. Marcou-se claro,<br />
nítido e forte divisor <strong>de</strong> água: antes <strong>de</strong> “Lenços e Ventos” e <strong>de</strong>pois.<br />
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Modificou-se tudo o que se pensava que po<strong>de</strong>ria ser <strong>um</strong> espetáculo para<br />
criança, se agregou o mágico, o onírico, a poesia mais bela, o sofrimento,<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação das coisas e das pessoas, o impasse na<br />
história, a <strong>de</strong>sl<strong>um</strong>brância visual, os achados <strong>de</strong> h<strong>um</strong>or, mas sobretudo,<br />
o respeito pela inteligência da criança, o carinho pela sua sensibilida<strong>de</strong><br />
e a crença em todos os momentos vitais que ela <strong>de</strong>verá viver, pra po<strong>de</strong>r<br />
crescer bonita, verda<strong>de</strong>ira, inteira.<br />
Nesta primeira montagem, escrita e dirigida por Ilo Krugli (eta<br />
gênio!), participavam Caíque Botkay (hoje músico consagrado), Alice Reis<br />
(que também enveredou pela dramaturgia <strong>infantil</strong> e grupos experimentais<br />
<strong>de</strong> <strong>teatro</strong>), Silvia A<strong>de</strong>rne (hoje <strong>um</strong>a das cabeças mais atuantes <strong>de</strong> <strong>um</strong> dos<br />
mais sérios grupos <strong>de</strong> <strong>teatro</strong> <strong>infantil</strong> do Rio, o Hombu).<br />
“História <strong>de</strong> Lenços e Ventos” foi fazendo também sua história.<br />
Recontada em 1976, já foi assistida por mais <strong>de</strong> 100 mil pessoas, já recebeu<br />
prêmios e prêmios, já ultrapassou ser só consagrada como espetáculo<br />
<strong>infantil</strong>: é <strong>um</strong> êxito, <strong>um</strong> aplauso enorme, <strong>um</strong>a admiração incontida como<br />
espetáculo (para crianças e adultos).<br />
Agora, tanto tempo <strong>de</strong>pois, “Lenços e Ventos” estréia em São <strong>Paulo</strong>. O<br />
texto <strong>de</strong> Ilo Krugli é musicado (e lindamente) por Beto Coimbra e Caíque<br />
Botkay. A direção musical é <strong>de</strong> David Tygel (eta requinte!). Os cenários e<br />
figurinos, todo o arrepio visual são <strong>de</strong> Ilo Krugli. E no elenco, gente <strong>de</strong><br />
primeira, tarimbadíssimos profissionais do <strong>teatro</strong> <strong>infantil</strong>: Márcia Correa,