Festa de Natal dos - Post Milenio

6 19 de Dezembro de 2008 a 8 de Janeiro de 2009
Post-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!
Portuguesa resolve défice crónico
da Orquestra Sinfónica de Toronto
Ana Paula Lopes. "Quando a música é boa o dinheiro começa a aparecer", conta a lisboeta de 49 anos que em meses recuperou o brilho da
outrora deficitária Orquestra Sinfónica de Toronto. A nova presidente da orquestra tem uma espectacular carreira junto da comunidade, mas
diz que não tem ambições políticas
Arrasta amigos e potenciais financiadores
para os concertos
Afinal quem melhor que Ana
Paula Lopes para melhorar as
finanças da Orquestra Sinfónica
de Toronto? Ana Paula é uma experimentada
angariadora de fundos, com êxitos
notáveis no currículo: conseguiu financiamentos
elevados para o Hospital de
Mulheres de Toronto e para a Universidade
de Trent, em Peterborough. O facto de trabalhar
com uma das grandes orquestras do
Norte da América levou-a a recordar
lugares que ficaram para trás no tempo.
"Gosto de música clássica porque ela fez
parte do meu processo de crescimento, o
meu pai tocava Tchaikovsky aos domingos
à tarde. Nasci e vivi em Lisboa, na avenida
de Roma, comecei a aprender inglês aos
quatro anos embora os meus pais não
tivessem intenção de sair de Portugal".
Com uma modéstia alicerçada na experiência
de anos de voluntariado, Lopes
nunca falha os concertos da Orquestra
Sinfónica de Toronto. Frequenta os concertos
do Roy Thomson Hall para onde literalmente
"arrasta amigos habitués, ou outros
pouco habituados à música clássica, e
potenciais patrocinadores da orquestra, que
vive quase totalmente de fundos privados. A
explicação do seu sucesso à frente da
orquestra - falado durante meses nos jornais
canadianos de referência, como The Globe
and Mail ou The Toronto Star -, deve-se à
associação feliz de factores que enumera
por ordem preferencial: "Primeiro há que
dizer que o produto é excelente, como se
pôde ver recentemente no New York Times,
logo a seguir à nossa apresentação em
Outubro, no Carnegie Hall. Somos uma
orquestra soberba"..
Sucesso é o talento do director musical.
"Peter Oundjian, maestro moderno e
empenhado, grande comunicador que conseguiu
que a orquestra voltasse a conquistar
o público. É um génio como director mas
também como criador de um programa
musical fabuloso, eclético, que se adapta a
todos os públicos. Oundjian é brilhante e
Toronto adora-o!". Ana diz que o aumento
de público tem sido constante, "não pára, já
batemos o nosso próprio recorde duas vezes
desde o ano passado, sobretudo no público
jovem."
Quanto ao financiamento privado, a
principal receita das orquestras canadianas
e norte-americanas, que ao invés das suas
sortudas congéneres europeias não são subvencionadas
pelo Estado, Lopes assegura
que, "temos uma comunidade generosa."
Mas o sistema que mantém esta máquina
activa não pode parar. E é isso que faz dela
uma brilhante e cobiçada gestora de fundos.
A orquestra tem um orçamento anual de 24
milhões de dólares canadianos, onde apenas
5 milhões provêm de fundos governamentais,
"Todo o restante financiamento tem
origem nas receitas de bilheteira, nas
doações e na angariação anual de fundos."
Sente-se mais em casa no Canadá do
que em Portugal. "É natural, o meu coração
está aqui com os meus filhos Nicole e
Alexander, o meu marido (o escritor Dan
Tapscott) e os meus pais. Quando vou à
Europa tento dar um salto a Lisboa, onde
faço sempre o mesmo passeio a pé que fazia
com os meus avós, da Baixa até ao jardim
da Estrela."
(in:DN)
Sector Automóvel
Tony Clement Garante Ajuda
Os governos do
Canadá e da
província de
Ontário acertaram em
fornecer para o combalido
sector automóvel uma
ajuda, que pode chegar a
3,5 biliões de dólares canadianos
(2,8 biliões de
dólares).
O esforço é direccionado
para prevenir uma perda
maciça de postos de trabalho
em fábricas de veículos e
de peças.
O pacote, cuja quantia é
baseada na participação
proporcional do Canadá na
produção de carros e
camiões, depende da
aprovação, primeiro, pelo
governo dos Estados
Unidos de um plano de resgate
para as três grandes
montadoras de Detroit, afirmou
Tony Clement, ministro
da Indústria, em entrevista
à imprensa em
Toronto.
