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Festa de Natal dos - Post Milenio

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Stadium Suplemento Desportivo<br />

19 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008 a 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2009<br />

15<br />

Activida<strong>de</strong>s das Irmanda<strong>de</strong>s<br />

do Divino Espírito Santo<br />

Carlos Morgadinho<br />

Muito <strong>de</strong> nós, mais precisamente<br />

os que não são oriun<strong>dos</strong> da<br />

Região Autónoma <strong>dos</strong> Açores<br />

on<strong>de</strong> o culto em louvor à Terceira Pessoa da<br />

Santíssima Trinda<strong>de</strong> é uma tradição que perdura<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros povoadores, isto no século<br />

XV, não têm sequer uma pequena i<strong>de</strong>ia da<br />

complexida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> preparativos das festivida<strong>de</strong>s<br />

que são realizadas anualmente pelas<br />

Irmanda<strong>de</strong>s muitas das quais com muitos meses<br />

<strong>de</strong> avanço. Por essa razão quando lemos nos<br />

jornais, vimos nos programas televisiona<strong>dos</strong> ou<br />

escutamos na rádio essas reportagens festivas<br />

não são só condicionadas à realização <strong>de</strong><br />

almoços e as suas sopas ou do beijar da Coroa,<br />

Ceptro e Ban<strong>de</strong>ira mas que, nos bastidores há<br />

uma soma elevada <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho voluntário<br />

que envolve <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> crentes que, nessas<br />

Irmanda<strong>de</strong>s, que são afilia<strong>dos</strong>, que labutam<br />

para que as mesmas tenham o explendor e a<br />

pujança aquele Espírito Santo merece perante a<br />

fé inabalável nas Sagradas Escrituras.<br />

Assim, como era nossa intenção já anteriormente<br />

manifestada, este ano fomos convida<strong>dos</strong><br />

pelos Mordomos da Irmanda<strong>de</strong> do<br />

Divino Espírito Santo da Casa <strong>dos</strong> Açores<br />

do Ontário, o casal Cidália e Luís <strong>de</strong> Sousa,<br />

<strong>de</strong> os acompanhar durante o sábado passado<br />

(dia 6) numa digressão por diversas herda<strong>de</strong>s<br />

rurais na zona <strong>de</strong> Orangville e<br />

Dundalk, todas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> portugueses,<br />

numa “romaria” com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

angariação <strong>de</strong> donativos e para a aquisição<br />

<strong>de</strong> bezerros a serem cria<strong>dos</strong> e vendi<strong>dos</strong><br />

meses à frente. Chamamos <strong>de</strong> “romaria”<br />

que significa, entre muitos sinónimos, um<br />

acto <strong>de</strong> peregrinação, embora, confessamos,<br />

não ser esta expressão a mais apropriada<br />

para i<strong>de</strong>ntificar a realização <strong>de</strong>ste<br />

evento da Irmanda<strong>de</strong> do Divino Espírito<br />

Santo da Casa <strong>dos</strong> Açores do Ontário pois<br />

era também constituída pelos foliões e cantadores<br />

Luís <strong>de</strong> Sousa e Hil<strong>de</strong>berto Ferreira,<br />

pelos músicos José Pereira (viola) e Luís<br />

Machado (violino), pelo porta-estandarte<br />

Artur Pimentel e Manuel Cabral (resposta).<br />

A reunião para a partida foi estabelecida<br />

para as 7 horas da manhã e vários carros,<br />

completamente lota<strong>dos</strong> <strong>de</strong> membros da<br />

Irmanda<strong>de</strong> acima referida, saíram em<br />

direcção à Hurontario, em Mississauga, via<br />

essa, também conhecida por Highway 7,<br />

nos levaria a Brampton, Orangville,<br />

Caledon e Dundalk on<strong>de</strong> se situam as proprieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>dos</strong> portugueses e que indicamos<br />

seguidamente: Manuel Tavares, Família<br />

Ferreira, Artur Amaral, Paulo João<br />

Bernardo, Mário Jorge Botelho, Norberto<br />

Farias e José e Maria Gonçalo. No meio do<br />

caminho parámos naquela estrada no<br />

escritório da firma Capelas Construction,<br />

encerrado por ser sábado, e que como é<br />

sabido é proprieda<strong>de</strong> do presi<strong>de</strong>nte da<br />

CAO, Carlos Botelho, que naquele preciso<br />

momento manejava um tractor para<br />

remover a neve que obstruía a entrada e o<br />

parque <strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong> viaturas. Após<br />