Ele disse que espera que
o governo norte-americano
aprove um pacote, após o
Senado ter rejeitado uma
proposta de 14 biliões de
dólares, aprofundando as
incertezas para o sector.
"Qualquer acção, seja
pelo governo do país ou da
província, para estimular o
sector automóvel, quanto à
sua reestruturação, deve ser
igualmente integrada com a
acção tomada pelos Estados
Unidos", disse Clement.
"Os governos Federal e do
Ontário estão preparados
para agir rapidamente se e
quando os norte-americanos
aprovarem o pacote
de ajuda".
Ontário é a base das
operações de produção da
General Motors, da Ford e
da Chrysler no Canadá. As
montadoras e fornecedoras
de peças norte-americanas
empregam centenas de milhares
de funcionários.
Em um comunicado
divulgado a unidade da
Ford no Canadá informou
que em lugar de um
empréstimo imediato, a
companhia pediu ao governo
a garantia de uma linha
de crédito para ser usada se
a situação piorar.
União Europeia e Canadá com “céu aberto”
Considerado como um dos mais completos acordos de céus abertos, a União
Europeia anunciou a conclusão de negociações sobre um novo compromisso
bilateral com o Canadá.
O acordo permitirá às empresas europeias a operação de voos directos a qualquer
ponto do território do Canadá e vice-versa.
Foram eliminadas as restrições sobre investimentos, rotas, tarifas e voos semanais
entre o Canadá e os países da União Europeia.
O acordo agora concluído é bem maior que o realizado anteriormente com os
Estados Unidos, o qual ainda depende de uma segunda fase de negociações.
RTP:
Conselho de opinião recomenda
reestruturação dos canais internacionais em 2009
Oconselho de opinião da RTP
recomendou à administração
que proceda a uma reestruturação
dos canais internacionais da rádio e
da televisão públicas, considerando imprescindível
melhorar a qualidade através de
autonomia e informação próprias.
"Entende-se que a empresa de serviço
público deveria, no imediato, reflectir sobre
a fundamentação e os objectivos destas
antenas e canais [RTP Internacional e RTP
África, RDP Internacional e RDP África] e
ponderar a sua eventual reestruturação",
defendem os representantes da sociedade
civil no seu parecer ao plano da administração
para as actividades e orçamento de
2009.
Uma reestruturação que se impõe, diz o
conselho de opinião, não só porque "as
antenas e canais internacionais não podem
ser o repositório da mera programação e
informação dos canais e antenas nacionais",
mas também para cumprir a resolução do
conselho de ministros de Novembro passado.
Segundo a resolução, a RTP deve ter
orientações "para a reformulação da componente
internacional do serviço público de
rádio e televisão tendo em vista a melhoria
da qualidade do serviço prestado e da atractividade
dos seus conteúdos junto dos
públicos alvo".
Por outro lado, alerta o conselho de
opinião, é preciso "reexaminar a participação
da RTP no canal Euronews", já que o
canal "não trata autonomamente a imagem
do nosso país e [regista uma] baixa qualidade
da língua falada".
Também os canais regionais da Madeira
e dos Açores preocupam aquele órgão, que
verificou terem uma "ausência notória de
equipamentos e formação dos quadros e
precisarem de "novos modelos de desenvolvimento".
Para tal, defende que esses canais e
emissoras tenham “produção de conteúdos
autónoma e transmissão no continente".
Relativamente à Informação das
estações públicas nacionais, os representantes
da sociedade civil aconselham uma
melhor cobertura dos temas económicos e o
tratamento das matérias numa perspectiva
de "quotas temáticas" e não de
"minuto/segundo/partido".
"A independência, a transparência, o
rigor, a isenção não se medem exclusivamente
ao minuto/partido, mas sim pelo que
cada cidadão português, em cada momento,
saiba da sua região, do seu país, da Europa
de que faz parte e do mundo", afirma no
parecer.
Especificamente para a RDP, o órgão
que reúne 29 conselheiros lamenta que o
plano de actividades não avance "para o
desenvolvimento de uma estratégia que
permita melhorar as audiências e a sensibilidade
dos públicos (...) de molde a aumentar
a relevância do serviço público".
Apesar das críticas e recomendações, o
conselho de opinião deu parecer favorável
ao plano de actividades e orçamento para
2009 por unanimidade.
PMC.