uma paragem neste lugar e uma rápida visita<br />

às instalações com um refresco oferecido<br />

a to<strong>dos</strong> os membros <strong>de</strong>sta caravana, seguiuse<br />

viagem para o norte incluindo mais uma<br />

viatura, a do Carlos Botelho, que quis também<br />

fazer parte <strong>de</strong>s<br />

Ali, nas casas <strong>de</strong> todas essas herda<strong>de</strong>s se<br />

cantou em Louvor ao Divino e em agra<strong>de</strong>cimento<br />

e à hospitalida<strong>de</strong> e à maneira gentil<br />

como fomos recebi<strong>dos</strong> por to<strong>dos</strong> os nossos<br />

compatriotas e respectivas famílias cujos<br />

nomes já acima regista<strong>dos</strong>. Foram também,<br />

naquele dia, ofereci<strong>dos</strong> dois bezerros à<br />

Irmanda<strong>de</strong> pelos casais João / Maria<br />

Ferreira e Benjamin/Vidália Car<strong>dos</strong>o.<br />

Outros benfeitores igualmente apresentaram<br />

donativos para aquela Irmanda<strong>de</strong> e<br />

que a seguir i<strong>de</strong>ntificamos pois são também<br />

estes elementos que com as suas quotaspartes<br />

mantêm vivas estas tradições <strong>de</strong> fé<br />

por estas terras distantes que os viram<br />

nascer. São eles: Orlando Moniz, Rui<br />

Ferreira, José Ferreira, Manuel Banta,<br />

Augusto Rocha, Manuel Faria, Tony Faria,<br />

Joe Faria, Lina Pacheco, (Andy) Aniceto<br />

Gomes, Emanuel Soares, Venício<br />

Rodrigues, Manuel Luís Carvalho, Carlos<br />

Henrique Carvalho, Lucília Ferreira,<br />

Michael Ferreira, Ernesto Viveiros, Carlos<br />

Botelho, Miguel Correia, Manuel Cabral,<br />

Artur Pimentel, José Faria e família, Aires<br />

Viveiros, Luís e Titiana Sousa, Lucy Sousa,<br />

Tony Arruda, Joe Tavares, Leonil<strong>de</strong><br />

Me<strong>de</strong>iros, João Cabral, David Correia, José<br />

Maria Manica, Veríssimo Nunes, Adriana<br />

Raposo Pereira e finalmente Octávio/Sandy<br />

e família Viveiros.<br />

Foram muitas horas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação <strong>de</strong><br />

herda<strong>de</strong> em herda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> cantar e <strong>de</strong> merendar<br />

também. Todo este sacrifício na escolha<br />

<strong>de</strong> bezerros pois estava um frio terrível, <strong>de</strong><br />

rachar como é uso ouvir dizer, com toda<br />

aquela neve acumulada que nos fazia andar<br />

como se trôpegos estivéssemos e o “tio”<br />

João Ferreira não se estatelou porque se<br />

agarrou a uma vedação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira dum<br />

curral além das mãos amigas <strong>dos</strong> que,<br />

naquele preciso momento, o acompanhavam.<br />

Foi esgotante mas pensamos que valeu<br />

a pena esta digressão pelas casas <strong>de</strong>sses<br />

nossos conterrâneos pois ficámos encanta<strong>dos</strong><br />

pela maneira como em todas fomos<br />

recebi<strong>dos</strong>, tal como se fossemos irmãos<br />

biológicos ou conheci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> longa data.<br />

Po<strong>de</strong>mos, neste momento, visualizar a<br />

gran<strong>de</strong>za do sacrifício tanto <strong>dos</strong> elementos<br />

que compõem estas Irmanda<strong>de</strong>s como <strong>dos</strong><br />

seus benfeitores que economicamente também<br />

têm o seu quinhão na manutenção e<br />

disseminação <strong>de</strong>sta fé tão peculiar do povo<br />

açoriano.<br />

Queremos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já <strong>de</strong>ixar os nossos<br />

agra<strong>de</strong>cimentos ao casal Mordomo da<br />

Irmanda<strong>de</strong> do Divino Espírito Santo da<br />

Casa <strong>dos</strong> Açores, o casal Luís e Cidália <strong>de</strong><br />

Sousa, pelo convite formulado e também a<br />

to<strong>dos</strong> aqueles nossos “irmãos” que faziam<br />

parte da caravana que se <strong>de</strong>slocou lá bem<br />

para o norte on<strong>de</strong> a neve e o frio não acaba<br />

mais, não esquecendo, obviamente, os proprietários<br />

<strong>de</strong>ssas herda<strong>de</strong>s e suas famílias<br />

que nos acolheram. Bem hajam

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